Azkaban

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      Lancelot foi jogado igual lixo na cela de maior segurança da prisão dos bruxos. Os dementadores passavam de segundos em segundos ao redor sua cela, sugando de pouquinho em pouquinho suas memórias boas.

      Riddle ouvia os outros prisioneiros gritaram de agonia, outros já gritavam implorando pela morte. Diferente de todos esses, Lancelot se mantiveram em silêncio.

      Ele não entendeu bem, mas de alguma forma, parecia que ele não enlouquecia como os demais bruxos. Lancelot chutou um dos motivos pelo qual isso poderia acontecer: Lancelot não é feliz, ele estava focado e ansioso; com sua prisão ele poderia se aproximar de sua ambição, mas a presença dele ali não era motivo de uma feliz comemoração.

      Mesmo com sua consciência boa, Lancelot era incapaz de impedir que os guardas lhe trouxessem péssimas memórias.

      Lancelot viu um homem rolar dentro do chão de sua cela, seu rosto virou para o do Riddle; seus olhos estavam sem vida e sua boca entreaberta. Lancelot segurava o rosto de Ellie Lovegood, ela estava morta.

— Você! — O grito de Frank soou forte em sua mente, fazendo o prisioneiro se encolher contra um dos cantos da cela.

       Com suas habilidades, os dementadores eram capazes de forçar as pessoas a lembrarem até de memórias que as próprias pessoas haviam esquecido. Isso aconteceu com Lancelot...

       Um grito de um homem encheu a cela silenciosa, juntamente com uma forte explosão. No fundo daquilo tudo, alguém ria de forma maligna.

— Ora, ora, Sophia! — Era Voldemort.

      Lancelot estava em um quarto de bebê, dentro de um berço, apenas enxergava as costas de alguém com curtos cabelos ruivos e fios brancos. Diversos raios voaram pelo quarto, atingindo paredes e objetos. Um raio verde passou a centímetros do rosto de Lancelot, Sophia Trevisan virou-se rapidamente para olhá-lo; então um raio preto atingiu seu peito.

       A ruiva caiu em frente ao berço, Lancelot viu seu rosto ficar pálido; do seu peito o sangue escorria sem parar. Sophia virou o rosto para o outro lado.

E-eu vou ganhar esse jogo, Tom Riddle...

— Você é realmente um deles — A voz fria de Frank Longbottom se dirigiu a Lancelot.

       Uma foto que mostrava cinco crianças foi pegando fogo aos poucos, o rosto sorridente da mãe de Lancelot foi desaparecendo.

— Tempo apertado e...— Dumbledore parou de falar.

      Lancelot tirava, sem chamar atenção, uma flor seca e sem vida do vaso que havia em cima da mesa. Segurou-a com a mão aberta, a flor começou a recuperar sua velha beleza, cheia de vida.

— Lancelot! — Uma voz, cheia de raiva, chamou-o.

      Diversas cabeças se viravam em sua direção, incluindo professores, os alunos cochichando com seus amigos, lançando a Lancelot olhares de pena, raiva ou puro rancor.

— LANCELOT! — Frank gritou.

       Bruxos e mais bruxos gritavam com a dor da Maldição Cruciatus, enquanto Lancelot se ficava parado só observando sem poder fazer nada.

        Encolhido em um dos quatro cantos da cela, Lancelot chorava desesperadamente enquanto as memórias se repetiam. Era um ciclo sem fim.

Lancelot Riddle: O filho de Lord Voldemort Onde histórias criam vida. Descubra agora