Prólogo

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      Era uma casa sombria e escura. Reunidos em uma sala haviam no mínimo vinte pessoas. Na ponta da mesa, estava sentada a sombria figura, o Lord que assombrava o mundo bruxo e trouxa nos últimos anos, lá estava Lord Voldemort e alguns de seus Comensais da Morte.

     Em cima da mesa, bem a frente de Voldemort, havia a varinha de um dos Comensais — Rosier.

— Espinheiro-Negro e Pelo de Testrálio, milorde.

     Não era Lord Voldemort que precisava daquela varinha. Mas é claro que a criança não poderia sair assim e entrar em qualquer loja com aurores rondando todo o local.

     Quase uam hora depois, mas reunião acabou. Todos os Comensais da ,orte se retiraram.

     Voldemort se levantou, caminhou pela sala, parou ao lado da porta e virou o rosto para o lado: ali, havia um espelho. Era alto, magro, pálido com uma pele esquisita e olhos vermelhos. Não havia sinais de que o rosto do maior bruxo das trevas de todos os tempos já fora visto como muito bonito.

      Saiu daquela sala, subiu a velha escada que rugia a cada passo. A porta de um velho quarto estava escancarada, Voldemort entrou no quarto.

     Na poltrona imunda, perto da janela, estava sentado, um menino: alto para a idade, cabelos escuros, pálido e olhos azuis, muito claros, que nem pareciam reais. Lancelot Riddle, mesmo tendo apenas 11 anos, já carregava uma pequena cicatriz em baixo do olho esquerdo.

     Riddle, que já estava encolhido antes de Voldemort entrar, agora se encolheu mais ainda com a presença do bruxo.

     Riddle nada disse. Riddle sabia que os Comensais  da Morte deviam se perguntar se o menino sequer falasse. Talvez nunca tivesse aprendido, talvez fosse mudo, talvez...os traumas o tivessem o ensinado a manter a boca fechada.

     Talvez o motivo de ter tremido de leve ao olhor os olhos vermelhos de Voldemort não tivesse sido a cor dos olhos, mas a lembrança da quantidade de maldade que continha naquele olhar.

     No canto do quarto, organizados, em cima da escrivaninha aos pedaços, encontrava-se livros de segunda mão,  todos os aparência antiga, era de se esperar de livros que tinham sido comprados há 26 anos.

     Alguns veriam como uma imprudência mandar Lancelot Riddle a Hogwarts. Mas, de outras formas, não parecia. Dumbledore ficaria focado nele, pensando que Voldemort tentaria contato, Riddle poderia ver facilmente aqueles que dariam melhores Comensais da Morte, Slughorn se assustaria e as chances da memória chegar a Dumbledore acabariam...

     Além disso, a magia do menino deixaria de ser inútil, finalmente, Voldemort teria o poder da família dos Trevisan...

Lancelot Riddle: O filho de Lord Voldemort Onde histórias criam vida. Descubra agora