Xamã ☀️
Resolvi tirar férias daquele galpão e dos b.o desse morro que só sabem me tirar da lógica, deixei só moleque da minha confiança e minha única função agora é gastar gasolina andando de moto.
Esse é alguns dos privilégios por ser o dono tá ligado, posso ficar tranquilo no barraco com as feras.
Falando em fera, ser pai é uma parada que eu me amarro de mais pô, tem dia que tô cheio de paranóia na mente e em cinco minutos com a Catarina ela me trás a paz que eu não encontrei em um dia inteiro.
Meu sonho agora é ter um moleque pô, pra ser mais que meu filho ser meu amigo sinto a maior parada doida quando penso nisso.
Porém eu e a mãe dele tamo separados ainda. Mais não demora muito pra essa situação se resolver, vou dá um jeito nisso em breve pô.
Tirei o dia pra ficar com a minha princesa, até convite pra um café da tarde eu recebi. Na mesa tinha eu, o senhor coelho e umas boneca estranha dela.
Me foi servido um cardapio de qualidade, onde na minha xícara não tinha nada. Quando eu questionei a mini patroa a única coisa que ela fez foi sussurrar no meu ouvido que era de mentira, papo que se ela não me avisa eu nem ia perceber.
No prato tinha cenoura, na hora eu me liguei que quem ela queria agradar era o senhor coelho, mais eu relevei né a garota abriu o estabelecimento agora ela tá só começando.
Depois disso tive uma aula de desenho, ela desenhando uns bagulho estranho e me perguntando o que era, mais logo se estressou porque eu não tava adivinhando o que era os rabisco.
Saiu pisando duro e me deixou falando sozinho aprendeu direitinho com a mãe.
Falando nessa ai, ficou fora o dia todo disse que tava ajudando a Te a resolver umas parada do churrasco de noivado da Te e do Filé. Situação que eu não tô nem acreditando, nunca imaginei que o bagulho desses dois era sério mesmo.
Como eu sabia que ela ia chegar cansada dei um grau na casa todinha, única coisa que tava pedindo socorro era a Catarina que tava com o cabelo todo pro alto correndo lá fora no barro.
Quero nem ver quando a fera chegar.
Fiz almoço só pra mim e pra pequena mesmo, um macarrão porque era um bagulho rápido.
Depois de almoçar rapidinho a bateria dela foi só descarregando. Já tava quase colocando ela no banho quando escutei a mãe dela chegar.
Nina: Filha tá fazendo tratamento na pele com o barro la de fora é? -Ela fala assim que ver Catarina. -E o seu pai cadê aquele vacilão?
Xamã: Obrigado pela parte que me toca patroa. -Eu falei e fui em direção a ela.
Nina: Depois acerto com você o pagamento tá, adorei a faxina. -Ela sai da minha frente dando risada levando a Catarina pro banheiro.
Toda abusada ela né, não sei como eu permito um bagulho desse.
Quando eu vi que lá encima tava sem barulho eu subi já sabendo que a mini patroa tava dormindo, fui no quarto da mãe dela e quase sai correndo quando vi ela jogando as roupa tudo no chão.
Dês de quando conheci ela que vejo ela fazendo isso pra se arrumar.
Nina: Me ajuda a escolher uma roupa, já que tá ai.
Xamã: Não sendo da Catarina tá tudo certo. -Ela da risada e tenta me acertar o travesseiro.
Nina: Acho que vou de vestido, ou eu vou de calça? -Ela fala parada enfrente as roupas no chão com a mão na cintura.
Eu resolvi ignorar porque sei que se eu escolher uma ela vai escolher a outra, sei nem pra que pedir ajuda.
Ficamos ali por um bom tempo, até ela decidir que iria com a primeira roupa que ela separou, garota estranha papo reto.
Antes dela falar mais alguma eu sai correndo de lá e fui pro meu quarto, quando ela veio atrás de mim com as mãos cheias de sapatos fingi logo que tava dormindo pra não arrumar dor de cabeça.
Fingi tão bem que acabei dormindo de verdade, acordei com a Catarina pulando encima de mim falando que a gente ia se atrasar.
Ela tava uma princesa pô a mãe dela que deixa ela arrumadinha assim, nem parece a fera de mais cedo.
Tomei um banho e me arrumei, tá ligado que não precisa de muita coisa né, o pai fica bonito de qualquer jeito.
Fui até o quarto da patroa e ela tava pronta toda linda com uma roupa parecida com a da Catarina. Fiquei marolando olhando pra ela até Catarina entrar me empurrando.
A gente foi logo pro lugar, que era pra casa do Filé. Cheguei lá já de olho em tudo mais não tinha nenhum estranho não, era só a galera do morro mesmo.
Nina: Promete pra mamãe que você vai voltar pelo menos com o cabelo arrumado minha filha? -Ela fala com a Catarina entrando na casa.
Catarina: Como você diz sempre pro papai, eu não prometo nada. -Ela fala e sai correndo indo atrás das outras feras perdidas no quintal.
Nina: Será que dessa vez ela volta pelo menos com o sapato Xamã? -Ela pergunta pra mim com a maior cara de tristeza.
Nina tá falando isso porque a gente foi numa festa com a Catarina que ela só não perdeu a roupa do corpo, mais a garota botou o terror voltou pra casa toda suja com os cabelo pro alto e foi só em casa que a gente deu falta do sapato dela.
Xamã: Sendo bem sincero com você eu acho que não. -Falo e dou risada quando ela fingi um choro, passo meu braço envolta do pescoço dela e a gente entra.
Como eu chego nos lugar já procurando uma cadeira achei um lugar estratégico. Que é perto da comida, de olho nos pivete brincando com a Catarina e de olho na mãe dela que tava do outro lado batendo papo com a Te.
Depois da Nina me fazer procurar o sapato da Catarina que mais uma vez tinha evaporado agradeci quando Catarina pediu pra dormi.
Agora minha atenção é toda na patroa, já olhei feião prós moleque que tavam tudo olhando pra ela, acho que eles entenderam o recado, foram saindo tudo circulando.
Encostei na parede e fiquei parado olhando pra ela, que tá dançando olhando pra mim, na minha frente.
Mesmo sabendo que me castiga ela não para pô.
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Iɴᴄᴏɴᴛᴀ́ᴠᴇɪs ʀᴇᴄᴏᴍᴇᴄ̧ᴏs
Fiksi PenggemarPor mais clichê que pareça é necessário fins, para que sempre haja a oportunidade de se ter incontáveis recomeços!