Capítulo 5

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17 de Novembro 2198

Waterfall

Pelo final da manhã na cidade litorânea, o céu aberto, ventos leves e fracos, com camada fina de neve nas ruas, mostram um clima calmo totalmente em contradição com o momento de agitação e tensão do exército se preparando para batalha.
Waterfall está cercada por uma barreira de energia verde feita pela espada do Rei Steven, com a única passagem aberta pelo céu.

Todos os navios de Hyoran e a sua tripulação já estão a postos próximos a praia, nas águas tranquilas geladas do mar do leste.

Ryu sai da praia, adentrando as vazias ruas de calçamento da cidade, a caminho do centro na companhia de Hyoran Renz.
Os dois com armaduras do exército de Waterfall.
Depois pegando carona em um carro, indo na direção ao Nordeste para o castelo, veem os soldados restantes despedindo das suas famílias, poucas crianças teimosas ainda brincando na rua, com os pais mandando entrarem logo em casa.
E no fim seguindo a pé nas ruas próximas a morada do Rei.

-Dessa vez será um fim de ano difícil para todos, e diferente pois o povo já estava acostumado com os períodos sem guerras. Aquela parte da realidade que voltou e muitos esqueceram que existia. -comenta Hyoran.

-A noite de ontem foi movimentada, mas gostaria de perguntar algo que me deixou curioso.

-Diga.

-O que Solgarth tem contra você? Quando ele disse sobre cada um resolver os seus problemas, olhou para você.

-Quando a Terra foi invadida e destruída, eu e o Steven, já que tínhamos o poder para combater o Solgarth, decidimos ameaçar ele pedindo uma trégua.
Já que naquele dia teve muitas mortes, Solgarth deixou que seis cidades continuassem de pé.
Mesmo com os dragões e outros seres místicos sendo enviados para Terra foi o melhor jeito que achamos para ainda ter uma esperança, esperança de que nós humanos algum dia voltariamos a ter um exercito para enfrentar o Reino Místico.
Mas naquele dia o tanto de pessoas que vi sendo mortas, a destruição me deixou com raiva e com desejo de justiça ou vingança.
Enquanto eles, ainda na Terra comemoravam a vitória sobre meu povo, eu fui para Eflen e como uma reação, ou devolução na mesma moeda, destrui parte da cidade levando muitos elfos.

Ryu não pergunta, mas logo pensou nas crianças inocentes elfas, será que na ira Hyoran um protetor foi capaz de fazer isso?

-E quando Solgarth voltou, ficou furioso.
Ele conseguiu trazer uma parte de volta, mas ainda queria se vingar de mim, porém o acordo evitava uma guerra.
Eu e Steven continuamos dando apoio à alguns humanos, eu libertava e enviava uns para Waterfall, alguns lutaram ao meu lado junto com as sereias, salvei os meus pais no dia da invasão, mas eles já se foram, não tiveram a oportunidade de voltarem para a Terra.
E esse é o resumo porque ele quer me matar, e os pais do Steven também, já que antes de ir para Terra naquele dia, impedimos do exército de Waterfall comandado pelo Fausto e a Lira de atravessarem o portal.
Certamente se Waterfall tivesse particpado não sobraria mais nada.
Mas agora apareceram vocês vencendo os dragões, iniciando-se uma nova fase.
Você não sabe como eu estou tão feliz de vocês terem conseguido se libertar e se unido.

-Acreditado que você era o mais ansioso pelo que aconteceu ontem, a liberdade, já que viveu todos esses tempos.

-Sim, o nosso planeta era muito lindo como já disse, ainda sinto saudades, mas ficarei feliz mesmo quando Solgarth for morto, Klourous também e os pais do Steven voltarem para ele, já que se não voltarem provavelmente morrerão também.
A paz chegará só quando eles pararem e acredito que só vão parar quando morrerem.

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