Parada estranha quando a mente da gente começa a sabotar nossas ideias, papo reto.
Não tenho dúvida das paradas que eu sinto e nem do que eu quero pra mim, porém o bagulho e mais complicado do que parece.
Catarina pô minha pequena, cuido dessa menina dês de quando entrei na vida dela, sempre convivi com criança morei em um abrigo quase minha vida toda então não era uma parada difícil pra mim cuidar dela, era papo de busca na escola ficar com ela pro Xamã sair com a Nina essas coisas.
Porém o tempo passou e ela cresceu e eu me culpo todos os dias por deixar surgi qualquer ponta de sentimento que eu sinto por ela, ela deixou de ser a pequena do tio Filé e se tornou meu tsunami.
Eu tentei pô já tem um tempo que eu ignoro isso, mais o bagulho é que não consigo disfarçar minha preocupação, meu ciúmes e o lance que sinto por ela.
Depois da Te eu nunca mais me envolvi sério com nenhuma mulher é só um bagulho de momento ou sexo.
Porém por aquela feiticeira eu sinto mais, é aquilo que vocês chamam de amor a garota é minha perdição.
E o bagulho é que eu tenho que evitar isso. Nina e o xamã confiam em mim, não consigo nem imaginar a decepção que eles vão ficar papo reto a gente é uma família eles são a minha família.
Dois dias pô que ela não me responde e toda vez que colo no barraco ela não tá lá, me evitando mesmo.
Ai pra não estragar mais ainda o clima tô indo buscar a Maya pra eu não aparecer lá toda hora e deixar ela incomodada.
Cheguei na porta e já escutei a risada dela, na hora senti minha garganta da um nó.
Quando passei pela porta ela não me olhou com aquele olhar de raiva, ela fez pior me olhou com olhar de desprezo.
Filé: Tudo tranquilo ai? -Falo chegando perto dela e das cria.
Vinícius: Tirando a parte da Maya está no mesmo ambiente que eu, tá tudo certo. -Ele fala puxando o cabelo dela.
Maya: Pai a tsunami vai ir numa festa e não que me levar. -Ela fala apontando pra Catarina que ri pra ela.
Catarina: Meu amor eu vou no pagode lugar de sofrer não é lugar pra você, te levo amanhã pra tomar sorvete. -Falo fazendo carinho nos cachinhos dela.
Filé: Onde que é o pagode? -Falo e dou um chute leve na perna dela.
Minha resposta foi ela virando e indo em direção a cozinha.
Vinícius: Clima tenso entre os brothers, Maya bora lá fora brincar com a mangueira de água. -Ele fala tentando cochichar no ouvido dela e logo eles saem correndo.
Respirei fundo e fui atrás dela.
Filé: Me desculpa pô se falei de uma forma errada. -Falo parando atrás dela enquanto ela tava mechendo na pia.
Catarina: Pagode é na rua 2 mais precisa de pulseira pede meu pai que ele arruma pra você. -Ela fala e se vira pra sair da cozinha mais eu puxo ela pelo short.
Filé: E vem cá que brisa é essa que você acha que a gente vai ficar assim pô, última coisa que eu quero e você longe de mim só quero que você saiba que é uma parada estranha minha pequena. -Falo segurando ela pela cintura.
Catarina: Tá Filé só me solta por favor. -Ela fala colando as mão nos meio da gente afastando.
Filé: Poha nenhuma que eu te solto nunca mais pô, de sempre pra sempre não é? -Ela fica quieta e não responde.
Tava olhando no fundo dos olhos dela quando quase morri do coração.
Ela força uma tosse e entra na cozinha, vai até a garrafa de café e depois encosta no balcão olhando pra gente.
Nina: Tão me olhando assim porque? -Ela fala e da risada.
Eu fiquei em choque que nem me toquei que tava agarrado na cintura da Catarina soltei ela que ficou parada do meu lado rindo pra mãe dela.
Será que foi só eu que fiquei com medo mano?
Catarina: Mãe depois você vai comigo escolher a roupa pro pagode? -Ela fala toda animadinha.
Filé: Se quiser eu vou pô. -Falo fazendo a Nina da risada e Catarina me olhar de cara feia.
Nina: Você vai pro pagode filé mal passado?
Filé: Tô querendo ir pô, medo do coração não aguentar. -Falo a última frase baixo só pra Catarina ouvir.
Nina: Boa sorte viu filha, seu pai e o Filé junto nenhum mucilon vai ter coragem de chegar perto de você. -Ela fala dando a maior gargalhada.
Catarina: Ainda bem que a gata é rápida né. -Ela fala rindo e depois olha pra mim.
Já olhei feião pra ela.
Filé: Triste vai ser se o patrão cancela o pagode imagina só. -Falo e olho pra ela que me fuzila com os olhos.
Nina: Se ele fizer isso, ele não dorme aqui, necessito de um pagode. -Ela fala e sai da cozinha.
Assim que ela sai Catarina desfaz a sorriso e volta com a cara da brava.
Filé: Papo reto mesmo tsunami, não me faz arruma treta não, se quiser a gente vai pra outro lugar sem neurose. -Falo passando a mão no rosto dela.
Catarina: Relaxa viu que se eu me envolver em alguma coisa errada meu pai vai está lá, obrigada pela preocupação tio. -Ela fala a última palavra com deboche e sai da cozinha.
Que caralho pô é pra tirar qualquer um do sério mesmo papo reto.
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