Capítulo trinta e dois: O baile do Cisne Branco

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O Baile do Cisne Branco se consistia no leilão de moças aristocratas para arrencadar fundos para a caridade - e formar casamentos, algumas vezes. Era uma tradição de séculos. As mães de Patrice tinham participado. A sua tia, as avós e agora tinha chegado a vez da própria. Por mais que tivesse um maravilhoso namorado, não abriria mão de algo que esperou por anos. Treinava para isso desde menina e sabia exatamente o que fazer. Não era apenas para a caridade. E sim, para se apresentar à alta sociedade.

  Logo cedo, todas as garotas tinham que comparecer para serem arrumadas pela equipe de beleza constituída por elfos-domésticos. Sentavam-se perto de si. McKinnon foi até elas, trajando um roupão branco.

- Vejam só, parece que deixam qualquer uma participar agora. - Disse em um tom alto o bastante para que todas ouvissem - Até mesmo uma Zé Ninguém.

- A única que eu vejo indigna de estar aqui é você. - Rebateu Vennelope

- Você nem enxerga, Crane.

- Vá tomar no cu!

- McKinnon, por que você não vira a esquina e vai à puta que pariu? Não vê que temos mais o que fazer do que olhar essa sua cara feia? - Disse Patrice

- Irritar vocês é mais divertido. Ou vai fazer o quê? Chamar a sua avó? Não foi assim que ela entrou aqui?

  Referiu-se à Vitália.

- Na verdade, eu vou sim. Eu vou ao escritório dela e alego que me agrediu. Você será escoltada para fora imediatamente. E como meu avô é dono d'O Pasquim, aproveitarei para pedir que tirem uma foto sua e a ponham na capa. Ficará tão linda. Imagino que a sua mãezinha, que é uma alpinista social, vai adorar te ver nas manchetes. Então, vai sentar o rabo naquela cadeira ou não?

  Vendo que não tinha outra alternativa, se sentou bem quietinha. As demais garotas ficaram rindo e cochichando a seu respeito.

- Arrasou! - Elogiou Crane

- Sempre!

- Gente, eu acho que não deveria está aqui. - Comentou Vitália

- Por que diz isso, Vi?

- Vocês a ouviram. Eu não tenho financeiro e nem nome para está aqui. É evidente que só entrei porque pediu à sua avó.

- Você vai mesmo dar ouvidos àquela bastarda? - Queixou-se Crane

- Ve, tem razão. Não tem nada que pensar assim. E daí se não tem nome? Ninguém aqui tem, Vi. Estamos aqui justamente para isso. Para sermos apresentadas à Sociedade. Sabe quantos contatos pode conseguir em um evento como este? E se quer ser jornalista, é disso que precisa, certo?

- Certo.

- Pois bem, nada de querer ir. Te coloquei aqui e você vai ficar.

- Está bem.

  Alice chegara e se sentou na cadeira que tinha o seu nome. A tristeza era notória nela.

- Coitadinha da Alice Longbottom. - Disse De Talha em um sussurro - Fiquei com pena do que Prescott fez a ela.

- A que se refere? - Perguntou Vennelope

- Não soube, não?

- Amiga, eu estava curtindo na Suíça. Acha que eu iria me atentar aos dramas daqui? Agora fala o que eu perdi.

- Jason Prescott só a namorou por conta de uma aposta que fez com Rose Weasley.

- Como?!

- Pois é. Ao que se consta, ele teria que fazer com que ela se apaixonasse por ele. E ainda de quebra, a roubou. Foi o que me disseram, pelo menos. Isso explicaria a razão de andar andar tão bem vestido.

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