Capítulo 9 Finalmente Par Perfeito

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P.O.V Laura Styles

Atualmente, morava com meus avós, pois meus pais haviam ido morar no Canadá por conta do trabalho, e eu não poderia ir. Minha avó se chama Mariene, tem 68 anos e é um amor de pessoa, mas é muito brava quando se trata de algo que possa afetar negativamente a mim ou ao meu avô. O meu avô se chama Gregory e tem 70 anos. Adoro ele, pois o mesmo é muito gentil e brincalhão, além de ser um grande contador de histórias. Diz meu avô que já pegou peixes gigantes, enfrentou tempestades no oceano, já viu bruxas do mar, enfim, sabem como é aquelas histórias de pescador. Porém, mesmo que eu ame meus avós, sinto muita falta dos meus pais. Eles nunca foram muito atenciosos comigo, mas isso é por causa do trabalha duro deles.

Após tomar um café da manhã na casa da Rosalya, por conta da festa do pijama que ocorrera ontem de noite, acabei me dirigindo para a minha casa, junto da Monique, pois, até um determinado ponto, nosso trajeto era o mesmo. Percebi que ela e eu temos gostos parecidos em algumas coisas, como o amor pela leitura, porém, não deu pra alongar muito a conversa, pois havia chegado na minha casa. Me despedi da Monique bem formalmente, e entrei em casa. Ela, é claro, continuou seu caminho.

Estava tudo tão quieto, sinalizando que meus queridos avós ainda estavam a dormir. Menos mal, assim eles se recuperam já que tiveram uma semana tão agitada. Aproveito que o Domingo está agradável e vou no meu quarto para pegar um livro chamado "O Ladrão de Raios", um livro da série Percy Jackson que eu tinha pegado emprestado da biblioteca. Como a biblioteca estava fechada e eu odeio ler dentro de casa independentemente do cômodo, vou para a praça e sento debaixo de um Limoeiro que havia (bem normal a propósito, por conta do nome do bairro).

Começo a ler o livro. Mal havia terminado o primeiro capítulo e já estava me apaixonando pela história. Estava tão entretida que não havia percebi o menino loiro e parrudo que estava me observando fixamente em pé.

— Oi. – Ele me diz de forma bem formal e sutil. – Tô te atrapalhando?

— Ahn, não. – Digo na maior falsidade, mas não gosto de ser grossa com as pessoas. A verdade é que queria correr aquele garoto dali por ter interrompido minha sagrada leitura.

— Vou me sentar aqui, tudo bem? – Toni senta ao meu lado, e observo o seu rosto de galã, além do corpo definido. Até fiquei corada por ter o encarado assim, mas ele parece não ter percebido, pelo menos fui discreta.

— Claro. O lugar é público, né? – Falo, dando uma risada disfarçada.

— Eles falam muito mal de mim, né?

Acabo tomando um susto discreto, e observo sua face aparentemente triste fitando as nuvens.

— O que falam de você realmente não são as melhores coisas.

— De fato eu era bem arteiro quando moleque, mas eu mudei. Não entendo o motivo deles viverem me ignorando. Tudo o que queria era uma segunda chance. – Diz ele.

— Entendo... – Suas palavras pareciam sinceras, mas ainda assim, eu não sabia se ele estava sendo realmente sincero ou não. Entretanto, se ele estiver realmente falando a verdade, isso é bem infantil por parte da Mônica e dos outros em reprimir alguém por causa das travessuras da infância. – Se quiser, posso tentar te ajudar a se reconciliar com eles. – Por que raios disse isso? Laura! Por que?

— Não é algo que esteja a sua altura, Laura. Afinal, a raiva que eles sentem de mim não é de hoje. É foda ser isolado.

— Pera aí, isso não é totalmente verdade! Nesses dias você estava andando com a Maria e com o Do Contra.

— Aquilo? Laura, eu mal conheço a Maria, e o DC só anda comigo para ser o diferentão da turma. Sabe..., o que eu realmente queria era ter amigos de verdade.

Together by Chance (First Season)Onde histórias criam vida. Descubra agora