Capítulo 15

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Uma sala branca, sem portas, janelas, objetos, não tinha nada ali, apenas eu.

Também não estava sentindo nada, absolutamente nada, minha cabeça estava em branco, nem um pensamento, nenhuma dor, ou coisas ruins. Aquilo ali me parecia muito a sensação de paz, quando fica tudo bem e você fica imerso por horas simplesmente relaxando.

Por incrível que pareça eu não estava nem um pouco interessada em saber onde eu estava, ou como vim parar aqui, em um segundo eu estava me afogando, agora estou aqui, nesse lugar silencioso, tranquilo, onde parecia que o tempo simplesmente congelou.

- Mamãe - escuto aquela vozinha familiar, me viro encontrando com Summer, ela sorria e me chamava com a mão.

A sigo curiosa por um buraco que abriu na parede, entrando em um corredor cheio de portas, tudo de cor branca de maçanetas douradas, nas portas tinha números, datas para ser mais exatas. Paro em frente de uma em especifico, tentada a abrir, até estendo a minha mão, e quando estava perto de tocar na maçaneta Summer me chama.

- Vem, mamãe - diz sorrindo - estamos chegando, vem, mamãe.

Vou seguindo a menina até as portas brancas e corredor claro começar a mudar para um mais escuro, ficando cada vez mais escuro e frio? Eu estava sentindo um frio danado, onde será que nós estávamos?

- Ei - chamo a menina que estava andando um pouco mais a frente - Summer, onde estamos?

Ela não me responde, tento a alcançar mas era meio inútil, parecia impossível chegar perto dela, se andava mais rápido ela parecia mais distante.

- Vem, mamãe, vem - dizia olhando para trás enquanto andava, sempre sorrindo.

Estou começando a me questionar onde estava e a ficar preocupada, como é que eu vim parar aqui?

O local vai ficando mais escuro ao ponto que não se dava para ver mais nada, sem distinção do que era parede, chão ou teto, a única coisa em destaque e que dava para ver era Summer, ela parecia a luz de um poste me guiando.

Quando começo a ficar incomodada com isso, começo a escutar o som de gaivotas e as ondas do mar. Não demora para aparecer a luz, e logo consigo ver a pontinha de areia.

Summer para de andar, se virando para mim, me encarando por um tempo, sempre sorrindo, repetindo aquele movimento com a mãozinha, me chamando para a seguir e sumindo ao entrar em contato com aquela paisagem, como se tivesse sido engolida.

Aquilo era muito surreal, eu não fazia ideia de onde estava, e uma pontada de medo começava me percorrer. Eu não sabia de devia seguir aquela criatura sorridente ou continuar ali, não sei qual das duas opções era a menos aterrorizante.

Acabo a seguindo, seja lá onde tinha me metido. Ali certamente era uma praia, areia, mar, pedras, gaivotas, sol, e duas pessoas correndo e brincando na areia, Summer e mais alguém com ela, uma moça mais ou menos da minha altura, morena, com os cabelos na altura dos ombros. Ao pisar os pés na praia a entrada por onde eu passei se fechou.

Tento prestar atenção no que estava acontecendo, meus pés tocavam a areia, era de verdade, eu podia sentir, vejo as duas brincando, dando estrelinhas e rindo, pareciam bem felizes. A moça nota a minha presença, me encarando sorrindo e acenando, eu conhecia aquele olhar.

- Você demorou - diz se aproximando de mim.

- Demorei? - pergunto tentando assimilar o que estava acontecendo e de onde eu a conhecia - onde nós estamos?

- Lembra quando sua família queria te obrigar a casar com o Finn? Você tinha um fundo de garantia que juntou durante anos para não morrer de fome ao ser deserdada por não querer se casar - presto atenção no que ela falava, o que isso tinha em relação ao estar ali - Você sempre teve um plano B, um fundo de garantia, pensei que não demoraria para encontrar esse aqui, nós estamos no seu fundo de garantia, Sadie.

O Encanto da Pequena Sereia - Sillie 2ª Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora