Capítulo 45

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NARRADORA

O coração da professora ameaçava sair pela boca à qualquer momento, e as lágrimas de emoção já tomavam conta de todo o seu rosto. Não haviam palavras boas o suficiente para explicar o misto de sentimentos que tomavam conta da jovem, mas antes que pudesse tentar se recompor, Carla sente todas as suas estruturas voltarem a serem abaladas ao ver as luzes se acenderem de repente, fazendo seu coração bater ainda mais rápido diante da cena à sua frente. O jardim da casa de Mara se encontrava totalmente revestido de luzes enquanto várias pétalas de rosas formavam o caminho que seguia em direção a um pequeno altar improvisado. Sem conter toda sua surpresa a loira coloca as mãos sob a boca na tentativa de abafar seus soluços. Diaz se encontrava totalmente embasbacada com o cenário diante de si, mas antes que pudesse continuar perdida na beleza daquele lugar, a professora se vira, sentindo seu coração voltar a bater à mil ao se deparar com o amor de sua vida ajoelhado em sua frente.

- Durante toda a minha vida eu admirei o amor que sempre existiu entre os meus pais, mas nunca imaginei que um dia meu coração seria capaz de provar de um amor tão forte quanto o que sinto por você. Eu te amo, Carla Diaz, e eu quero viver o resto da minha vida ao seu lado porque já não consigo imaginar um mundo onde não existe um "nós". Então não pense que estou fazendo isso por obrigação, pois para falar a verdade estou me sentindo o homem mais egoísta do mundo nesse exato momento. Me sinto egoísta porque nada me faria mais feliz do que assumir com você todas as responsabilidades de construir uma família ao seu lado. Me sinto egoísta porque já consigo sentir a emoção de um dia poder ouvir a Maria Clara me chamar de pai. E me sinto ainda mais egoísta por não conseguir esperar nem mais um dia para te ter como minha esposa. 

Não haviam palavras capazes de descrever tudo o que a loira sentia naquele momento, mas como se fosse possível Carla volta a desabar no choro ao ver o bombeiro segurar em mãos o anel que a jovem havia o devolvido há meses atrás.

- Durante todo esse tempo eu guardei esse anel porque bem no fundo eu sabia que ele seria seu assim como o meu coração também é. O meu avô deu essa jóia à minha avó, o meu pai deu à minha mãe, e desde a primeira vez que nos vimos, uma parte de mim soube que um dia esse anel seria passado para você, pois já não existe nenhuma dúvida de que você é a mulher da minha vida. Carla Diaz, você aceita me fazer o homem mais feliz do mundo nessa noite? Casa comigo?

- S-Sim, sim, sim, sim! 

Sem conseguir conter mais toda a emoção que sentia naquele momento a professora se lança nos braços do amado, não demorando a unir seus lábios em meio às lágrimas. O coração do casal ameaçava explodir há qualquer segundo, mas aquilo não diminuía a intensidade com que continuava a provar do amor que sentiam.

- Eu te amo, te amo, te amo!

Em um movimento rápido o bombeiro se levanta com a jovem nos braços e a gira no ar, não demorando a ver todos saírem do esconderijo na casa de Mara enquanto comemoravam.

- Ai meu Deus, vocês também estão envolvido nisso? 

Diaz questiona completamente surpresa ao ver Viviane, Ronan, Mara, a família de Arthur e os amigos do bombeiro surgirem de repente.

- É claro que estamos! Achou mesmo que a sua mãe ficaria de fora desse casamento?

Mara afirma sorrindo e logo volta a envolver a filha em um abraço apertado. Picoli havia passado todo aquele mês planejando o casamento dos sonhos da professora, e com certeza não conseguiria ter feito tudo aquilo sozinho. O loiro se lembrava do apoio que havia recebido ao compartilhar sua ideia com todos, e com certeza nunca se esqueceria da emoção que sentiu ao pedir a mão da amada para Mara e ao receber a benção de sua própria mãe. Todos haviam ajudado para que tudo saísse perfeito, e bem no fundo o bombeiro sabia que nunca conseguiria agradecer o suficiente por todo o suporte que havia recebido.

Fire - CarthurOnde histórias criam vida. Descubra agora