Missão

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     Lancelot corria, descendo as escadas para as masmorras. Assim que chegou em frente a porta, ele parou para controlar a respiração; o objetivo não era assustar a bruxo.

     Ele ergueu uma mão trêmula e bateu na porta.

— Entre — Soou a voz de dentro da sala; seu tom era cauteloso, parecia temer quem poderia passar pela porta.

      Respirando fundo, Lancelot abriu a porta e entrou na sala.

      Slughorn se encontrava atrás de sua mesa, a varinha em mão apontada pro chão; seu rosto mostrou choque ao enxergar seu ex-aluno.

— Como posso ajudar, Prof. Riddle?

      Ele era inteligente. Slughorn sabia da queda do ministério, ele sabia que se tratasse mal o filho de Voldemort, seria mandado para Azkaban ou teria que se tornar um fugitivo.

— Prof. Slughorn, o senhor deu a memória para Potter, não?

      Lancelot observou Slughorn estremecer.

— Não! Não dei memória nenhuma!

      Slughorn era um ótimo Oclumente, Lancelot não conseguiria ver sua mente, mas ele sabia que o professor mentia.

— O Lord das Trevas não me mandou aqui, eu vim por vontade própria! Por favor, Slughorn, preciso saber se Potter procura as Horcruxes! Preciso tentar ajudá-lo!

       Slughorn soltou uma risada seca e sem graça.

— A beleza de vocês não me atingem mais. — Recitou o professor.

      Lancelot prendeu a respiração. Ele precisava saber, mas como fazer Slughorn acreditar nele? Um Riddle já tinha o enganado e olhe o que está acontecendo com o mundo.

       Riddle correu os olhos pela sala; pensando. Seus olhos pararam em foto guardada em um porta-retrato; uma parte dela estava rasgada, mas na outra se via Slughorn ao lado de Sophia Trevisan. Seus cabelos ruivos como fogo se balançando para frente e para trás, enquanto Sophia tentava olhar alguém do lado rasgado da foto.

— Quero destruir elas. Minha mãe também queria. Nós dois procuramos fazer isso da única forma possível. Mas ela cometeu um erro tolo...ela desistiu. Põe favor, Slughorn, preciso seguir o caminho oposto o da minha mãe. Slughorn, se você realmente adorava Sophia Trevisan, me permita seguir com o caminho.

       Lancelot ergueu os olhos para o professor. Slughorn balançou a cabeça várias vezes.

Não. Não. Não. Não...

       Riddle colocou suas mãos na escrivaninha de Slughorn, tentando controlar a sua tremedeira. Ele segurava suas lágrimas, causando um forte desconforto na garganta; Lancelot quase caiu, mas se segurou mais forte na mesa.

— Riddle? — Chamou Slughorn.

— Estou bem...estou bem...

      Um aperto incontrolável enchia o peito de Lancelot; ele já não sabia se aquelas palavras eram para Slughorn ou para ele mesmo.

      Lancelot não acreditava; nunca havia pensado que tudo poderia acabar se Slughorn não lhe informasse sobre as Horcruxes.

      Ele ergueu o rosto e encarou o Mestre das Poções:

— Slughorn...por favor...você não sabe o que estar nos braços dele - Os olhos de Lancelot começaram a se encher de lágrimas; ele segurou mais forte a mesa.

      Slughorn ficou olhando-o, desviando os olhos para a foto de si mesmo com Sophia. Uma lágrima escorreu lentamente pelo rosto do velho bruxo.

— Não confio em você, confio nela. Não a como vê-lo ser perceber seus olhos. Se há uma parte dela em você, Lancelot, eu confio.

— Senhor...— A garganta de Lancelot parecia se fechar, uma sensação de queimação passava por ela; duas lágrimas escaparam do Riddle.

— Eu entreguei a memória para Harry, Lancelot. — Slughorn se virou para encarar seu ex-aluno — Sophia não merecia o destino que teve. Honre a minha aluna.

      As lágrimas escaparam; Lancelot de ajoelhou, ainda segurando firmemente a mesa.

      A jovem arrumou seu crachá de Monitora da Corvinal e voltou a sorrir; um grande sorriso. Seus olhos azuis cheios de vida se fecharam um pouco. Sophia se inclinou para a frente, tentando ver Tom Riddle, no lado rasgado da foto.

      Lancelot iria honra lá. Ele ia terminar o que começou. Afinal, ele tinha o Poder dos Trevisan.

— O-obrigado, senhor — Ele sussurou e saiu tropeçando da sala.

      Riddle se encostou na parede fria do corredor. Passou as mãos com força pelo rosto, enxugando as lágrimas;seu rosto assumiu uma expressão fria.

      Ele subiu as escadas, indo para a sua sala. Lancelot precisava horar sua mãe, isso agora era uma missão.

 Lancelot precisava horar sua mãe, isso agora era uma missão

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Lancelot Riddle: O filho de Lord Voldemort Onde histórias criam vida. Descubra agora