Para o porão

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— Ora, ora...O que o príncipe Lancelot faz no Gringotes?

      Lancelot fechou os olhos e respirou fundo. Paciência era disso que ele precisa a para lidar com ele e todos os outros.

— Dolovoh — Falou Lancelot, friamente, virando-se para o bruxo — Creio que eu não devo satisfações a você.

       Anthony sorriu cruelmente.

— Creio que tenha razão, Príncipe. Mas acho que o Lord das Trevas gostaria de ouvir tal história...

      Lancelot segurou, delicadamente, sua varinha, sem aponta-lá para o Comensal.

— Meu pai não ficaria feliz em ser chamado apenas para isso, Dolovoh. Como pode ter uma ideia tão tola?

       A risada de Dolovoh arrepiou os cabelos de Riddle. Lancelot sabia bem a história de Dolovoh, ele havia sido um dos primeiros Comensais da Morte, estudará com Tom Riddle.

— Além disso, a questão aqui deveria ser por que você está aqui — Continuou Lancelot.

       Dolovoh observou o bruxo na sua frente; a raiva em seu olhar. Um arrepio percorreu o corpo de Lancelot quando os olhos de Dolovoh se focaram no grande T.

— Você! — Gritou ele — O que fazia aqui?

      Lancelot respirou fundo, deixando a pouca tranquilidade percorrer seu corpo.

— Vim visitar meu cofre. Algum problema, Dolovoh? — Questionou. Dolovoh deu meio passo para trás; seus olhos arregalados — Aliás, Dol, você estudou com minha mãe, não? Me diga: você gostava dela? — Foi a vez do Riddle sorrir. Ele ergueu uma sobrancelha.

— Lady Sophia pertencia ao Lord das Trevas.

— Minha mãe por acaso era um objeto, Dolovoh?

      O rosto do Comensal ficou vermelho de raiva. Lancelot viu seus punhos se fecharem ao redor da varinha.

— Não mude de assunto. Você não deveria vir aqui. Contarei isto ao Lord Das Trevas! — Dolovoh ameaçou, seus olhos brilhantes.

      Lancelot manteve a expressão limpa.

— Não está me tratando como deveria, Dolovoh. Não gosto do seu modo de falar.

— Uma pena, Príncipe Lancelot — Dolovoh virou de costas e começou a andar em direção a saída; Lancelot viu outro duende ao lado do bruxo balançando os objetos de metal para passar pelo dragão.

— Não tem outro caminho mais rápido? — Lancelot perguntou para o duende junto a ele.

— Não — O duende andou até o dragão e começou a balançar os objetos de metal. Lancelot apressou o passo.

      Os dois subiram no carrinho, que começou a avançar. Eles estavam indo rápido, mas talvez não o suficiente. Dolovoh poderia já estar saindo do Gringotes, ou talvez já aparatando.

— Podemos ir mais rápido? — Lancelot gritou para que o duende o escutasse.

— Se quiser morrer...— O duende respondeu, mal-humorado.

     O vento batia com força na cara de Lancelot; o homem fechou os olhos. Nunca que ele chegaria a tempo para impedir Dolovoh, Voldemort saberia que ele esteve aqui. Tudo deu errado...

— Chegamos! — O duende avisou.

      Lancelot saiu do carrinho com pressa, correu até a porta do banco e aparatou diretamente para a casa dos Malfoy. Ele andou apressado pelo jardim, sem ver sinais de Dolovoh; suas mãos se ergueram e abriram a porta dupla.

      Riddle engoliu em seco.

      Parado ali, de frente para a porta, seus olhos cravados e, Lancelot estava Voldemort. Com suas vestes negras, e a varinha em mãos.

— Lancelot — Disse com sua voz dominada pelo ódio. Algo havia o irritado e com certeza não foi apenas Riddle — Estive lhe aguardando...

       Lancelot enxergou por cima do ombro de Voldemort a figura de Dolovoh sorrindo.

— Venha comigo! — Voldemort entrou na sala à esquerda.

— Boa sorte, Príncipe Lancelot! — Sussurou Dolovoh, enquanto Lancelot seguia o Lord.

      Riddle fechou a porta atrás de si.

— Você esteve no Gringotes? — Sussurou Voldemort perigosamente.

— Sim, Milorde — Respondeu Lancelot, suavemente, escondendo o medo.

— O que pegou lá?

       Ele não podia mentir. Voldemort não seria enganado.

      Lancelot ergueu sua mão direita, mostrando a Volddmort o anel com a lua e a estrela. O homem pode ver os olhos dos bruxos ficarem mais vermelhos, os dedos de Voldemort apertaram a varinha.

— Me dê isso! — Voldemort se aproximou; ele agarrou o punho de Lancelot com força e retirou o anel sem piedade. Voldemort deslizou o anel pelo seu dedo anelar da mão esquerda. — Você sabe que cometeu um erro, não é, Lancelot?

       O Comensal confirmou com a cabeça.

— E sabe o quão grave isto é? — Outro aceno de cabeça — Eu deveria matá-lo nesse instante...

        Lancelot apertou os olhos. Não seria tão ruim, pensando por outro ângulo...

— Mas, acho que vou poupá-lo mais uma vez. Isso para mostrar a você o quão Lord Voldemort é piedoso — Disse — Crucio!

       A tão conhecida dor cruzou o corpo de Lancelot mais uma vez. Ele perdeu a força das perdas, caindo no chao; começou a contorcer sem parar. Sua garganta parecia capaz de se rasgar quando ele gritou.

— Não grite, meu filho — Sussurou Voldemort, mas Lancelot não conseguia se concentrar em sua voz — Você sabe que merece...

      Voldemort alisava com seus dedos brancos a lua do anel, observando o próprio filho se contorcendo de dor aos seus pés.

       Me mate...por favor...quero morrer...Lancelot soltou outro grito capaz de arrepiar todos os fios dos cabelo.

Crucio! — Voldemort desfez a Maldição com uma voz de tédio.

       Lancelot não aguentou tamanha dor e desmaiou. Os fios dos cabelos escuros estavam grudadas na testa por conta do suor. O peito subia e descia sem parar; a boca entreaberta, e o rosto pálido.

— Dolovoh! — Voldemort chamou o bruxo que ordenara esperar do lado de fora. Dolovoh entrou na sala, tentando não sorrir com a figura desmaiada de Lancelot.
    
— Sim, Milorde? — Perguntou estufando o peito.

— Leve-o para o porão e deixe com os outros — Ordenou Voldemort — Quanto a varinha...pegue e a guarde até eu mandar devolver.

— Sim, Milorde.

      Dolovoh pegou sem gentileza o corpo desmaiado e suado de Lancelot. Ele puxou o bruxo para o Hall e desceu as escadas. Dolovoh abriu a porta do porão e atirou o corpo de Lancelot no chão.

Lancelot Riddle: O filho de Lord Voldemort Onde histórias criam vida. Descubra agora