CAPÍTULO 30

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Nailea

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Nailea

Eu saio do táxi chorando horrores. Eu tentei me controlar, mas assim que eu passei pelas portas daquele ginásio, não aguentei. Lagrimas começaram a cair, soluços tomaram conta do meu corpo, e eu pedi um táxi.

Meus pais, como sempre, não estavam em casa, e eu achava melhor assim. Não queria lidar com os eu te avisei que eles me dariam. Dou o endereço ao taxista, e os momentos dessa pequena noite repassavam pela minha cabeça. No início estava divertido. Eu e Riley estávamos nos divertindo... Mas aí Vinnie chegou e estragou tudo. Eu não podia acreditar no que aconteceu. O pior? Eu sabia que era isso. Não podia fazer mais o que quer que estávamos fazendo. Nao podia mais ficar procurando cantos pela escola para podermos dar uma rapidinha, por melhor que seja.

E por saber disso, saio do táxi acabada. Eu passava a mão pelos olhos, e elas voltavam pretas por conta do rímel. A prova d'água é o caralho.

Entro em casa, jogando os sapatos de qualquer maneira pela sala, e já descendo o zíper do vestido
Vou em direção ao meu quarto, e assim que o vestido está fora do meu corpo, já começo a desfazer o penteado.

Vou para o banheiro, e desfaço rapidamente a maquiagem. Assim que estou apenas de calcinha e de sutiã, sem nada mais, mando apenas uma mensagem para Riley falando que estou em casa e me jogo na cama.

As lágrimas não param de cair, silenciosas. Eu nunca fui assim. Na verdade, eu achava que mulheres que choravam por homens eram fracas , e não podiam viver sozinhas... E agora, aqui estou. Uma dessas mulheres.

Fico assim, encolhida em posição fetal, sem dormir, chorando Silenciosamente. Eu apenas fico tensa quando escuto o barulho da janela abrindo e fechando.

"Baixinha?" Relaxo, suspirando em alívio, mas sem me virar para encará-lo. Não sei se podia encará-lo nos olhos e ainda fazer . o que eu tinha que fazer. Eu sinto ele se deitar ao meu lado, e fecho meus olhos. "Eu sei que você está acordada. Posso ver pela sua respiração irregular." Ele diz, e eu sinto vontade de soltar uma risadinha. Claro que ele sabia. "Achei que seus pais poderiam estar em casa, então entrei pela janela." Seu corpo se aproxima do meu, o que apenas faz as lágrimas caírem mais rápidas. Ele me envolve em seus braços, transformando nossa posição em uma conchinha. Não ouso abrir os olhos. "Nailea, eu..."

Sem o deixar continuar, me viro, pegando seus lábios em um beijo. Minhas lagrimas se misturaram, deixando um gosto salgado. Mas eu ignoro, e me foco em beijá-lo. Porque essa seria a última vez. A última vez que eu o beijava, que eu ficava em seus braços. A última.

Eu monto nele, acariciando o cabelo na sua nuca com os dedos. "Nailea..." Ele sussurrava entre beijos, mas eu apenas continuava o beijando.

"Deixa eu aproveitar, Vinnie. Por favor, eu preciso lembrar disso." Murmuro, sem parar de beijá-lo, e sinto ele franzir o cenho, e se afastar apenas um pouco.

"Como assim, lembrar?" Ele me pergunta, e eu ainda não abro os olhos. Não posso. "Nai, olha para mim." Ele diz, pegando meu rosto entre suas mãos. As lágrimas continuam a escorrer, e eu me pergunto como alguém pode chorar tanto. "Por favor..." Eu hesito. Ele nunca diz por favor. Eu deixo minhas pálpebras se abrirem lentamente, apenas para encontrar sua expressão preocupada.

Eu me levanto, me afastando dele. Deus, isso não iria funcionar. Passo a mãos pelo meu cabelo, e mordo o lábio em frustração.

"Eu não posso fazer isso, Vinnie." Digo, e ele parece confuso. Minha mente não deixa o fato dele estar sentado na minha cama, vestido, e eu estar em pé, semi nua. "Não posso. Achei que podia, mas eu sou uma garota de namorar, Vinnie." Ele franze o cenho.

"Mas você me disse..." Eu o interrompo, bufando.

"Eu sei o que eu disse, Vinnie, mas não posso mais. Desculpa." Falo, e enterro meu rosto em minhas mãos. Ficamos assim, em silêncio, e eu tinha certeza que ele estava processando minhas palavras. Pensar em não ter mais ele aqui, era difícil, mas não tê-lo por completo, estando tão perto e tão longe ao mesmo tempo... Era impossível.

"Tá bem. Eu vou fazer." Ele diz, com uma voz determinada, e eu levanto minha cabeça o encarando confusa. Ele se levantar da cama e caminha até mim. "Eu vou ser seu namorado." Eu pisco diversas vezes. Escutei errado, certo? Não podia ter escutado isso.

"Você não pode ser meu namorado. Você disse isso." Eu digo, e ele se aproxima de mim, pegando minha cabeça entre suas mãos, afastando uma mecha de cabelo de meu rosto.

"Eu tenho muitos problemas, baixinha.Meus pais morreram, minha irmã morreu, o cara que eu considero meu segundo pai está prestes a morrer..." Eu pisco, mas ele continua "Não estou dizendo isso para você ficar com pena de mim, ou algo assim. Mas você tem que entender, que eu sou problemático. Não queria isso para você... Mas eu sou egoísta demais." Eu pisco algumas vezes, enquanto seu polegar fazia carinho na minha bochecha.

"Mas..." Começo, mas ele me interrompe.

"Olha, eu quero continuar isso, Vinnie. E sei que você quer também. Dá uma chance." Eu o encaro, procurando por algum sinal de que ele estava brincando comigo e que aquilo tudo era uma grande pegadinha.

Mas eu não encontrei. Em seu olhar havia apenas carinho... É algo mais profundo, que eu não consegui entender. Aceno com a cabeça.

"Tudo bem. Vamos tentar." Eu falo, e ele sorri.

Nós encaramos por algum segundos, e lentamente, juntamos nossos lábios em um beijo. Mas esse era diferente. Não era necessitado, ou apressado e exigente. Era carinhoso, calmo e cheio de sentimento. E era tão bom quanto. Quando nos afastamos, Vinnie preciona nossas testas juntas.

"Posso ficar com você hoje a noite?" Eu lhe envio um sorrisinho torto. Vinnie Hacker não pedia. Mas ele apenas solta uma risadinha. "Não para isso, baixinha. Não vamos fazer nada. Eu quero apenas te segurar." E isso era provavelmente a coisa mais linda que ele já me disse. Ele não queria transar, ele queria me segurar. Eu sorrio.

Deitamos na cama, seu braço ao redor de mim, e minha cabeça em seu peito, escutando seus batimentos cardíacos.

"Boa noite, baixinha." Ele sussurra contra minha cabeça, preciona do um beijo no topo da minha cabeça.Eu sorrio, e tenho a melhor noite de sono da minha vida.

Eu sorrio, e tenho a melhor noite de sono da minha vida

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001.namoradinhos que namoram

XOXO 𝙎𝙖𝙗𝙧𝙞𝙣𝙖

𝗔𝗹𝗽𝗵𝗮-𝗱𝗲𝗮𝘁𝗵 𝗼𝗳 𝗔𝗻𝗴𝗲𝗹𝘀 | vinnie adaptation  Onde histórias criam vida. Descubra agora