Nina Liss 19 anos, me formei recentemente antes de sair da Bahia para vim pra São Paulo.
Morando hoje no morro, pra ser mais exata na rua 10.
Vim para um lugar onde não conheço ninguém não tenho nenhum outro familiar além da minha Mãe que é pra quem eu dedico todo o meu tempo. Depois de descobrir uma doença e perder completamente as forças me vejo hoje cuidando mais dela do que de mim.
Faço isso com todo amor que tenho sempre foi só nós duas mamãe não tem nenhum familiar e eu desconheço o meu pai o mesmo que a abandonou quando eu nasci.
Falar que é fácil vou estar mentindo tem dias que não sinto forças, mais lembro que ela precisa de mim e de qualquer fio de esperança que mora em mim.
Não vou falar que viemos sem nada pra cá porque consegui vender nossa casinha na Bahia. Tendo em mãos um dinheiro pra cuidar da minha mãe e pagar nosso aluguel, Porém esse dinheiro não vai durar pra sempre e sem medo de ouvir nãos vou hoje mesmo atrás de um emprego como não me sinto segura em deixa lá sozinha muito tempo optei procurar um emprego no morro mesmo, para não ficar tão longe.
Quando chegamos no morro um dos meninos que nos levou até a casa disse que o aluguel tinha que ser entregue a tarde. Ele me falou onde era pra ir.
Subindo o morro vejo algumas crianças na rua, senhoras varrendo suas calçadas, no mesmo lugar vejo homens e mulheres armados que se misturam no meio dos moradores, Como pode ser algo tão sombrio e tão colorido ao mesmo tempo.
Chego na espécie de um galpão onde tem algumas mulheres e homens armados. Porém nada fechado vejo moradores entrando lá dentro normalmente.
Nina: Senhora me disseram que é aqui que encontro quem irá receber o dinheiro do aluguel, pode me mostrar quem é? - Pergunto a uma mulher que está parada na porta.
Te: Moradora nova né, - Respondo que sim. Me chama de Te e me acompanha que eu vou te levar até ele. - Ela se vira me mostrando onde é o caminho.
Caminhamos até uma sala onde a porta estava entre aberta me dando a visão de um homem sentado com uma criança no colo.
Te: Moradora nova veio pagar o aluguel. - Ela fala e da as costa saindo da sala.
Nina: Não sei o nome do senhor, mais aqui tá o dinheiro. - Digo colocando o dinheiro na mesa. Ele continua calado sem falar uma palavra.
Nina: Senhor o dinheiro está aqui poderia contar pra eu ir embora. - Falo um pouquinho mais alto e assim ele olha pra mim mais se vira colocando a criança num sofá que tem ali.
xXx: Não posso falar enquanto estou fazendo ela dormi não pô.
Quando escutei essa voz senti até meu corpo arrepiar, lugar frio.
Nina: A senhor me desculpa viu. - Falo sem graça depois da vergonha que fiquei.
xXx: E qual é o nome do dona mesmo? - Ele se senta na cadeira.
Nina: É Nina e o seu como é. Minha resposta foi o silêncio já que o mesmo me ignora.
xXx: Dinheiro tá certo pô qualquer assunto do morro é comigo que a dona trata, pode ir e seja bem vinda. - Ele levanta e caminha até a porta.
Tranquilo não quer falar o nome não me importo só de consegui entregar esse dinheiro pra mim tá ótimo.
Nina: Obrigada. - Antes de me virar pra sair o mesmo estica a mão em minha direção.
Xamã: Satisfação Nina, pode me chamar de Xamã. - Ele da um sorriso e olha sinceramente que sorriso viu. Deve ter iluminado aquela sala.
Nina: Então Xamã não é querendo abusar da sua boa vontade mais se souber de algum emprego me fala por favor. - Falo enquanto ele parece analisar cada traço do meu rosto, que homem estranho.
Xamã: Tô precisando de alguém pra um trampo mesmo, passo no seu barraco qualquer coisa. - Ele fala como se fosse a coisa mais fácil arrumar um emprego pra alguém.
Nina: Certeza que vou aceitar. - Dou um sorriso pra ele mais minha vontade é de pular de alegria.
Xamã: Depois a gente vê isso ai senhorita Nina. - Ele fala em um tom debochado dando um sorrisinho de lado.
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