─ ❝Eu vivi a minha vida inteira seguindo um único lema: A gangue na frente. Sempre.
Mas isso foi quando eu não conhecia Nailea Devora
A Baixinha com aqueles maravilhosos olhos castanhos e um corpo que faria todo homem rastejar. Foi idiota achar que...
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Nailea
Eu me apresso quando escuto a buzina do lado de fora da minha casa. Meus pais haviam ido para um SPA ou algo assim, e levado o carro, então Riley estava me dando uma carona. E eu estava atrasada.
Pego a minha bolsa preta, descendo as escadas correndo. Pego a chave na porta e vou em direção ao carro de Riley. Minha amiga sorri em aprovação assim que sento no banco de passageiro. Eu usava o vestido azul marinho, com botas pretas sem salto e uma maquiagem básica.
"Sabe, se Vinnie tivesse um pouco de senso, teria te chamado para sair antes de outro cara fazer." Ela fala, dando partida no carro. Eu rolo os olhos.
Ao contrário do que Riley pensa, Vinnie não tem sentimentos por mim, e essa semana provou isso. Ele havia ficado com pelo menos três garotas a cada dia desde que descobriu de Zack. E isso estava me irritando. Uma garota na entrada, uma no almoço, e outra na saída. E o fato disso ter me afetado apenas me irritou mais ainda.
Fizemos o caminho em um silêncio confortável. Eu havia ligado o rádio, e fomos o caminho de dez minutos com apenas a música entre nós.
"Boa Sorte. Não que você precise." Riley fala assim que paramos na frente do cinema. Eu solto um risonho, saio do carro e caminho em direção ao prédio.
Vejo que Zack não está aqui ainda, então decido esperar sentada. Vou para o sofá vermelho no canto, e vejo Riley ir embora.
Cinco minutos se passam, dez... quinze minutos se passaram quando vejo uma moto familiar na frente do cinema. Mas que merda ele está fazendo aqui?
Vinnie tira o capacete da cabeça, e vira para mim com um sorriso torto. Faz um movimento com a cabeça para eu me aproximar. Faço o que ele mandou, saindo pela porta de vidro transparente."O que diabos está fazendo aqui?" Pergunto, e vejo ele sorrir mais.
"Vim te buscar." Ele diz, e eu franzi a testa.
"Eu estou em um encontro, Vinnie. Você não pode apenas..." começo, mas ele me interrompe.
"Ele não vem, baixinha." A possibilidade de eu ter levado um bolo hoje à noite já tinha passado pela minha cabeça, obviamente, mas eu queria saber como que Vinnie poderia saber disso.
"E como você sabe?" Pergunto, cruzando os braços. O fato de Vinnie estar me analisando descaradamente não está me afetando. De jeito nenhum.
"Porque eu disse para ele não vir." Ele diz, simplesmente, como se estivesse falando que iria pegar uma caneta emprestado. Uma onda de raiva sobe pelo meu corpo.
"Você fez o que?" Grito. Tenho imediatamente vontade de dar-lhe um tapa. E aí eu penso, por que não?E foi exatamente isso que fiz. Minha mão bateu com um estalo no rosto de Vinnie, mas ele não se moveu, como se nada tivesse acontecido. O fato de minha mão estar doendo agora me irritou.
"Você não pode apenas ameaçar, o que eu tenho certeza que fez, alguém que eu vou sair, Vinnie. Não quando você me disse que nada aconteceu entre nós. Ou quando você está por aí pegando um bando de piranha!" Grito mais alto ainda, mas ele não mostra que abalou. Estende o capacete para mim.
