Capítulo vinte e três: Salve o cidadão

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Desde que Prof. Niddle debruçou no chão, Patrice ficou fora de si. Como se sua alma também tivesse deixado seu corpo. Sentava em uma cadeira, no escritório de sua tia. Mabel sentava ao seu lado, segurando a mão da irmã. As mães apareceram, correndo.

- Pat, você está bem? – Interrogou a Dra. Greengrass-Bulstrode – Viemos o mais rápido possível!

  Somente quando a Sra. Greengrass-Bulstrode a envolveu em um abraço que retornou a si. O choro surgiu e sentiu uma queimação na garganta.

- A culpa é toda minha. – Assumiu

- Pat, você não fez nada. – Alegou Mabel

- Fiz sim. Eu chantageei Niddle e lhe causei um ataque cardíaco.

- Conta essa história direito, Patrice.

- Desde o início do ano, Niddle me tratou com indiferença por ser mulher. Então me uni a James Potter para encontrar um podre dele e chantageá-lo. Eu só queria que ele sofresse. E não, que morresse.

- Querida, quem tanto sabe disso?

- Só vocês e Potter.

- Ok. Você fará o seguinte: dirá a todos que visitou Niddle por questões acadêmicas.

- Daphne, há coisas mais importantes que isso!

- Susan, não vê que se souberem, haverá o caos? Nossa filha comerá o pão que o diabo amassou! Temos que ser cautelosas. Pode fazer isso, Patrice?

- Posso. Mas e quanto ao Potter, mamãe?

- Fará o mesmo, certamente. Não há de querer seu nome manchado.

  Tia Astória adentrou no local e foi até elas.

- Perdoe-me a demora. Estava prestando condolências aos parentes. Pat, meu bem, como está? Deseja alguma coisa? Saiba que, como diretora e tia, pretendo te ajudar no que for. Sinta-se a vontade para passar alguns dias em casa.

- Obrigada, tia Ast. Mas eu dispenso.

- Como dispensa? Viu um homem morrer, pombas! Em um momento traumático como este deve descansar em casa!

- Mas eu ainda não entreguei o relatório do meu projeto da Feira da Magia.

- Não se preocupe com isso, Patrice. Se for preciso, eu aumento o seu prazo.

- Mas não entendem que estudar é o que vai me ajudar? Se eu ficar parada, pioro.

- Pat, por que não fala com a Dra. Hall? – Propôs a irmã – Se ela autorizar, você fica.

- É uma boa ideia. – Aprovou a diretora – O que você acha, Daph?

- Está bem. Mas só se ela autorizar. – Concordou, com um certo aborrecimento

- Eu irei notificar à Dra. Hall agora mesmo.

  Sra. Malfoy retirou-se do escritório. Inquesita foi até ela.

- Mamãe, está bem?

- Depois da estátua decapitada e minha sobrinha assistir um professor morrer? Não. A única parte que me conforta em ser, possivelmente, demitida é que sou milionária.

- Não podem te culpar por Niddle ter tido um ataque cardíaco.

- Espero que meus chefes estúpidos também pensem assim. Querida, eu estava mesmo querendo falar com você.

- É sobre meus presentes de natal? Ganharei trinta?

- Não, será vinte e cinco. Embora o que eu vou te propor conte como um presente extra. – A baixinha franziu o cenho com curiosidade – Todo final de semestre, o Departamento da Educação Mágica promove uma venda de imagem de Hogwarts. E eu pensei em você para ser a nossa sonserina.

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