Lancelot Riddle: O filho de Lord Voldemort

O outro lado

     Lancelot colocou a varinha em cima da mesa da biblioteca. Não conseguia pensar. Se passou uma semana desde a discussão com Frank na biblioteca e seis dias desde que Ellie Lovegood tentará lhe explicar o que era uma amigo. Parte dos pensamentos de Lancelot estavam na segunda parte, Lovegood estaria certa? Lancelot tinha uma visão errada do que era um amigo.

     Ele foi atrás da resposta. Observava de longe o grupo de quatro meninos que usavam o título "amigos" — Os Marotos. Lancelot observava de longe, pareciam tão alegres como se nada pudesse fazer eles trocarem a companhia um do outro.

     Depois de minutos de observação,  Lancelot voltava a realidade ao lado de jovens bruxos querendo se tornarem Comensais da Morte, eram estranhos, sorriam apenas com maldade, olhavam com nojo para qualquer aluno, conversavam sobre Artes das Trevas e crenças puro-sangue.

     Ambos lados pareciam completamente diferentes, mesmo assim, qual era um verdadeiro grupo de amigos? Os com que Lancelot andava não pareciam se importar um com os outros, apenas com um bruxo que tinha as mesma crenças que eles.

     Frank fazia Lancelot rir com seu jeito atrapalhado, que sempre vinha em seguida uma piada dele mesmo. Frank passou seu tempo livre ajudando Lancelot.

     Lancelot se sentia um sangue-ruim de tão burro que era — Bom, pelo menos sobre esse assunto. Mesmo assim, alguém naquela escola parecia saber pelo menos alguma coisa sobre o assunto.

      Atirou os livros dentro da mochila e correu para a janela, talvez ela estivesse ali. Não, ela não estava. Riddle não sabia nada sobre a menina, seria difícil localizá-la...ou não...

— Seu conhecido Charles Avery pegou detenção. — Disse uma voz sonhadora.

     Lá estava, ao lado de Lancelot segurando uma pilha de livros. Lancelot deu uma olhada rápida na primeira página: Animais Fantásticos e Onde Habitam.

— Ellie Lovegood...— Lancelot recuou, ela parecia entender bem a vida do menino, mas mesmo assim, todos na escola pareciam extremamente arrogantes — O que eu entendi errado apenas por viver com o Lord das Trevas? — Ele foi direto, havia momentos que não gostava de enrolações.

     Ela me encarou por alguns segundos e disse:

— Acho que tudo. Você poderia escrever um livro para os trouxas, sabe? Venderia bem. Você não sabe sobre amigos, amor, respeito, magia dos Trevisan, bondade, verdades e felicidade. Você é como um bebê que não cresceu. Só viu um lado história, o outro não sabe nada.

     O sonserino não gostou muito das últimas falas, embora parecem verdades. Ele não sabia como era as coisas do lado de quem não era Comensal da Morte e Voldemort.

     A pergunta ele já fez, agora não podia recuar.

— E o que é tudo isso?

     Ellie jogou a cabeça para o lado, seus olhos focaram a janela, entretanto não parecia olhar a paisagem.

— Hmmm...amizade, eu a vejo como um mundo com algumas pessoas leais, que estão sempre dispostas a fazer qualquer pelos outros amigos. Sabe eles riem, choram e gritam. Mas quando gritam não se agridem e nem se torturam — Acrescentou — O amor, bom, eu nunca senti, mas deve ser como uma crescente paixão, cheia de fogo felicidade, também a brigas claro, sente algo parecido com necessida de estar perto daquela pessoa. É diferente da amizade, o amor é capaz de durar uma vida toda.

"Respeito. Você conhece um tipo de respeito: dos Comensais para Voldemort. Eles adimiram tanto Voldemort que tratam ele da melhor forma que conseguem.

— A magia dos Trevisan...é melhor você descobrir sozinho — Uma expressão esquisita cruzou seu rosto, depois voltou para a careta pensativa.

"A bondade aparece nas pessoas que ajudam, fazem o bem para as outras, as respeitam, as protegem, resumindo são pessoas boas — Que é o exatamente o que diz a palavra.

"Uma pessoa que conta verdades, ela não vê necessidade de mentir para outras. Um exemplo se alguém precisa de uma favor vai é pede, sem a necessidade de contar mentiras. Voldemort vive apenas de mentiras. Eles as conta para todos.

"A felicidade aparece quando você faz algo que gosta. Quando você se sente bem. Quando se sente extremante confortável. É um sentimento muito bom e adorável, Lancelot Riddle, que você teve por pouco tempo."

— Preciso ir — Arrumou os livros para carregar mais facilmente — Aula de Adivinhação — Explicou.

     Ela saiu tão rápido que Lancelot não teve tempo de falar. Riddle ficou parado olhando pro nada, tentando colocar os pensamentos em mente.

     Tudo aquilo aumentou a confusão na vida de Lancelot Riddle. Ellie estava certa, ele viu apenas um lado da história. Um lado horrível.