Pain (DustBerry)

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E assim, eu fecho o trio. :D
Ah, assim como as outras, essa tem abuso.
Mais especificamente, estupro e descrição de violência.
Se esse tipo de conteúdo lhe dá desconforto,eu recomendo não ler.
Se resolver continuar, lembre que o fez de livre e espontânea vontade.

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O som da AU que marcaria a reta final lentamente cedendo era algo delicioso de escutar. Os gritos de medo dos habitantes ignorantes, os estouros dos blasters, e as construções uma a uma cedendo aos danos e desmoronando.

Sim, algo delicioso.

Bastante equilibrado em números, ambos os lados haviam ganhado aliados nesses tempos, mas oh, pouquíssimo equilibrado em potência; quase todas as AUs haviam sido corrompidas ou destruídas, e os das corrompidas, não se limitando a Sanses, se uniram aos Bad Guys desejando serem poupados se vencessem ou perdoados se perdessem.

Tiros, fogo, destroços e poeira ao vento. Com certeza iria se destruir, mas não importava o resultado final era o mesmo.

Pouco a pouco os grupos grandes se dividiam em menores, e mesmo os menores às vezes se dividiam em duplas, "xis-um", como alguns falavam. Afastando-se uns dos outros para evitar intervenção dos aliados.

Entre destroços, linhas e tinta, uma das duplas se afastava do meio principal com bizarra facilidade.

Blueberry e Murder.

Usualmente não seria tão fácil, Blueberry era mais forte e sagaz do que a maioria supõe pela aparência dele, o que tornava a escolha mesmo para alguém com muito LV uma escolha duvidosa, mas não hoje. Antes da separação já tinha se enfiado em tanto fogo cruzado que apenas determinação explicava estar de pé. É claro, Dust também tinha ferimentos, mas nem de longe tão feios.

Ainda, foi uma rodada difícil, muito para seu prazer. Era tão lindo, e apenas melhorava ao pensar na ironia daquilo. O menos estimado era o que lhe deu um bom desafio, mesmo que quase pudesse se chamar de "Redberry" de tanto sangue nas roupas.

Mas não podia o superar.
Os superar. É feio tirar o crédito do mano.

Ah, tão lindo o ver daquele jeito, consciente, mas sem força nem para se arrastar; respirando, mas não bem o bastante para sequer poder implorar por misericórdia...

Podia simplesmente o matar, mas...
Como desperdiçar uma oportunidade como essa?
Se está no inferno, abrace o capeta, só que no caso era o capeta e o abraço não era opcional.

O assassino se aproximou a passos lentos, e chegado em seu alvo, cuidadosamente para não matar sem querer puxou fora os restos de ossos e detritos que haviam no pequeno corpo, vendo com satisfação a expressão confusa do Star Sans. Isso mesmo, garoto, questione, se permita ter essa gotinha de esperança...

-- Olha que coisa deprimente... -- murmurou o segurando pelo tronco e levantando - com a facilidade e naturalidade que uma criança levanta uma boneca - para o deixar de frente ao meio principal; onde estavam também eram visíveis, mas só se alguém olhasse naquela direção, o que ninguém tinha motivo para fazer -- Toda essa luta em torno de dois cuzões.

O olhou sem muito foco, vendo satisfeito que o menor fazia o mesmo, embora também olhasse o acontecido, e visse sem ninguém poder impedir o Frisk daquela timeline ter a alma arrancada do corpo e lançada no anti-void. Ninguém parecia ter notado, justo, mas ainda, ruim, péssimo, a destruição da alma que porta reset é o marco que condena a timeline como um todo.

-- Tudo porque uma mulher foi idiota de não alertar o outro filho que nem todos são confiáveis. Não seria ótimo se isso acabasse?

Hesitação? Bom, não é importante, afinal, houve algo muito melhor, que mesmo que o pequeno não conseguisse dizer em voz alta, refletiu no olhar: ode alguém que sentiu que estaca sendo compreendido.

-- Bom, é o final... Não para o multiverso, ou os malditos, mas pelo menos você não vai passar por mais nada...

O vislumbre de confusão durou um momento minúsculo, apenas o mínimo de tempo que levou para o pôr no chão e rasgar suas roupas.

-- É o final para você, mirtilo! -- anunciou com uma risada, num tom exagerado que não foi notável porque no campo principal foi abafado pelo estouro de múltiplos blasters -- Não apenas para você!

Os buracos em seus ossos, que pareciam aos poucos estar querendo ficar entorpecidos, voltar a arder com força quando foram esfregados sem pena pelo assassino. Se conseguisse gritar por ajuda, nem precisava ser longo, apenas num minúsculo intervalo em que fosse audível, talvez pudesse se safar, mas nada saía da garganta, já maltratada por ferimentos e por vários minutos berrando para os aliados.

Irônico, agora que precisa mais do que nunca a única coisa que saia era um engasgo úmido, que então ficou consistente até a fonte ser cuspida fora. Um bolo de sangue.

-- Para vários outros também~ -- cantarolou invocando ossos azuis; tamanho o bastante apenas para o manter no chão e longe de sua alma para não o matar muito rápido -- Para os dessa timeline, e os que sobrevieram a outras apenas para morrer aqui~

De esfregar evoluiu para arranhões, não se limitando à superfície, mas às vezes cravando as falanges em buracos já abertos, deixando trilhas de rachaduras.

-- Assim como foi o fim para os amiguinhos deles~ -- via FlowerFell praticamente distribuir tiros, até finalmente acabar incapacitado e ter sua alma atravessada pela lança de Gem!Undyne; mas se foi sorrindo, provavelmente feliz que ia de encontro à sua Sweetheart. A imagem mórbida quase conseguiu lhe distrair, até o sentir penetrar, mandando uma dolorosa tremedeira que ativou cada um dos ossos azuis, ainda o mantendo preso e abrindo novos e profundos buracos.
-- Cada. Um. Deles.

A direção não mudou muito de lá, continuava o provocando, pontuando suas falas com estocadas. Queria gritar, queria que alguém lhe ajudasse, ou passar alguma, se conseguisse pensar direito, o que era quase impossível, com a dor da violação cortando fora qualquer racionalidade com uma ardência entorpecente.

Tão visível, mas ninguém os via, tentando salvar suas vidas, tentando ao evacuar antes que fosse tarde demais, e pagando o preço de dividir a atenção. O vento se tornava mais pesado com poeira a cada minuto.

-- Fim. Para. Cada. -- grunhiu o arrancando do chão, ossos azuis e tudo, e o fazendo quiçá sobre seu membro, sua vergonha bem exposta para qualquer um ver -- Para. O. Res.to -- A última parte se esvaiu em um rosnado incompreensível; cagava ao clímax, ao mesmo tempo que cravava um osso afiado na alma do pequeno.

"É apenas o começo", foi a última coisa que ouviu, enquanto sentia ao mesmo tempo o sêmen arder e seu corpo virar poeira.

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Impossible - Blanky - Pain
Contei em ordem cronológica inversa o ponto de ruína de uma timeline onde o mal venceu v:

Undertale Shipps One ShotsOnde histórias criam vida. Descubra agora