A dor do amor

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1976 ▪︎ Sexto ano ▪︎

     Lancelot andou pisando forte pelo corredor, os alunos que o viam corríamos assustados para os cantos das paredes. Sua cara e suas orelhas vermelhas, seu punho esquerdo fechado e o direito segurando com extrema força a varinha; seus olhos faiscando; Tudo em Riddle mostrava o quão irritado ele estava.

     Poderia facilmente atacar o primeiro que lhe incomodasse, embora ele preferisse acabar com aquele menina Grifinória de rosto redondo.

     Pensando bem, Voldemort não se preocuparia, apesar de ser uma puro-sangue, ela pertencia a Grifinória e er ajma traidora do sangue imunda.

     Ele passou pisando forte por dois corvinos, extremanpmente loiros e parecidos.

— Lancelot! — Ellie chamou-o. Foi ignorada — Já volto, Xenofílio.

     Lancelot seguiu andando enfurecido, até chegar na torre de astronomia e se sentar com força no chão, não ligando para a dor. Ellie o alcançou instantes depois e sentou-se ao seu lado.

     Houve minutos de silêncio com Lancelot tentando reprimir sua raiva para não atacar sem querer Ellie; e Ellie pensativa olhando para o nada.

— Você mentiu! — A voz de Lancelot saiu trêmula. — Você me enganou...sobre o a-a-amor...— Sua voz foi diminuindo aos poucos.

     Ellie continuou olhando para o chão, como se temesse olhar para o amigo.

— Não, Lancelot. Eu não menti, apenas não fui clara. — Eka começou a desenhar formas aleatórias no chão com o dedo indicador. Ela finalmente olhou para Lancelot, tinha os olhos marejados — Me desculpe. Eu não lhe disse que mesmo que você ame alguém, esse alguém pode não lhe amar. É como Voldemort, ele ama a si mesmo, mas nem todos o amam. Aqui e agora, neste amor que você vive, ele é capaz de nos destruir. A dor que somos capazes de sentir nesse momento é monstruosa.

     Lancelot dobrou as pernas, pousou a cabeça nos joelhos e chorou. Ellie não estava errada, a dor era horrível, era pior do que muitas das torturas de Voldemort. Uma dor que Lancelot jamais havia vidênciado.

     A voz de Ellie saiu quebrada, também chorava ao ver a dor do seu amigo:

— Ele...ama outra. Frank ama Alice. Não...— Ela soluçou — N-não podemos forçar ninguém a nós amar...se-se-seria...um amor...

— Falso — Completou Lancelot, abraçando mais firme os joelhos — Sem sinceridade. É horrível ser a pessoa forçada a isso, eu sei como é...

     Ellie passou os braços por cima de seus ombros, abraçando o pescoço de Lancelot.

     O mundo não parecia mais fazer sentido para Lancelot. Sua ambição de repente se pareceu mais idiota e tola do que nunca. A felicidade que sentirá há um ano, quando Frank o abraçou pareceu completamente destruída.

     Lancelot abraçou Ellie com força, e desabou como nunca. Ele não aguentava mais aquela dor. A sua capa foi molhando, quando as lágrimas de Ellie chegavam em seu ombro..

      Ali, uma Lovegood e um Riddle choravam por uma dor imensa; Um por seu amor não correspondido e outro por ver seu amigo sofrer . Não havia mais nada, além de dor.

Lancelot Riddle: O filho de Lord Voldemort Onde histórias criam vida. Descubra agora