Já viu alguém fazer papel de otário, foi o que eu fiz tô até agora tentando entender porque ela fez isso. Garota fria me falou um não e só, nem quis ver as algema de dedo lá, sério pô coisa mais linda as alianças o bagulho foi feito pra ela, e ela faz isso.
Sai de casa mesmo não tô afim de sair da lógica fiz o bagulho pra ela e ela faz isso comigo, sei nem porque.
Sai tem uns 10 minutos também tenho nada pra fazer, passei no galpão tá tudo tranquilo dei um giro de moto no morro ninguém precisa de mim vou embora pro barraco de novo, mais quero distância vou fica longe da outra lá.
Cheguei no barraco rápidão tudo no maior silêncio já achei estranho essas duas quando não tão rindo tão brigando. Subi pro meu quarto e Catarina tava deitada vendo desenho e a outra deitada toda encolhida na cama.
Deitei do lado da Catrina e fiquei um tempo lá só no silêncio já achei estranho porque a outra não gosta quando chego da rua e deito na nossa cama mais ela não falou nada, tava ficando cada vez mais estranho isso.
A preta levantou e foi pro banheiro ficou um tempo lá pegou uma roupa no guarda roupa e entrou no banheiro de novo.
Acabei cochilando acordei com ela tentando pegar a Catarina no colo, tava com a maior cara de choro.
Xamã: Qual foi em. -Falo me sentando na cama.
Nina: Não tô conseguindo levar ela pro quarto dela, coloca ela na cama dela por favor. -Fala sem olhar pra mim, não tô entendendo pô.
Peguei a Catarina e levei ela pro quarto dela, fechei a porta e voltei pro nosso, cheguei lá ela tava sentada naquele bagulho dela prendendo o cabelo.
Xamã: Vai sair? -Falo parando atrás dela enquanto olho pra ela pelo espelho.
Nina: Vou andar um pouquinho Xamã.-Fala se levantando mais em momento algum ela olha pra mim.
Xamã: Tá me chamando assim porque? Por causa do bagulho de mais cedo né, desculpa pô.-Eu falo e tento segurar o braço dela mais ela se afasta e sai do quarto.
Ela tava na cozinha tomando café, parei na frente dela de braços cruzados.
Xamã: Te deixo ir pô mais não assim, com você com essa cara de choro, sem conversar e sem me falar pra onde vai.-Falo e paro na frente dela sem ela consegui passar ficando na minha frente.
Nina: Por favor sai da minha frente. -Ela praticamente me empurra e sai andando.
Fiquei sem reação pô nunca vi ela assim, saiu sem nada só com o celular, claro que o moleque daqui da porta da frente saiu atrás dela nunca que eu ia deixar ela andando sozinha por aí, só não vou atrás porque sei que é pior.
Quase 20hrs da noite e nada dela pô, já deixei esses moleque doido atrás, o que tava atrás dela perdeu a garota de vista já dei logo um esculacho porra de moleque burro.
Tô sozinho, Filé e Te viajaram sem data pra voltar, foram resolver um b.o grande aqui do morro.
Posso nem deixar Catarina com ninguém, a neguinha não atende o celular de jeito nenhum, peguei minha princesa e coloquei uma roupa de frio nela e sai atrás da minha preta.
Não aguento mais fica parado pô sai andando esses beco tudo atrás dela, os moleque que me acompanharam tavam se revesando pra segurar Catrina, a garota apagou e eu já tava suando.
Sei nem quanto tempo tem que a gente tá andando tô maluco pô com a mente cheia de paranóia já pensei até que ela foi embora só com a roupa do corpo, pensei no que eu fiz hoje de manhã já bateu o maior arrependimento, meu morro e eu não consigo achar minha mulher já dei o maior esporro em geral mais a real é que a culpa é minha.
Não adianta fugir a mente castiga papo reto, e se ela tiver com fome ou com frio consigo nem pensar que alguém possa ter feito alguma parada com ela.
Catarina tá quase acordando e sei que a primeira coisa que ela vai fazer é chamar pela mãe e eu não sei nem o que eu vou falar, já não sei onde procurar mais, fiz esse morro virar de cabeça pra baixo e nada dela.
Andei mais um pouco e quando virei a esquina da lanchonete eu não consegui sair do lugar congelei, mesmo de costas eu sabia quem era, atravessei até ela cego pô.
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