CAPÍTULO 47

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Nailea

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Nailea

Eu não sentia... Nada. Eu me sentia completamente vazia enquanto dirigia para a casa de Riley. Eu sentia como se eu não tivesse mais nada. Meus pais me expulsaram, Vinnie estava mentindo para mim, me julgando durante todo esse tempo... E eu não sei o que fazer.

Eu apenas descarrego tudo enquanto me dirijo para a casa de Riley. Deixo todas as lágrimas caírem, tudo. Eu deveria saber que isso iria acontecer. Eu deveria saber que Vinnie iria me quebrar. E acredito que parte de mim sabia, e eu não ligava. Me senti tão bem durante o mês em que namoramos que eu apenas não liguei. E o pior de tudo? O pior de tudo é que eu sei que faria tudo de novo. Eu amo Vinnie demais para não fazer.

Paro no início da rua de Riley e vou caminhando até a sua casa, como ela me instruiu a fazer uma vez. Eu teria que arranjar um lugar para ficar, e Riley poderia ser uma grande ajuda.

Bato na janela que sei que é a de seu quarto, e as lágrimas caem mais fortes quando eu lembro que Vinnie costumava fazer isso comigo. Meu coração aperta, partindo-se em dois.

Quando Riley abre a janela, e vê meu estado, ela não faz perguntas, e eu a amo por isso. Ela apenas me ajuda a entrar e me abraça enquanto eu descarrego tudo.

Deitamos em sua cama e ela apenas me abraça, como eu fiz com ela uma vez. Agradeço mentalmente por ela não fazer pergunta assim. Sabia que eu falaria em algum momento.

Mas esse era simplesmente o ponto. Eu não poderia falar. Apesar de me sentir traída e com raiva, eu amo Vinnie. E sei que contar a Riley sober a gangue pode apenas piorar tudo para ele, então não falo. Não posso falar.

Choro ainda mais por isso. Os soluços estão saindo descontroladamente, e Riley apenas me aperta mais forte por conta disso. Eu a aperto enquanto todas as memórias com Vinnie passam diante de meus olhos.Ele fazendo com que eu vá para detenção, nós nos tornando 'amigos' mesmo os dois sabendo que nunca seria apenas isso, a festa, quando o busquei bêbado em um bar... Vinnie dando meu DVD de Mean Girls para o vendedor de pizza, nosso primeiro beijo, a primeira vez em que me levou para o lago... Sua risada. Aquela risada que podia fazer com que eu fizesse tudo o que queria. Aqueles malditos olhos castanhos, que podiam deixar uma garota maluca em segundos.

Eu o amava. Parte de mim odiava isso, mas a outra parte queria apenas se agarrar a isso, jogar tudo para o ar e voltar para ele. Mas eu sei que não posso. Não posso perdoá-lo, e odeio isso. Apenas não posso. Ele deveria me conhecer, mas não o fez. A única pessoa para quem eu nunca fingi ser alguém que não era, ou sorrir quando estava triste... E ele ainda não acreditou em mim. Em nós.

"Quer falar sobre?" Riley murmura em meu ouvido, e eu tento respirar fundo para conseguir responder.

"Apenas acabou, ri. Acabou tudo." Soltar as palavras em voz alta fez tudo ainda mais real, e isso foi como um tapa na cara. "Meus pais me expulsaram de casa também." Eu digo.

"O que? Tá brincando?" Riley me pergunta, e eu percebo o que está fazendo. Ela quer focar no negócio de sair de casa, porque sabe que acabar com Vinnie dói muito mais. Muito mais. E eu a amo por isso.

"É... Nós entramos em uma briga enorme, e eu ia sair para ter um pouco de espaço quando meu pai gritou que se eu saísse não precisava me preocupar em voltar." Eu não menciono o motivo da briga, porém.

"E você saiu?" Riley me pergunta, e eu aceno com a cabeça. A parte de trás da minha cabeça estava deitada em sua barriga e seu braço me abraçava por trás. "Pode ficar por aqui o tempo que quiser, amiga. Meus pais podem ser uns otários, mas não vão ligar." Ela diz e eu solto uma risada meio feia.

"Obrigada, Riley. Acho que vou ficar um pouquinho." Nós ficamos assim, em silêncio, por alguns minutos até que eu adormeci.

Sonhei com um par de olhos castanhos , olhos castanhos que nunca seriam meus.

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Vinnie

Eu não sei por quanto tempo fiquei parado no mesmo lugar. Minha mente estava apenas processando tudo que aconteceu. Ela se foi. Minha baixinha se foi. E eu sabia que não importa o que faria, ela não iria me perdoar. Eu fodi tudo, como sempre. Eu deveria saber. A tatuagem do eu te amo estava aí por um motivo. Eu destruía quem me amava, e foi exatamente o que fiz... De novo.

Apenas me movo quando Kio aparece na minha frente. Eu sabia que ninguém da gangue estaria aqui até amanhã, mas Kio era meu beta, meu irmão.

"Ela se foi, cara. De verdade." Eu digo, e as minhas próprias palavras são como uma apunhalada.

Quando Kio me abraça, eu posso ver em seus olhos. Ele não está surpreso. Quando Gina se foi, acho que ele acreditou que todas as mulheres eram assim... Mas Nailea não era. Nunca foi. E eu descobri isso tarde demais.

"Quer?" Ele me pergunta, estendendo uma grande garrafa de Jack Daniels. Ah, que se foda.

Pego a garrafa de sua mão e tomo diversos goles. Eu apenas quero esquecer. Quero esquecer a noite de hoje. Quero esquecer Nailea Devora.

*Não você não quer. Você a ama, e faria tudo de novo.*

Bebo mais ainda para acalmar a maldita voz na minha cabeça. A voz não era minha. Era do meu pai. Maldito cara esperto do caralho.

E era verdade. Eu nunca iria trocar o que tivemos. Nailea me destruiu, é verdade. Mas antes disso, ela também me consertou. Eu estava quebrado muito antes dela chegar, e ela me consertou. Apenas para me quebrar em pedacinhos tudo de novo.

Mas apesar disso, eu a amava. Eu a amava com todas as minhas forças. E ela não iria voltar. Tomo mais um gole.

Eu a quero de volta... Eu quero minha baixinha. A baixinha que eu sei que nunca mais séria minha

 A baixinha que eu sei que nunca mais séria minha

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XOXO 𝙎𝙖𝙗𝙧𝙞𝙣𝙖

𝗔𝗹𝗽𝗵𝗮-𝗱𝗲𝗮𝘁𝗵 𝗼𝗳 𝗔𝗻𝗴𝗲𝗹𝘀 | vinnie adaptation  Onde histórias criam vida. Descubra agora