Capítulo trinta: Almejando o Weasley certo

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  Scorpius comparecera à St. Mungus para visitar seu avô. Na realidade, ele não tinha vontade alguma. Além de não serem nada próximos, estava desgostoso com o que fizera com o seu irmão.

Todavia, era bem melhor do que ficar na casa de inverno. Tinha a forte sensação de que seus parentes o julgavam. O que era muito claustrofóbico. Então aproveitou a primeira oportunidade que tinha para ir. Além de seu criado, fora acompanhado por Dylan, Mabel e Inquesita. Não que desejassem ir, evidentemente. Apenas iriam por obrigação mesmo.

Como os irmãos ainda não tinham entrado em consenso, o percurso inteiro foi um silêncio constrangedor. Os primos nem tentaram dialogar porque sabiam que de nada valeria. Por serem filhos/sobrinhos do diretor da St. Mungus, não precisaram se apresentar na recepção ou pedir permissão. Foram logo em seguida.

Ao saltarem no andar exato, avistaram vovó Narcisa saindo do quarto. Expressou felicidade ao vê-los.

- Crianças! Mas que bom que vieram! Foi muita gentileza da parte de vocês.

- Eu trouxe uma almofada de presente. – Contou o capitão – Espero que ele goste.

- Ele vai odiar, Dylan. De qualquer forma, eu agradeço. É um gesto muito atencioso.

- Obrigado, eu acho.

- Fizeram muito bem em vir. Lúcio está mesmo precisando de uma boa reanimada.

- Ele está muito mal? – Perguntou Mabel

- Mal é eufemismo. Ele está em cacos. A última vez que o vi assim foi quando a Batalha de Hogwarts teve seu fim.

- Não sei porque está assim. Meu irmão que foi tratado feito um nada. – Queixou-se Inquesita

- Não pense que eu aprovei a atitude do seu avô! Já faz anos que mudei a minha forma de pensar. E apesar de ainda ter minhas inseguranças em relação a este noivado, não me impus e nem o farei.

- Aparentemente, ser venenoso é de família.

Lançou um olhar mortal ao gêmeo, que nada fez.

- E Dray, como está? Ainda não tive chance de visitá-lo.

- Em um estado deplorável. – Revelou Mabel

- Por que não falamos sobre na cantina?

- E quanto ao seu avô? – Quis saber Bulstrode

- Podem ir visitá-lo. Iremos mais tarde.

Os rapazes concordaram e entraram no quarto. Vovô Lúcio sentava em sua cama, com um olhar bem perdido, enquanto fumava um cachimbo. Era como se sua alma tivesse sido levada e restara apenas a carcaça.

- Sr. Malfoy? – Chamou Dylan

- O quê? – Perguntou sem interesse algum

- Acho que não é permitido que fume aqui. Ainda mais, levando em consideração que despertou de um coma há não muito tempo.

- Foda-se!

- Ok. – Falou sem jeito – Eu trouxe um presentinho. Espero que goste.

Pôs o pacote na mesinha ao lado. O bruxo não demonstrou interesse algum. Dylan enviou um olhar desesperador ao primo. Acontece que Scorpius também não fazia ideia do que dizer. Ele nunca teve uma conversa muito profunda, graças a imensa incompatibilidade entre eles dois. Normalmente, as aparições de Dray evitavam que esse tipo de situação acontecesse. Porém, não haveria mais Dray para salvá-lo.

- Vovô, o senhor já ouviu falar do sapo-Franny?

- Perdão?

- Os sapos-Franny tem como habitat natural os Estados Unidos da América. São muito famosos por seu canto. Foi descoberto que podem chegar a notas que para nós, humanos, é inalcançáveis.

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