Pensa numa pessoa que usa do seu ponto fraco a favor dele, era o que o Xamã fazia sempre que tinha alguma oportunidade.
Me prendeu na parede e veio logo falar no meu ouvido fui salva graças a Catarina que desceu as escadas pisando duro, ele como é muito esperto foi embora logo, só pra não conversar com a fera essa missão ficou pra mim. Vinícius e Maya depois de me deixarem maluca foram dormi.
Nina: O que aconteceu pra você tá assim garota? -Falo servindo café pra mim.
Catarina: Só porque eu não vi o meu tio na porta da escola hoje, ele tá de bico pra mim disse que eu ignorei ele. -Ela fala e pega a minha xícara bebendo o meu café, parece alguém que eu conheço.
Nina: Não me envolvo em briga de você dois porque daqui a pouco tão juntinhos falando mal de metade do morro. -Falo e dou um tapinha na mão dela pegando minha xícara de volta.
Como tinha sido uma semana pesada pra mim, hoje era sexta resolvi não voltar pra loja vou ficar em casa mesmo.
Tava sentada na sala quando vejo uma pessoinha descendo as escadas com os olhos inchados de tanto dormi, abro os braços pra ele que vem todo manhoso.
Vinícius: Mãe é impossível dormi no mesmo quarto que a Maya, ela ronca pior do que eu papai. -Ele fala me fazendo dá risada.
Nina: É porque você não se houve dormindo garoto, parece uma máquina. -Falo e depois faço cócegas na barriga dele.
Vinícius: Qual foi mãe para com isso, o que tem pra fazer de bom em? -Ele fala deitando no meu colo e olhando pra mim.
Nina: Tenho uma coisa muito útil pra você fazer, ir lá fora juntar um pouco daqueles brinquedos. -Falo e ele logo me olha com a maior cara de tristeza.
Vinícius: Melhor não mãe, vamo ficar aqui quietinhos vou até colocar um desenho. -Ele fala e da um pulo do meu colo indo atrás do controle.
Dou risada e vou lá encima atrás da minha princesa.
Nina: Porque não desceu? Vinícius disse que você tava dormindo. -Falo entrando no quarto e Maya tá sentada na cama toda descabelada.
Maya: Tava sonhando que eu era um passarinho dinda, acordei desesperada caindo no chão. -Ela fala e depois ri dela mesma.
Nina: Pensa pelo lado positivo, você acordou. -Falo e aperto as bochechas dela.
Maya: Se esse é o lado positivo eu não quero nem pensar no negativo, agora vamos descer porque eu tô com fome. -Ela fala e sai correndo.
Não entendendo qual é a dificuldade deles de andarem, sempre estão correndo ou pulando.
Montei uma mesa de café da tarde às vezes eu gosto de inventar, Xamã e Filé chegaram bem na hora parecem que sentem o cheiro só pode.
Maya: Pai posso dormi aqui? -Ela fala com a pai dela que tá com a cara no celular, não perde essa mania.
Filé: Tô pensando em ficar por aqui também, mais ai você pede sua dinda. -Ele fala e olha pra mim mandando beijo.
Nina: Como se adiantasse eu fala que não né, não sei porque vocês não se mudam logo pra cá. -Falo e depois logo me arrependo olhando com uma cara de assustada pra eles que caem na risada
Xamã: Qual foi Filé sem postura nenhuma mandando beijo pra mulher comprometida. -Ele fala dando um tapinha de leve nele.
Catarina: Que eu saiba a mãe tá on, né dona Nina. -Ela fala olhando pra mim.
Nina: Nunca fiquei off. -Falo e dou uma mordida no pão, quase me engasgo quando olho pra cara do Xamã.
Vinícius: Conversa tá boa o papo tá saudável mais alguém me passa mais um pão ai por favor. -Ele fala fazendo todo mundo rir.
Menos o outro que continua olhando de cara feia pra mim porém foi só até ele se levantar e sai bolado.
Catarina: Acho que alguém não gostou da brincadeira. -Ela fala e depois olha pro pai que tava lá fora fumando.
Nina: Não briguem por causa da comida e não quebrem nada, eu já volto. -Falo olhando nos olhos de cada um deles e depois vou atrás do vacilão.
Xamã: Veio fazer o que aqui em? -Ele fala virando pra mim de braços cruzados.
Nina: Não entendi o porquê desse estresse todo, você sempre entra nas brincadeiras. -Falo e coloco a mão na cintura.
Xamã: Hoje não gostei pô, tem hora que parece real os bagulho que você fala. -Ele fala e chega perto de mim.
Nina: Você me conhece e sabe quando eu estou falando sério, sabe entender quando eu entro na brincadeira deles.
Xamã: Eu sei pô, mais seila tem hora que sinto uma parada estranha. -Ele fala colocando as mãos no bolso.
Nina: Vem cá me dá um abraço e para de drama, porque meu café tá esfriando. -Ele se aproxima e me puxa, ficamos abraços por um bom tempo até o celular dele vibrar.
Xamã: Tenho um bagulho pra resolver mais tarde eu colo aqui. -Ele fala e beija minha testa e depois se afasta.
Volto pra mesa e fico indignada por ver eles brigando pra ver quem vai comer a última fatia do bolo.
Como eu amo todos e não quero os ver brigando eu pego a última fatia e saio correndo.
A eu também queria ela, agi de uma forma nada madura porém evitei uma guerra por causa de um bolo.
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Perguntinha, gostariam de ver alguém em específico narrando?
