Lancelot Riddle: O filho de Lord Voldemort

Penseira

     Lancelot não foi para o jantar naquela noite, em vez disso, esperou e foi direto para o escritório do Dumbledore.

— Boa noite, professor — Foi a primeira coisa que Lancelot disse ao entrar no escritório do diretor.

     O lugar estava igual a última que Lancelot visitou: objetos espalhados pela sala em cima de mesinhas, os quatros dos antigos diretores, todos fingindo dormir.

— Ah, sim, boa noite. Por favor, sente-se — Hesitante, Lancelot fez o que o diretor pediu — Há dois anos, você veio até minha sala, eu lhe entreguei a verdadeira varinha fabricada por Sophia e expliquei que Voldemort levou uma varinha falsa.

— Disso tudo já sei — Respondeu — Senhor. — Completou tentando parecer mais educado.

     Dumbledore observou o menino por algum tempo. Lancelot sentiu a mesma sensação que teve no primeiro ano: que Dumbledore tentava ver sua alma.

— Não me lembro bem...mas acredito que tenha dito que a varinha era a última coisa que Sophia deixou para eu lhe entregar...

— O Senhor mentiu. Todas as pessoas mentem todos os dias. E você sendo o segundo maior bruxo do mundo deve mentir pelo menos metade de um dia inteiro. Apenas não mente quando está sozinho.

     Mais uma vez, Dumbledore lhe encarou.

— Todas as pessoas mentem — Repetiu — Até mesmo as crianças de treze anos.

     Lancelot quase se levantou da cadeira.

— O que quer dizer? — Perguntou. Ao notar o tom desafiante, completou: — Senhor?

— Nem todas boas mentes vão para a Corvinal, uma grande ambição pode levá-las para a Sonserina. É para um bom resultado do plano, às vezes, é necessário agir desde cedo.

"Voltando ao assunto anterior, Sophia e Sebastian Avery me deixaram mais uma coisa antes de morrer.

"Sabendo que Voldemort estava a procura deles, Sophia viu três situações: vocês escapariam de Voldemort, o que era difícil; Voldemort os encontraria e mataria os três; ou Voldemort mataria ela é Avery e seuquestraria você, assim fazendo com que o maior desejo de Sophia naquele momento não fosse comprido e você sofresse ao lado de Voldemort.

"Sophia achou que a última conclusão tinha mais probabilidade de acontecer, segundo ela, Voldemort é capaz de fazer alguém sofrer até depois da morte dessa pessoa.

     Ele fez uma pausa. Virou-se e andou até um velho armário, abriu a porta e tirou de lá uma bacia branca com pedrinhas grudadas.

     Ele colocou a bacia sob a mesa e Lancelot pode olhá-la. Dentro havia algo branco, não era líquido nem gasoso.

— Achando a última situação aconteceria Sophia e Avery começaram a criar maneiras de ajudar a criança. Sophia fabricou a varinha usando matérias das varinhas dos irmãos. Avery me fazia visitas pedindo para que eu os ajudasse, a ajuda era que tudo o que eles faziam para te ajudar chegasse até você.

"Em uma noite, uma semana antes de Voldemort matá-los, Avery veio mais uma vez até mim. Ele me entregou uma caixa de madeira e pediu para que não olhasse o que havia dentro dos frascos.

— O que tinha nessa caixa eram simples frascos? — Perguntou Lancelot, tentando esconder a ansiedade

— Os frascos contém memórias, tanto de Sophia quanto de Avery. Ele pediu para que eu não olhasse as memórias.

     Dumbledore tirou da gaveta de escrivaninha uma caixa de madeira suja e de aparência antiga. Depois apontou para a bacia em cima da mesa.

— Isto é uma penseira. Ela permite ver memórias guardadas, basta colocá-las aqui e entrar na memória.