Dinastia

Capítulo um: A dor das consequências

  Vários adjetivos poderiam definir Rose Weasley. Inteligente, audaciosa, poderosa. Só que o adjetivo que cai melhor era babaca. Ela não era totalmente ruim. Na verdade, é comum que uma adolescente de quinze anos seja um pé no saco. Só que ela se superava pelos seguintes fatores: a língua afiada, a desobediência em relação a ordens, fazer o que bem pretende com a justificativa de ser uma Weasley.

Algumas mechas tingidas de loiro - quase dourado - no cabelo ruivo, as calças folgadas e rasgadas e as blusas de rock indicavam que era uma rebelde. Ela mesma se auto declarava assim. Mas, na verdade, não passava de uma mimada.

Morava com a família num nobre bairro trouxa de Londres, Chelsea. Isso por escolha da mãe que queria manter contato com seu mundo de origem. Não chegavam a morar numa mansão, mas era bem espaçosa. A casa era bege, dentro de um muro de tijolos vermelhos. Havia uma piscina no quintal e uma casa na árvore.

Em uma noite de verão, jantava com seu pai, Sr. Ronald Weasley, e seu irmão, Hugo - que possuía treze anos. Ambos os filhos eram ruivos e sardentos como o pai. Só que o caçula herdara os olhos castanhos e o cabelo volumoso da Sra. Weasley.

- A gente não devia esperar por mãe? - Indagou Hugo, de boca cheia

- Ela disse que demoraria um pouco. - Revelou o adulto

- Novidade. - Ironizou a adolescente

- Rose! Você sabe que sua mãe queria está aqui! Ela só não pôde-

- Por causa do trabalho, eu sei. Só achei que hoje ela disse que viria na hora.

Sr. Weasley deu um sorriso triste. Aquele não era um jantar normal. Era um jantar para comemorar que a ruiva fora eleita monitora da Grifinória. Ficara decepcionada por a mãe está no trabalho e não com eles. Só não ficou mais decepcionada porque não tinha sido a primeira vez e nem seria a última.

Quando a sobremesa foi servida pela empregada, escutaram a porta da frente sendo aberta. Em seguida, a Sra. Weasley apareceu. A exaustão era bem visível.

- Me desculpe. É que surgiu uma emergência. Eu vim assim que pude. Oi, Rony. - O beijou brevemente nos lábios - Oi, Hugo.

- Oi, mãe. Chegou bem a tempo da sobremesa.

- Que bom. Parece boa mesmo. Oi, Rose.

- E aí.

Rose guardava ressentimento da mãe porque sempre estava ocupada com o trabalho. Pouco importava se fazia o correto. Sra. Weasley sentou e lhe serviram a janta.

- Rose, eu estou muito orgulhosa de você. Ser monitora é um cargo muito importante. Confiaram a você para manter a segurança e a ordem em Hogwarts.

- Então confiaram na pessoa errada. - Aborreceu o terceiranista

- Hugo! - Repreendeu o pai - A sua irmã recebeu isso por bom mérito. Não poderíamos está mais orgulhosos.

- Valeu. - Agradeceu a jovem

- Também é importante que estude, Rose. Vai fazer os N.O.Ms este ano.

Sra. Weasley deu início a um discurso sobre a importância de boas notas para o futuro, o que deixou a primogênita entediada. Tudo o que ela disse foi Eu sei.

- Já sabe o que vai fazer? - Perguntou Sr. Weasley

- Ainda não.

- É bom se apressar. - Recomendou a mãe - Assim já toma um foco. Precisa se planejar para o seu futuro.

- 'tá. - Falou chateada - Posso ir p'ro meu quarto?

O pai mal permitiu, ela deixou a sala de jantar imediatamente. Os quartos ficavam no andar superior. Seu aposento fora tingido de vermelho e azul-escuro. Vários pôsteres de Quadribol e bandas de rock foram coladas nas paredes. O local não poderia ser mais bagunçado. Haviam roupas no chão, na cama, na cadeira da escrivaninha. Não importava quantas vezes a arrumadeira organizasse, sempre voltava a esse mesmo estado.