P.O.V Cascão Araújo
Havia se passado uma semana desde que Maga e eu tínhamos resolvido começar a namorar. Claro que estamos indo com calma, entretanto, ainda assim, levamos a sério o nosso relacionamento.
Confesso que essa única semana que estive com ela, fui mais feliz do que anos de namoro com a Cascuda. Com a Maga não preciso me preocupar com surtos histéricos, com brigas, com proibições, a única coisa que ela pega no meu pé, é para que eu tome banho todos os dias, mas por ela, vale a pena. Ela me entende assim como eu a entendo. Quando um precisa do outro, sempre damos um jeito de nos encontrarmos. Cuidamos um do outro.
Durante essa semana, Maga e eu ficamos junto desde a escola até a volta para a casa, e por aí vai. Poderia ser considerado melação, mas mesmo quando éramos só amigos, já acontecia de ficarmos juntos, a diferença agora, é que andamos de mãos dadas e trocamos algumas caricias como namorados.
Os beijos e abraços ótimos são momentos maravilhosos, mas ainda, o melhor do nosso relacionamento são nossas conversas, que sempre foram as melhores, mesmo quando éramos só amigos.
Atualmente, nesse sábado de tarde, estava jogando um jogo de Dragon Ball que o Xaveco havia me emprestado. A Maga havia combinado de sair com a Mônica, para um momento "melhores amigas", então aproveitei para fazer uma das coisas que eu mais amo, que é jogar.
— E agora, vou derrotar o boss final! E... – A campainha toca me fazendo soltar um grito de susto e derrubar o controle no chão.
Estava tão concentrado no jogo, que mesmo a campainha não sendo tão alta, tomo um tremendo de um susto. Depois que meu coração volta a bater normalmente, minha raiva surge por conta da queda do meu controle.
Indiferente de quem seja na porta, minha vontade é de dar logo na cara desse indivíduo que ousou atrapalhar meu jogo!
— Eu juro que se for o Cebola, eu vou arrebentar a cara dele! – Grunhindo ando até a porta da frente de minha casa.
Assim que abro a porta, fico surpreso por ver quem se encontrava ali.
— Cascuda?! – Digo surpreso, mas logo minha raiva volta por lembrar do motivo pelo qual terminamos. – O que você quer? – Pergunto irritado.
— Será que... posso entrar? – Pergunta ela e eu dou de ombros.
Não estava nem um pouco afim, mas tanto faz, quanto mais rápido ela ir embora, melhor será. Cascuda entra sem nenhuma cerimônia, e fica em pé na sala de estar.
— O que você quer? Não tenho o dia todo. – Digo batendo um dos meus pés no chão, simbolizando minha impaciência.
— Não se preocupe, é rápido o que tenho para te dizer.
— E então? – Arqueio uma sobrancelha.
De repente, ela avança em minha direção me dando um abraço forte enquanto derramava lágrimas em seus olhos, em um choro descontrolado.
— Por favor, Cascãozinho. Volta para mim!
— Eu... – Sou interrompido por ela.
— Não aguento ficar sem você! Todos os dias venho chorando em prantos, noites sem dormir. Estou quase entrando em depressão depois do término do nosso namoro. Volta pra mim, por favor! Me desculpa por aquilo, mas foi tudo porque eu te amo!
— Cascuda, tenta entender. – Digo, enquanto a afasto de mim. – Não dá mais. Simplesmente não dá. Vivíamos brigando, discutindo, e ficávamos dias sem nos falar. Sem contar que você não confia em mim. Um relacionamento requer confiança. E depois do que você fez, com aquele col... – Ela me interrompe no meio da minha fala, me agarrando e dando um beijo a força.
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Together by Chance (First Season)
FanfictionOuvíamos histórias, lendas, contos, onde se diziam que tudo se começa com um "era uma vez", quando crescemos percebemos que uma história pode muito bem começar do nada, sem inícios parecidos, sem palavras que definem um conto. Pois bem, esta históri...