Capítulo vinte: Abrindo os olhos

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  Dezembro havia chegado e com ele, sua frieza. O terreno inteiro do internato estava coberto de neve. O castelo estava completamente decorado com o tema natalino. Todos já falavam sobre presentes, festas e onde passariam o feriado. Contudo, Weasley não estava com aquilo na cabeça.

Desde aquela noite maravilhosa, Rose não parava de pensar em uma coisa: Scorpius. Em seus lábios deliciosos, sua pegada quente e a forma como fazia seu coração disparar. Parecia que, desde aquela noite, vivia nas nuvens. Menos naquela tarde, que se encontrava no inferno.

No caso, o coral. Por mais que gostasse de cantar em grupo, Connor não facilitava as coisas para ninguém. A cada instante que se passava, entendia mais porque Malfoy quebrou os braços dele. E pensava no loiro também.

- Meus queridos alunos, eu tenho uma notícia muito importante para dá a vocês antes de irem. – Avisou Profa. Poppins – Anualmente, ocorre um evento beneficente: o Baile dos Cisne Branco. E nós fomos convidados para nos apresentar junto com o conjunto deles. Entretanto, apenas uma parcela irá. Os testes serão daqui algumas semanas e todos poderão participar. Quem quiser se inscrever, assine seu nome na lista que deixei no mural.

O anúncio entusiasmou muitos. O primeiro a se inscrever fora Connor, que pôs seu nome tão grande que ocupou três linhas. Mesmo não obtendo uma enorme vontade e duvidando de sua capacidade, Weasley se inscreveu. De qualquer forma, achou que seria divertido tentar.

Foi uma das últimas a deixar a sala. Mas teve que retornar para pegar a sua capa que esqueceu na sala. Sem querer, escutou a diretora da Lufa-Lufa dialogando com o capitão ao se aproximar da porta.

- Foi realmente gentil da parte da Ministra da Magia ter nos convidado. – Comentou Profa. Poppins

- Professora, acha que ela fez isso porque a filha dela está no coral?

- Acho que não. Hermione Weasley não parece ser do tipo que privilegia os filhos. Ou teria livrado a cara da filha quando cometeu vandalismo. Sabe quem eu realmente queria? O Malfoy.

- A senhora não disse isso!

- Disse sim. Pode até não gostar dele, mas tem que admitir que o rapaz leva jeito. Ele tem uma voz tão bonita e doce. E canta com tanta paixão. Ele seria perfeito para o dueto. Pena que a mãe dele não deixa. Me proibiu de aceita-lo aqui e ameaçou me demitir.

Rose ficou boquiaberta de tamanha perplexidade. Foi embora rapidamente antes que fosse descoberta. Não poderia acreditar que a Sra. Malfoy seria capaz daquilo. Sem falar que ela também participou do coral. Pensou em alguma justificava, mas não encontrou nenhuma.

Ficou tão concentrada em suas hipóteses que se assustou ao ver Scorpius, na ponte. Ele deu um encantador sorriso ao vê-la. Tentou ficar a mais normal possível.

- Oi, Scorpius. – Saudou a ruiva

- Oi, Rosalie. O que houve com Scar?

- Ah, é. Scar. Oi.

- Você está bem?

Puta merda, pensou a garota. As bochechas coradas eram uma evidência dos sentimentos que tinha por ele e medo de ser descoberta.

- Estou sim. E você?

- Melhor agora. – Retirou uma rosa do bolso interno de seu blazer e entregou a ela – Para ti.

- Valeu.

- Eu posso te beijar?

As orelhas da sardenta coraram. Assentiu com a cabeça. O sonserino passou o braço em volta da cintura dela e a puxou para um beijo gostoso. Weasley nem soube quanto tempo durou, mas desejou que fosse eterno. Ele sabia bem como fazê-la se derreter por completo.

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