─ ❝Eu vivi a minha vida inteira seguindo um único lema: A gangue na frente. Sempre.
Mas isso foi quando eu não conhecia Nailea Devora
A Baixinha com aqueles maravilhosos olhos castanhos e um corpo que faria todo homem rastejar. Foi idiota achar que...
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Nailea
"Ele te chamou para sair?" Riley me pergunta, pelo que deve ser a terceira vez. Ele havia me chamado ontem, mas Riley não veio para a escola, então contei apenas agora. "E você vai?" Eu rolo os olhos.
"Por que não iria? Ele é gato, e super fofo. Quando me ligou ontem à noite, combinamos de ir no cinema sábado." Ela me encara por alguns segundos antes de responder.
"Talvez porque você gosta de Vinnie?" Ela fala, e eu engasgo com a água que havia acabado de tomar.
"Eu não gosto dele... ele só é absurdamente gato." Falo, no mesmo instante em que os meninos se aproximam e sentam ao nosso lado.
"Fico feliz que vocês falem de mim mesmo quando não estou aqui." Kio fala, roubando uma batata de Riley. Ele sorri para ela. "Olá fadinha." Eu achei que minha amiga coraria, mas ela apenas revira os olhos, o que me surpreendeu.
"Vocês são sempre tão cheios de si?" Pergunto, ao mesmo tempo em que sinto uma mão na minha perna. Não se mova. É isso que ele quer. Falo parar mim mesma. Se eu recuar, provo que seu toque está enviando ondas por todo meu corpo. Apesar de ser verdade, nunca vou admitir.
"Somos lindos, admita... tudo bem, menos o Vinnie." Chase me responde com uma piscadinha. A mão de Vinnie arrasta para cima e para baixo na minha coxa, e eu não sei se quero que ele pare ou não.
"Vai se foder, Hudson." Vinnie rebate, e o amigo solta uma risadinha. Kio continua roubando batatas de Riley, enquanto ela lhe envia olhares fulminantes.
"Não estávamos falando de vocês, de qualquer maneira." Riley começa, e eu tento manda-lá calar a boca com o olhar mas ela não percebe. "Estávamos falando sobre como Zack Milton chamou a Nai para sair." Merda.
A mão de Vinnie para imediatamente de se mexer, e um silêncio toma conta da mesa. Riley parece ter percebido o que fez, mas sinceramente, não sei porque é algo tão importante. Vou sair com um cara, o que tem de tão errado nisso? Eu respondo. Nada.
"Você vai?" Vinnie me pergunta, sua mão não estava mais apoiar em minha perna e sua voz era ríspida. Ele não podia... ele não está com ciúmes, está?
"Vou." Respondo simplesmente, e fúria toma conta de seu olhar. Ele se levanta e olha para Kio e Chase.
"Ego habere chat cum hoc stercore. Veni mecum?" Os meninos balançam a cabeça em concordância, e sem falar nada, saem do refeitório.
Olho para Riley, que apenas da de ombros. Isso apenas vai ficando mais estranho. ___________________________
Vinnie
Eu estava puto. Zack Milton. O filho da puta do quarterback do time da escola. Bem, eu não me importava com quem ele era. Se não me escutasse, eu juro por Deus que vai ter o mesmo destino que Oliver. Ou pior.
Eu nunca tinha experimentado um nível tão grande de raiva. Quando Nailea falou aquela pequena palavra, vou, cada pedaço do meu corpo me falava para parar aquilo. E quem sou eu para negar isso? Então, eu apenas falei para Kio e Chase que daria uma palavrinha com o merdinha, e perguntei se iam comigo, já sabendo a resposta.
E é por isso, que eu estou caminhando em direção a o estacionamento. Encontro Zack e um bando de jogadores e líderes de torcida perto de uma BMW. Para falar a verdade, eu já comi todas aquelas líderes de torcida.
Sem dar a ninguém a chance de me interromper, pego Zack pelo colarinho, e o puxo para os fundos da escola. Ele me olhava confuso, mas me seguiu. Eu costumava gostar de Zack, ele era um cara legal. Até chamar minha garota para sair.
Pressiono ele contra a parede da escola, de modos que meu braço fique apertando seu pescoço. Kio e Chase haviam dado um jeito de ninguém nos seguir, e agora estavam atras de mim.
"Vinnie.." ele começa a falar, mas eu o interrompo. O medo que vejo em seus olhos me agradam. Ele precisa ter medo para isso funcionar, e na verdade, todos têm.
"Você não vai sair com Nailea Devora, entendeu? Ela é minha, e eu não gosto que mexam com o que é meu." Falo, nossos rostos em uma distância mínima, para ele ver em meus olhos que estou falando mais que sério. "Entendeu?" Ele concorda com a cabeça, e eu o solto. "Bom"
Antes que ele saia, dou um soco bem no meio de seu rosto. Não vou deixá-lo sair dali sem uma pequena prova do que irá acontecer da próxima vez. Aperto seu rosto com uma mão, aproximando do meu.
"Isso é para não mexer com o que é meu." Falo, e viro de costas, deixando-o ali.
Posso ouvir Kio e Chase me seguindo, mas não viro de costas. Estou puto demais para falar com alguém agora. O fato de Nailea mexer tanto comigo me irrita mais ainda.
Se ela acha que não vou afeta-lá tanto quanto me afeta, Nailea Devora vai ter um inferno de uma surpresa.
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Nailea
"O que aconteceu hoje no almoço? Totalmente estanho." Riley fala do outro lado da cortina enquanto eu me trocava no meu closet. Tinha arrastado riley para minha casa depois da aula, para me ajudar a decidir com qual roupa vou no sábado.
Riley tinha dito que me daria uma carona para lá, já que minha mãe estaria usando o carro. Eu estava experimentando o terceiro vestido agora. Era um azul marinho, com um belo decote na frente e atras. Ia até o meio das minhas coxas.
"Nem me fale. Ainda não entendo porque Vinnie fala latim com Kio e Chase." Falo enquanto fecho o zíper do vestido.
Vou para o quarto, apenas para encontrar Riley feitas na minha cama. Ela levanta o olhar para mim e sorri.
"Garota, se eu curtisse mulheres, totalmente te pegava." Ela fala, e eu rio alto. Eu sinto como se Riley escondesse uma parte de si, a parte brincalhona e rebelde. Talvez seja por causa de seus pais, não sei. Mas estou vendo cada vez mais dessa parte, e para falar a verdade, eu gosto.
"Sabe, algumas pessoas falam que eles fazem parte de uma gangue." Ela me diz quando eu volto para o closet. Rio alto.
"Sério? Quero dizer, eles têm esse ar bad boy e tudo mais, mas eu não imagino Chase matando alguém." Ouço ela rir quando termino de botar a minha roupa e volto para o quarto. Me jogo na cama ao seu lado.
"Pode ser. Mas tem uma gangue na cidade." Ela fala, e eu olho em seu rosto. Ela me encara como se tivesse falado demais. "Não fale para ninguém, tudo bem? O governo da cidade está deixando apenas entre a polícia e a prefeitura, mas tem uns três anos que uma gangue anda pela cidade. Escutei meus pais falando sobre isso, mas parece que nunca conseguem chegar a tempo de prendê-los." Ela fala.
Vinnie não podia... eu solto um riso baixo. Não. Vinnie não podia fazer parte de uma gangue. Era apenas muito estranho.
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