Capítulo dois: A descoberta dos chifres

115 8 33
                                    

  Em uma manhã ensolarada, um elfo-doméstico fêmea, usando uma bata branca que tinha o sobrenome Malfoy estampado nas costas, entrou em uma antessala que levava a um enorme quarto, pertencente à Inquesita.

  As paredes foram tingidas de lilás e roxo. Havia uma escrivaninha de madeira branca para os estudos, algumas largas estantes de madeira cheias de livros perto do conjunto de sofá e poltrona verdes, de frente a lareira e um enorme lustre de velas. A cama de casal que a jovem dormia era imensa. Possuía quinze almofadas fofinhas e uma manta grossa e bem quentinha. Quatro pessoas conseguiriam dormir lá tranquilamente. Ao lado estava o banheiro e o closet ligados internamente.

  A empregada trazia um sino em uma almofada verde-escuro. Tocou o instrumento, acordando a loira. A moça murmurou algo incompreensível.

- Hora de acordar, Srta. Inquesita.

- Deixa eu dormir mais um pouco, Dorota.

  Dorota não era uma criada qualquer. Ela servia a sonserina desde seu nascimento – assim como cada Malfoy possuía o seu. Ela quem limpou as fraudas, a vestiu, penteou o cabelo, a banhou e, principalmente, garantiu sua segurança. Não houve um dia que Inquesita tenha andado sem sua companhia – fora o período letivo. Claro que os pais participaram ativamente de sua vida. Contudo, Dorota quem lidou com a parte pesada. E continuou assim até este momento narrado.

- Mas é hora de acordar, minha senhorita. – Insistiu – Minha senhorita tem luta com o senhor seu irmão.

  Contra seu gosto, sentou-se, tirou a máscara de olhos e pôs na mesinha ao lado. Dorota conjurou um lenço branco, o qual Malfoy utilizou para limpar o creme verde de pele em seu rosto.

- Cadê a Formosa? Formosa!

  Malfoy não era a única que utilizava o aposento. Sua gatinha Formosa dormia em um pequeno castelo. Literalmente. Ele possuía um andar e era rosa. O térreo tinha os brinquedos e acima era só um enorme colchão. Dorota estalou os dedos e a gata branca apareceu em suas mãos. A entregou cuidadosamente à proprietária.

- Bom dia, meu amor! Como vai? Dormiu direitinho?

  Enquanto lhe oferecia amor e carinho, Formosa expressava frustração por seu sono ter sido atrapalhado. Ela tinha um macio pelo branco, olhos azuis e uma coleira vermelha com o pingente do seu nome. A razão pela patricinha amá-la tanto era as semelhanças que obtinham.

  Após terminar o carinho, Dorota calçou suas pantufas e dirigiu-se ao closet. O local era tão grande ou talvez maior que o próprio quarto. Havia uma variedade extensa de vestidos, luvas, chapéus, joias, tudo. A adolescente sentou em uma confortável poltrona bege e coube a empregada trazer as vestimentas que mais achava adequadas. Depois, a bruxa selecionava uma.

Naquela manhã, o elfo-doméstico fêmea pegara roupas de treinamento esportivo.

- Não. Não. Não. Uh! Essa aí!

  Fora selecionado um conjunto de blusa de mangas longas e calça azul-escuro. O nome e sobrenome estava estampado nas costas em prateado. Não, Dorota não a vestiu. Mas calçou os sapatos brancos e a prendeu o cabelo loiro em uma trança. As duas saíram do quarto, desceram para o segundo andar e entraram na sala de duelo.

  Que tinha as paredes tingidas de azul-escuro, o chão era acolchoado para que ninguém se machucasse e havia alguns sacos de pancadas e bonecos para treinar azarações e feitiços. A moça olhou em volta e não avistou ninguém.

- Que estranho. Ele devia já ter chegado.

  De repente, um peso enorme foi jogado sobre si, a fazendo cair feio no chão. O tal peso se ergueu, pegou o braço dela e apoiou o pé em suas costas.

DinastiaOnde histórias criam vida. Descubra agora