Nina💫
A gente veio pra onde ultimamente tem sido todos os nossos rolês, festa de criança.
Isso mesmo Catarina parece ser amiga de meio mundo consequentemente as crianças sempre chamam ela pras festas, como ela sempre bota o terror em todas elas, eu já estava esperando por essa que não seria diferente é claro.
Pra não ter problema mais tarde, esperei só a mãe da menina tirar as fotos e logo peguei o sapato da Catarina e guardei na mochilinha dela que inclusive está nas costas do pai dela.
Acho incrível como pode parecer tão brabão e nas costas carregando uma mochila linda de dragões, sim é uma das coisas que Catarina mais gosta.
Pai dela tava conversando com alguns amigos dele, inclusive o pai da amiguinha da Catarina que ele diz ser um parceiro dele das antigas, eu desisti de andar atrás dela e me sentei com um pratinho com salgadinhos, só observando como a nossa família é a mais engraçada. Enquanto Xamã enche a cara perto da churrasqueira, eu me encho de salgadinhos.
Olhando de longe era impossível levar ele a sério já que o mesmo carregava o senhor coelho pra onde ele ia de baixo do braço.
As vezes Catarina passava na minha frente correndo atrás das crianças, e de verdade não parece a menina que saiu de casa comigo.
Como sempre eu estava no meu canto sozinha, pode passar o tempo que for e essas mulher vão sempre me olhar de cara feia. A única que mostrou um pouco de empatia por mim é a mãe da aniversariante que veio me trazer os salgadinhos.
Tava me incomodando já, o pai do senhor coelho enchendo a cara e me esquecendo aqui no cantinho, foi só uma olhada feia pra ele vim rapidinho.
Xamã: Na moral Nina segura o senhor coelho ai cara. -Ele fala se sentando do meu lado.
Nina: Avisei que deixasse ele dormindo, você deu ideia de trazer. -Falo enquanto afasto meu prato dele.
Xamã: Ele também precisa sair né, ver algumas coelhinhas por ai. -Ele fala e tenta pegar um salgadinho do meu prato mais eu dou um tapa na mão dele.
Nina: Vai lá ficar com os seus amigos vai. -Ele me olha e depois da risada. -Tá rindo de que em?
Xamã: Acho que eu caio nesse seu papo é? fala pra eu ir com os moleque e depois vai falar que te deixei sozinha. -Ele fala colocando o coelho no meu colo e pegando o meu prato que já estava vazio.
Festa de criança que acaba em festa de adulto isso mesmo que estava acontecendo. Catarina estava dormindo lá dentro com as outras crianças, mais eu estava doida pra ir embora já.
Laís o nome da mãe da amiguinha da Catarina que foi muito gentil e arrumou um pratinho pra eu levar pra casa.
Depois de comer muitos docinhos e bolo resolvi me levantar indo em direção ao Xamã.
Laís: A filha de vocês é uma gracinha.
Xamã: Quando a gente chegou ela até era mesmo pô, agora tá parecendo uma fera. -Ele fala e eu bato leve no braço dele, mesmo sabendo que é a verdade.
Laís: Vocês pensam em ter mais? -Ela fala e olha pra mim, quando eu ia responder ele fala primeiro.
Xamã: O bagulho e que a gente tá separado tá ligado, mais na hora que ela quiser a gente enche aquele barraco todinho de pivete. -Ele fala enquanto passa a mão no meu rosto.
Se tivesse um buraco ali eu me escondia, fiquei morrendo de vergonha.
Nina: Que vergonha, mais a parte que a gente está separados é verdade. -Falo e dou um leve beliscão no braço dele, que coloca a mão no lugar.
Chris: Falei com esse vacilão aqui pô, pra vocês sentarem e conversarem o que cada um deseja pra vida, não se comparem com outros casais e nem tentem fazer o que todos fazem se for papo de ser só um lance vai ser mais se vocês quiserem casar pode ser também, só não deixem de viver a parada de vocês. -Ele fala e olho pro Xamã que já estava olhando pra mim.
Nina: Vocês tem razão. -Falo um pouco sem graça.
Chris: Outra coisa pô, da próxima vez não trás o senhor coelho não, maluco come de mais. -Ele fala aliviando o clima nós fazendo rir.
Como estávamos no morro mesmo a gente não veio pra festa de carro, viemos a pé. Xamã carregava Catarina no colo enquanto a mesma abraçava o senhor coelho, enquanto eu carregava o meu pratinho.
Depois que ele colocou Catarina na cama ele veio pra sala e deitou junto comigo no sofá.
Como ele não perde nenhuma oportunidade ele já tava com a cara enfiada no meu pescoço, mais eu nem reclamei não.
Ele acabou cochilando quando tentei levantar ele segurou forte na minha cintura só consegui reclamar de dor.
Nina: Ei calma vida não precisa disso. -Falo fazendo carinho no rosto dele, porque eu sabia que não era pra me machucar.
Ele foi me soltando aos poucos até que eu consegui me levantar, eu juro que ia só no banheiro mais aproveitei e comi alguns salgadinhos.
Quando voltei pra sala vi ele todo torto no sofá.
Nina: Vai deitar lá encima gatinho esse sofá vai acabar com você. -Falo balançando ele que logo abre os olhos.
Xamã: Não pô, se eu for pro meu quarto você não vai comigo, bora ficar aqui mesmo. -Ele fala me puxando pra deitar no sofá de novo.
Nina: Quem disse que não? vamo lá. -Falo e me afasto indo pra escada.
Ele arrumou a cama e se encostou em mim, pedi só pra ele não me apertar porque eu não iria fugir. Me permito abraçar ele sem que a minha insegurança seja um pretexto e não me permita viver esse momento.
Tento esquecer um pouco desse medo que eu tenho de que esse orgulho ou essa indecisão nós machuque, porque eu não quero isso pra nenhum de nós dois.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Iɴᴄᴏɴᴛᴀ́ᴠᴇɪs ʀᴇᴄᴏᴍᴇᴄ̧ᴏs
FanfictionPor mais clichê que pareça é necessário fins, para que sempre haja a oportunidade de se ter incontáveis recomeços!