Memórias

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     Lancelot andou rápido para o sétimo andar, ele sabia que lá havia uma Sala que poderia lhe ajudar. Ele deixaria os frascos e a penseira ali.

     Parou em frente a uma porta e pensou: preciso de um lugar para ver essas memórias, um lugar onde mais ninguém, posso acessar.

     Uma porta se abriu na parede e Lancelot entrou. A Sala era pequena e simples, com uma cadeira e uma mesa no centro.

     Lancelot colocou a penseira e a caixa em cima da mesa e se sentou. Tirou o primeiro frasco da caixa, marcado ali com uma letra que o menino reconheceu imediatamente do diário da mãe:

Sophia Trevisan
1943

     O menino tirou a tampa do frasco e jogou na penseira. Ansioso. Ele se inclinou para a frente, seus pés deixaram e chão e o tocaram novamente segundos depois.

     Olhando ao redor, Lancelot percebeu que estava na Sala Comunal da Sonserina. Ao seu lado esquerdo, sentados em uma mesa redonda estavam sete garotos, Tom Riddle entre eles.

     Uma garota ruiva de olhos azuis claros, usava o uniforme da Corvinal com um distintivo de monitora, se aproximou da mesa.

— Poderiam dar licença, por favor? — Lancelot sabia que ela falava com os outros seis meninos.

     Todos os meninos olharam para Tom Riddle, foi quando Lancelot percebeu que Riddle com certeza não era o mais velho, mais era o mais respeitado.

     Riddle fez um movimento com a mão esquerda, mandando os meninos embora. Todos obedeceram.

     Por alguns momentos, Sophia ficou olhando para o lugar onde os seis meninos haviam desaparecido. Então, se virou para Tom, ela bateu as mãos na mesa e se inclinou para frente.

— Como Murta morreu?

     Tom a encarou por um momento e disse:

— Já não disse uma vez? Todos estão falando da expulsão daquele tal Hagrid. Ele a matou, eu vi o monstro e quase o capturei.

     Sophia apertou as mãos, segurando a ponta da mesa com firmeza.

— Você não entendeu — Disse ela — Como e por que você  matou a Murta?

     Tom nada disse. Apenas encarou Sophia com raiva.

— Eu não...

— Matou ninguém. Entendo. Albus está de olho em você e não quero que ele passe a desconfiar de mim — Parecia preocupada.

— Acredite: ele não vai — Disse Tom Riddle.

     A memória foi escurecendo e os pés de Lancelot deixaram o chão, segundos depois, eles voltaram a atacar o chão.

     Lancelot puxou o próximo frasco:

Sebastian Avery
1944

     Fazendo o mesmo processo anterior, Lancelot entrou na memória.

     Um menino louro, alto, com pequenas sardas na bochecha saia de uma sala acompanha com mais seis meninos.

     Enquanto os seis meninos foram virando para a direita, o menino louro disse:

— Vou ao banheiro antes! — Então tomou a direção oposto; Lancelot o seguiu.

     Avery não foi ao banheiro, apenas se escondeu no corredor. De longe, viu os seis garotos dobrarem em um corredor, logo em seguida, Avery voltou para perto da porta.

Lancelot Riddle: O filho de Lord Voldemort Onde histórias criam vida. Descubra agora