Nailea
Dois dias se passaram desde o meu encontro com Vinnie e ele estava respeitando meu espaço. Talvez até demais. Eu sei, eu sei. Eu tinha dito para ir devagar, mas meu corpo estava super contra essa decisão. Vinnie tinha faltado a escola na segunda e hoje de novo. Coisas de Alpha, eu suspeito, mas ele me ligou ontem. Conversamos até tarde, e Deus como eu estava com saudade de fazer isso.
Eu não me arrependo de ter pedido para irmos devagar, apesar de meu corpo estar... Necessitado desde nosso encontro domingo. Estamos indo no meu tempo, e estou feliz com isso. Parte de mim ainda teme que Vinnie ainda desconfie de mim ou ache que vou embora. Porque eu não vou. Não tenho nenhuma intenção de fazer isso.
Agora, dois dias depois de nosso encontro domingo, eu estava na casa de Riley, seus pais não estavam, e ela parecia desesperada para saber de tudo. Por causa de algo com seus pais, não pode falar ontem e nem foi para a escola, por isso estou aqui hoje.
"Ele te deu hambúrguers? Sério? Isso é tão Vinnie!" Ela diz, tendo um ataque de riso. Não consigo evitar e acabamos as duas rindo.
Eu estava resumindo as duas horas e meia que fiquei com Vinnie no lago. Depois disso, ele me levou para casa e foi embora. Ta bom, talvez tenha tido uma sessão de amassos entre essas duas ações, mas paramos antes que realmente chegasse a algo.
"Eu nunca achei que um encontro assim seria bom, mas foi amiga. Foi maravilhoso. Conversamos sobre tudo e sobre nada, ficamos ali deitados..." Falei, e Riley me olha com um sorriso bobo no rosto.
"Meu deus, você está muito apaixonada." Ela diz, e eu sorrio. Não posso evitar.
Algumas pessoas diriam que era burrice perdoar Vinnie desse jeito, mas eu estava cansada. Sim, uma parte de mim ainda
tem medo que tudo vá por ladeira abaixo, e sim, eu sei que iria acabar comigo se terminarmos de novo, mas eu não ligava para nada disso.Me tornar amiga de Vinnie Hacker foi uma escolha. Uma escolha burra, alguns diriam, mas foi minha escolha. Agora... Me apaixonar por ele? Foi completamente fora do meu controle. E eu não sei se foi a melhor coisa que já fiz, ou a pior. Mas eu não ligo. Não ligo porque ele me faz sentir algo que nunca senti antes. Amor. Paixão. E eu não quero acabar com isso.
"Então, como é?" Ela me pergunta, e eu franzi o cenho. "Se apaixonar. Como é?" Ela completa, botando minha confusão. Me arrasto para a cama ao seu lado e começo a falar.
"Eu não sei se dá para explicar... Se apaixonar é como voar de asa delta. Você sabe que pode cair a qualquer momento, mas a sensação é tão boa, o frio na barriga, o coração acelerado... É tudo tão bom que você não liga. Não liga se vai se machucar ou não." Digo ,e ela prestava atenção em cada palavra.
"Você bota a pessoa totalmente em primeiro plano, e às vezes nem nota. Faz tudo para ficar com ela. Tudo. E mesmo quando você está muito bravo, a única coisa que você quer fazer é mandar a pessoa calar a boca, arrancar todas as suas roupas e ter sexo de reconciliação." Eu solto, mais para descontrair, e Riley solta uma gargalhada."Nai?" Ela me pergunta, e eu olho para seus olhos. "Como foi sua primeira vez?"
"Ruim. Eu estava com alguém que eu não gostava de verdade, e ele também não gostava de mim de verdade. Não foi cuidadoso, então doeu. E me traiu uma semana depois." Riley arregala os olhos. Eu acho que nunca havia falado para ela de meu ex. Vinnie sabia, o assunto tinha surgido uma vez, e ele não ficou feliz, mas nunca para Riley. Não porque doi falar dele ou algo assim, mas porque não é relevante.
"Que merda, Nailea. Sinto muito." Ela diz e eu sorrio.
"Tudo bem, Riley. Claro, eu odeio o filho da puta, mas já superei. Apenas não gosto dele por ter tirado minha primeira vez, sabe?" Digo, e ela acena com a cabeça.
Ela parece querer falar algo mais, mas seu telefone toca no mesmo minuto. Ela atende, e não demora muito para eu perceber que fala com os pais dela. Nesse mês em que fiquei com os Hubatka, percebi que a relação não era fácil.
Apesar de seus pais parecerem amar Riley, eles não são fáceis. Cobram demais dela, e acho que talvez seja por isso que minha amiga se fechou. Não acho que ela seja a menina certinha que mostra ser, e realmente quero descobrir quem está escondida lá dentro. Acredito que um dia chegue alguém que quebre a casca que bota em si mesma.
"Estão voltando?" Pergunto assim que ela desliga. Encontrar os pais de Riley não era algo que eu achava divertido, então faria o máximo possível para evitar.
"Estão. Saíram de New York agora. Devem chegar em duas horas." Eu aceno, já pegando meu Vans e colocando. "Você pode ficar se quiser, sabe disso né?" Ela diz, e eu paro para encará-la.
"Eu estou bem, Riley. De verdade. Na real, gosto de ter a casa para mim." E era verdade. Eu estava tão acostumada a me virar, já que meus pais nunca foram do tipo de ajudar muito, que não sabia fazer de nenhum outro jeito. Eu gostava da casa vazia."Está bem." Eu podia ver que ela estava preocupada, e a amava por isso. Não estava acostumada com muitas pessoas preocupadas comigo, então ter Riley lá para mim era algo novo, mais bom.
Envio um beijo no ar quando saio de seu quarto e depois de sua casa. Eu estava tão miserável no mês que fiquei por aqui, que não consegui aproveitar a experiência de morar por um tempo com uma amiga. Mas mesmo assim, gostava de ter meu próprio espaço. Eu iria fazer isso aos dezoito mesmo, com ou sem meus pais se mudando.
Vou andando o meu carro, parado na frente da casa de Riley, mas antes que eu realmente possa chegar lá, uma mão vai em direção a minha boca, impedindo o meu grito. Um pano está sendo segurado contra o meu nariz e boca.
"Fique bem quieta, e você vai ficar bem..." Escuto uma voz desconhecida murmurar em meu ouvido, e quando vou perdendo meus sentidos, e a escuridão vai me alcançando, percebo exatamente qual é a substância no pano.Clorofórmio.
•eita eita
XOXO 𝙎𝙖𝙗𝙧𝙞𝙣𝙖
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𝗔𝗹𝗽𝗵𝗮-𝗱𝗲𝗮𝘁𝗵 𝗼𝗳 𝗔𝗻𝗴𝗲𝗹𝘀 | vinnie adaptation
Fanfiction─ ❝Eu vivi a minha vida inteira seguindo um único lema: A gangue na frente. Sempre. Mas isso foi quando eu não conhecia Nailea Devora A Baixinha com aqueles maravilhosos olhos castanhos e um corpo que faria todo homem rastejar. Foi idiota achar que...