Capítulo quinze: O surgimento da verdade

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  Os quintanistas grifinórios e sonserinos respondiam uma lição do livro em total silêncio, na sala História da Magia.

- Cassy. – Chamou Hydra em sussurro

- Quer a resposta de qual? – Perguntou Malfoy no mesmo tom

- Nenhuma. Quero saber da cesta.

- O que tem ela?

- Descobriu quem é o remetente?

- Não, nem lembrava mais da cesta. Está lá no roupeiro e nem tive tempo de olhá-la.

- Será que é do Severo?

- Severo lá manda presentes, sobretudo, cestas românticas? O mais próximo disso que já ganhei dele foi uma poção que deixa o batom nos lábios por mais de uma semana.

E só deu porque a cliente cancelou. E só deu porque umaa a cliente cancelou. Mas não comentou esta última informação para conservar a identidade do Príncipe Mestiço. O leccionador de História da Magia flutuou até as duas.

- Srta. Malfoy, sacramentou sua lição?

- Já sim, senhor.

- Então, por favor, permita que os outros terminem. Conversas paralelas dificultam o aprendizado.

- Certo.

- Inquesita Malfoy, compareça imediatamente à sala da diretora. Inquesita Malfoy, compareça imediatamente à sala da diretora. – Ouviram a Sra. Malfoy exigir através das caixas de som encantadas

- Tenho certeza que quer me agradecer. – Falou para às amigas

A sonserina saiu da sala e dirigiu-se ao escritório de sua mãe. Ao dizer a senha para a estátua de grife, a escada se revelou e subiu os degraus. A jovem notou a aflição em alguns quadros. Que estranho. Algo de ruim deve ter acontecido, deduziu mentalmente. Não avistou a diretora porque estava sentada em uma cadeira, de costas para ela.

A sonserina supôs que na próxima vez que reencontrasse a mãe, estaria mais feliz e tranquila por seu presentinho. Para sua infelicidade, não foi isso que ocorreu.

- Oi, mamãe. – Cumprimentou – Teve um bom dia?

- O que você acha?

A jovem deu um grito de horror quando a cadeira foi virada em sua direção e pôde ver a adulta. O rosto da Sra. Malfoy estava coberto de verrugas. Tampou a boca com as duas mãos.

- Que coisa terrível!

- Terrível? Terrível é eufemismo, Inquesita! Isso é uma verdadeira desgraça! A maior lástima que poderia ter me acontecido! Eu quase desmaiei quando vi meu reflexo! A última vez que passei por uma maldição como esta foi aos dezoito anos, quando seu tio Joshua quase acabou com meu cabelo. Achei que nunca teria que passar por um horror daqueles novamente, mas veja eu aqui! Estou feia! Feia, Inquesita!

- Mas eu não posso acreditar!

- Ah, não pode? – Saiu da cadeira e se aproximou da herdeira – Pois então veja de mais perto. Consegue acreditar agora? O meu rostinho lido, que conservo por todos esses anos, está arrasado! E tudo isso por causa do maldito creme que você me deu!

Sra. Malfoy ficara tão tomada pela ira que atirou o creme no chão, batendo quase no salto da quintanista. A adolescente se agachou para pegá-lo e o analisou atentamente.

- Espere um momento! Este é o creme que estava na minha cesta.

- Que cesta, minha filha?

- A cesta que eu recebi. Mas é claro! Eu que deveria ter ficado assim!

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