Pov Any
Após entrarmos na delegacia e sermos atendidos, meu coração e minha mente pareciam estar mais aliviados. Ficamos mais de 1 hora e meia lá dentro pois eu contei para eles tudo o que tinha acontecido, desde o momento em que conheci Jackson, até o momento que o prenderam, mas deixaram seu pai, Carlos, escapar. Mostrei a carta de ameaça para ele, e para provarmos que aquela caligrafia não era de nenhum de nós, tivemos que reescrever o que estava escrito, em um papel qualquer.
Pura bobagem. Porquê eu me auto ameaçaria?
Sem nexo.
O delegado falou que eles iriam fazer rondas por todo o quarteirão em que eu morava, toda noite a partir das 21 horas, então a partir deste horário eu não poderia mais sair de casa, a não ser que fosse extremamente urgente, pois isso dificultaria para eles encontrar alguém suspeito.
Mas como eu queria me sentir segura para sair de casa durante o dia também, contratei um segurança particular que fosse o mais discreto possível. Já havia passado da hora, né!? Ele era alto, forte, tinha cabelos grisalhos, e aparentava ter em torno dos seus 40 e poucos anos.
Não conversávamos sobre nada, ele apenas fazia o trabalho dele enquanto eu ficava na minha.
Meus tios não sabiam de nada sobre o que estava acontecendo. Para eles, minha vida estava tranquilamente tranquila, o que eu queria que fosse verdade.
Como eu falei, os únicos que sabiam sobre isso, eram Noah e Sina, ninguém além deles. Até porque gente demais só atrapalharia, e geraria especulações e boatos mal contados.
E isso é tudo que eu NÃO preciso agora.
Já estou farta de problemas.
{...}
3 dias se passaram desde que os policiais começaram a fazer rondas pela minha casa, e segundo eles, não houve absolutamente nada de suspeito.
Carlos não é tão ingênuo como eu pensava. Ele sabe que esses caras estão aqui e não vai dar as caras tão cedo. E eu sei exatamente o que ele quer, ele está esperando eu dar um pequeno deslize em ficar sozinha, para dar seu bote.
Se ele acha que eu sou boba, está muito enganado. Ele pensa que está um passo a minha frente, mas na verdade eu já fiz a caminhada inteira.
-Eu tive uma ideia. -falei para os policiais a minha frente.
-Diga menina -um deles respondeu seco.
-E se eu fingir que estou saindo para algum lugar sozinha, exemplo, uma boate -todos voltaram sua atenção a mim. -É um lugar onde muitas pessoas vão e geralmente é lá onde acontecem as confusões.
-Aonde você quer chegar mocinha? -outro deles perguntou, dessa vez mais interessado.
-Se Carlos achar que eu estou indo até lá sozinha, ele pode dar as caras, ou então algum capanga dele. Sendo assim, ele aparece, eu corro até vocês, e vocês o prendem. -falei simples dando um sorriso vitorioso.
-Não é uma má ideia, mas é uma coisa arriscada que pode colocar sua vida em risco. Não estamos brincando de esconde esconde mocinha, isso é um assunto sério. -falou um policial que aparentava ser um pouco mais velho que eu.
-Mas nós temos que arriscar! Se formos esperar ele vir até mim do jeito que estamos agora, vocês vão ficar aqui por 1 mês! -falei me estressando um pouco. Que caras molengas!
-Baixa a bola baixinha, temos que ver com o nosso chefe se ele permite que façamos isso. -o mesmo policial que falou agora pouco, repetiu.
-Escuta aqui Sr... -fiquei na ponta dos pés e estreitei a cabeça para tentar enxergar seu nome em seu distintivo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝙳𝚒𝚏𝚏𝚎𝚛𝚎𝚗𝚝𝚜 𝚅𝚒𝚎𝚠𝚜 || 𝑩𝒆𝒂𝒖𝒂𝒏𝒚
FanfictionSinopse: Ela perdeu a pessoa mais importante da sua vida com seus 8 anos, sua mãe, e seu pai foi acusado injustamente pelo assassinato. Any se fechou para o mundo, nunca demonstrou sentimentos por ninguém, nem mesmo por ela mesma. Mas ela irá conhec...