Reli meu livro, me dei conta que apesar de gostar de Errink até hoje o único cap com Errink é da timeline bad ending que não é exatamente marcada por relações consensuais.
E, já que tamo em dezembro, por que não fazer um especial?
Em AU doméstica porque ninguém é de ferro.Vamo lá!
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Garrafas de vidro e plástico, pratos e copos descartáveis, alguns jogos de tabuleiro, alguns CDs ou fitas de videogame, tudo jogado sobre o chão do apartamento. Primeira limpeza do ano, yay.
Cross e Ink, os companheiros de quarto - companheiros de quarto mesmo, não "oh meu deus, companheiros de quarto" - que eram responsáveis pelo lugar por enquanto pareceram ter um momento de perfeita sincronia: acordar, levantar, ver a bagunça e concluir que era melhor esperar o resto do pessoal acordar e se recuperar da ressaca para obrigarem a limpar. Mas como nenhum dos dois queria voltar a dormir, resolveram simplesmente sentar na cozinha - o único lugar sem bebum dormindo - e se entupir de antiacidos enquanto conversavam água.
-- ... tive que pagar suborno em chocolate pra poder sair. -- finalizou o jovem vaco enquanto terminava a sua terceira garrafa de água.
-- E o que aconteceu lá dentro? -- perguntou Ink, que aparentava estar mais ainda meio bêbado do que sofrendo com ressaca -- Conta aí esse babado, deixar de fora é crueeeel.
-- Prefiro enfiar uma agulha no meu ovo do saco do que encarar o Hate caso ele descubra que eu contei.
Talvez se não estivesse com uma cara de "alguém por favor me mata" a tentativa de olhar intimidador tivesse funcionado. Mas não funcionou, assim como quase não funcionou a cara de dengo que precedeu o sorriso que o fez questionar ainda mais a sobriedade do amigo.
-- É a diferença entre tu e eu, eu perco a vida, a alma, até as pregas, mas não perco a piada.
-- Ah, é? -- soltou já mal humorado -- Então fala você o que tava fazendo quando foi embora e nos deixou na rua.
-- Pode deixar! Quando o eremita foi procurar uma caverna pra se esconder...
~☆~
Meia noite havia chegado e voltado, oficializando a chegada do dia santo... para alguns, mas serve.
Na multidão e grupo de amigos, pegou vista de uma figura em cores escuras e chamativas tentando sair discretamente, e como a criatura sábia, prudente e sóbria que não era, decidiu seguir, e ver para onde ia.
Fora da área onde acontecia a aglomeração, viu o amigo entrar com alívio e alegria já esboçados em o que parecia ser uma pequena loja de doces.
~☆~
-- Um dos mistérios da vida é como o negão não é diabético ainda.
-- Eu não tenho autoridade pra falar, eu literalmente bebo tinta.
~☆~
Aproximou sem grandes expectativas e se sentou ao lado do amigo sem cerimônias, esperando pensar rápido apesar de inebriado em uma maneira rápida de tirar-lhe a paz.
Mas, para sua surpresa, a expressão que o de linhas azuis lhe ofereceu não foi de surpresa, nem irritação, mas de uma pessoa cansada.~☆~
-- Deixa eu advinhar, emice?
-- Sim. E eu posso gostar de zuar, mas chutar quem tá na fossa é sacanagem, então deixe ele falar.