Capítulo 30 A Descendente Da Casa De Hécate

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P.O.V Mônica Souza

— Ai, doeu... – Me queixo de dor.

Estudo e massageio meu braço direito com a intenção de amenizar a dor por ter lutado tanto. Entretanto, agora não é hora de descansar.

— É verdade! Ainda tenho que ir atrás dos meninos e da Maga. – Digo para mim mesma, deixando que meus pensamentos saiam em palavras.

— Não adianta procurar. Eles estão muito longe, longe de você...

De repente, uma escuridão imensa se espalha pela rua e por todo o céu. Era como se um blackout tomasse conta de tudo, engolindo as casas e tudo que havia no bairro, contudo, surge perante mim uma figura que emitia uma mínima aura de luz, ainda assim, suficiente para que eu o enxergasse. Tal ser tinha um formato parecido com o de uma minhoca, tinha dois braços pequenos e várias correntes pelo corpo, além de seus olhos transmitirem uma profundidade sem igual. Flutuava ligeiramente do chão e sua cor era amarelada com algumas listras pretas, tal como a escuridão que me tomava!

— Você é... Phóbius!

Esse monstro tinha sido derrotado por mim e pela Denise quando éramos crianças. O que ele estaria fazendo aqui? Como se libertou daquela caixa que o havíamos selado? Aquele ser ria loucamente enquanto o encaro. Seus risos me arrepiavam por serem tão exóticos e assustadores.

— Isso mesmo. Mônica seu nome, não é? De fato, eu estava preso, mas creio que você já deve ter se dado conta da tribulação de que esse planeta está vivendo. Graças ao senhor Astaroth que descobriu minha localização através de mensagens cerebrais que dei para ele, fui libertado por suas próprias mãos.

— Mas..., mas... quem guardava essa caixa era a Madame Creuzodete! Onde ela está agora? Diga!!! – Pergunto ansiosa e apreensiva.

— Ora, minha cara. O que você acha que aconteceu com ela?

— Você não...

— Bingo! – O monstro começa a rir vitoriosamente. – Astaroth já a mandou para o mundo dos mortos!

Quase que involuntariamente cerro meus punhos com força e deixo cair lágrimas de tristeza e frustração. Eu sabia que nesse caos todo iríamos ter mortes, mas nunca pensei que perderia pessoas próximas. Ela era minha amiga, nos ajudou já em muitas confusões de outrora e esses monstros a mataram! Não!!! Eu não aceito perder mais amigos!!!

— Agora, com meus poderes, governarei esse planeta e futuramente, toda a existência! Lembra da última coisa que lhe falei? "Um dia voltarei e vou dominar o mundo". E esse dia chegou hoje!

Avanço para cima de Phóbius e o encho de socos, mas que no fim, não adiantaram em nada. Os socos transpassavam seu corpo que parecia inatingível.

Por utilizar minha força, e também, por conta da batalha passada, começo a arfar de cansaço, entretanto não me dou por vencida!

— Garota ingênua, acha mesmo que ataques físicos podem me atingir? Sua tolice será o seu pior castigo, Mônica!

Correntes vindas da escuridão me envolvem e sinto uma dor extremamente terrível. As correntes lentamente quebram meus ossos dos braços me fazendo soltar um grito de dor agonizante.

— Ora, quem diria que veria você gritando de dor tão rapidamente assim? Não se preocupe, só estamos começando!

Suas correntes que antes me prendiam, deixam de envolver meu corpo e acabo caindo no chão de joelhos. As pontas antes circulares, tomam formas extremamente pontiagudas e acabam perfurando minhas mãos, braços e pernas, me fazendo gritar novamente de dor.

Together by Chance (First Season)Onde histórias criam vida. Descubra agora