Capítulo trinta e quatro: A festa de aniversário

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  Dr. Malfoy estava com um humor terrível. Atrevo-me a dizer deplorável. Algo que dificilmente acontecia. Encontrava-se no closet do seu quarto, lutando agressivamente contra a sua gravata. A enchia dos mais baixos insultos por não conseguir fazê-la.

- Vamos! Vamos! – Queixava-se – Ande logo, sua droga! Não gastei sessenta galeões para fritar meus nervos!

- Pelas barbas de Merlin, pitelzinho! – Expressou sua esposa chocada, que realizava a sua maquiagem, sentada na penteadeira

Cansada daquilo, a esposa pegou sua varinha e lançou um feitiço para que, enfim, a gravata se fizesse de uma vez. Por sua vez, o marido não ficou nem um pouco grato.

- Eu estava quase terminando!

- Você estava quase se enforcando! Coitada da pobre da gravata!

- Pobre uma porcaria! E onde estão os meus sapatos?

- Nos seus pés, oras! Olhe para baixo!

Franziu a testa ao olhar para baixo e ver que realmente estavam ali.

- Pois eu não gostei desses! Os acho horríveis!

- Você mesmo que escolheu!

- Pois então eu mesmo irei trocar! Trocar, não! Porque ninguém há de merecer algo tão ruim! Eu vou por fogo nos sapatos!

- Não ponha fogo nos sapatos, Draco!

- Eu vou por sim! Fui eu quem comprei! Tenho direito de fazer o que quiser! Porém, antes eu vou escrever uma carta aos fabricantes! Qual idiota aprova que um calçado deste seja lançado?

- Nós somos os acionistas da empresa!

- Pois então vou mandar despedir o infeliz que desenhou isso!

O Dr. Malfoy retirou os próprios sapatos – que, afinal, eram lindos – e os atirou no chão de uma forma muito dramática. Retirou-se do closet e ficou a procurar por um pergaminho e uma pena. A diretora revirou os olhos e foi atrás dele.

- Onde está? Onde está? – Questionou-se o homem

- Você não vai escrever esta carta de demissão!

- Sim, eu vou!

- Não, não vai! Ainda mais, agora! Não desconte em um mero trabalhador honesto! Sabe muito bem que esta não é a razão da sua fúria.

Não, não era. A razão pelo médio-bruxo está intoleravelmente zangado era que naquela tarde receberiam os Weasleys em sua residência, pois Fred Weasley pediria permissão para namorar sua única filha, Inquesita. E apesar de ser um homem culto e fino, o bruxo não conseguiu controlar seus genes primitivos.

- Não. – Concordou ele – Mas o que quer que eu faça? Não posso jogar o garoto no alto, posso? – Uma ideia maquiavélica lhe ocorreu – Ou será que-

- Não, não pode! Para começar, calce os sapatos. Não pode receber nossos convidados assim! Que espécie de anfitrião pretende ser?

- Pouco me importa a espécie de anfitrião que pretendo ser! Esta é a minha casa! Eu faço as regras! Se eu quiser, apareço só de pijama!

- Então sugiro que mande Sanders lhe comprar um nariz vermelho para completar suas vestes de palhaço! Nossos amigos estão para vir à nossa casa! Você não vai criar problemas!

- Por mim, nem os recebia! Isso é totalmente desnecessário, Astória! Eu nem sei porque estão vindo!

- Como pode ser desnecessário? O protocolo é o rapaz pedir a família a autorização para namorar a moça! Além do mais, você que propôs – ou devo dizer, impôs – que viessem para isso!

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