28 de Junho de 2199
Terra
Glacial
Sexta-Feira calorosa, Any decide ir visitar Snowin no fim da manhã.
Essa contradição no clima de um sol iluminando a região, um belo dia só de aparência pois Snowin por dentro ainda permance enfrentando o sofrimento.
Any pousa seu Dragão em frente a casa do amigo.
A bota marrom, short jeans, e camiseta cinzenta, e chapéu preto redondo amarrado no pescoço para não perder na viagem pelo ar.
Os cabelos cacheados agora em tranças inspiradas pelas elfa como a Annaye.
Com sorriso no rosto, ela acena para os civis e guardas na rua.É recebida por Denise e entrando na casa percebe nos rostos como os pais estão preocupados, não sabendo como animar o filho.
Ainda no luto depois da derrota, Snowin está distante, perdido, cansado.
-Eu não sei se ele vai falar muito, mas talvez com você ele consiga soltar um pouco mais. -diz Denise, soltando o braço do entrelaço com Any, desanimada pegando uma xícara de chá gelado, encostando de lado na parede, tomando mais da bebida.
Enquanto isso, Lionel, está pensativo, sentado na cadeira, com os cotovelos na mesa, ainda pensando com a cabeça abaixada, levantando rápido o olhar para cumprimentar e receber um abraço apertado de Any.
Reage apenas com um sorriso simples, tocando o braço dela com carinho fazendo movimento de baixo para cima até ela soltar.
Ele assente, grato pelo abraço da garota que considera como filha, a primeira dos cinco que chegaram para somar na família.
Lionel volta a mesma pose de antes, lembrando de Juvi e a dor do filho e a dores dele e de Denise também porque perdeu um membro da família.-Vou ver ele. Daqui a pouco eu volto. -Any faz sinal com polegar esquerdo para a escada, subindo após o senhor e senhora Hart concordarem.
Snowin, que está sentado na cama, a roupa de dormir toda branca e leve, pés descalços, olha para a janela, se levantando para receber Any, pois ouviu ela chegar e as pisadas dela nos degraus.
Limpo e bem por fora, bonito, tudo normal.
Mas por dentro...Ele aproxima da janela para ver o movimento das ruas.
Mas os pensamentos da última batalha o atormentam novamente.O pedido desesperado de Juvi mandando Dragwin o levá-lo.
Última vez que viu o rosto da mulher que amava, naquela expressão de medo da morte, não a morte dela, era mais medo dela perdê-lo.Juvi confessou antes da batalha começar.
Estava nítido que ela ia se sacrificar por eles.
Não foi uma despedida.
Mas um aviso de que se precisasse ela iria fazer aquilo que fez.
"Por quê eu deixei?
O que eu deveria ter feito?
Não tinha outro jeito?
Por quê ele é tão poderoso?
Quase vencemos ele.
Nós temos os poderes dos dragões.
Temos as espadas.
Por quê ainda não vencemos?"Questionamentos e mais questionamentos.
Afastou-se até do Dragão que está com ele em todo tempo.
Tratamento com Dragwin era o mesmo com os aliados e família, Só falava o necessário nas últimas três semanas, quando pedia sugestões nos assuntos sobre batalhas, a retomada e Glacial.Respirando fundo, soltando o ar de maneira lenta, Snowin volta a pensar no que deveria ter feito.
Mesmo com poderes do Dragão, está cansado disso tudo, sonhos com Juvi e pesadelos com Solgarth tiram a paz e o sono.
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O Mundo é dos Dragões
FantasyAno de 2198. 176 anos depois de perderem a Guerra, a humanidade ainda tenta se reeerguer para enfrentar os Seres Místicos. Mas, primeiro, os humanos têm que vencer os Dragões com poderes elementares, cada um dominando uma das 6 cidades restantes no...