Guardiões - A Colisão

Um Conto de Inverno

Ricardo se levantou um pouco mais tarde do que o seu costume, sua lareira havia lhe proporcionado uma noite calorosa e aconchegante, ao sair para regar suas plantas ele escorrega no gelo que estava em sua porta.

--Mas o que está acontecendo?-- Ricardo pergunta para si mesmo tendo arrepios.

Uma nuvem escura vinda do leste cobria o céu e avançava implacávelmente para o oeste, levando um frio extremo.

Os Guardiões se reuniram na Sede para saber o que estava acontecendo com o clima, algumas pessoas poderiam correr sério perigo com o frio radical.

--Ninguém realmente sabe do que se trata?-- Bella pergunta

--Eu não tenho ideia, eu acordei e tudo já estava assim-- Felp responde.

--Vocês dificultam demais, é só ir na origem do problema e resolver-- Rush fala.

--Você sugere o que? Irmos até lá sem ter noção do que está acontecendo?-- Luiza pergunta ironicamente.

--Sim-- Rush responde de forma inocente.

--Se nós seguíssemos os conselhos do Rush a gente tinha morrido na primeira missão com o Kallbezin-- Seth retruca irritado.

--Infelizmente a única forma de sabermos a origem desse frio infernal é indo até lá, então, sugiro que ponham roupas ainda mais quentes, nós vamos até o Leste-- Ricardo fala.

--Ai meus deuses, eu só queria passar um dia sem correr o risco de morrer-- Bella fala.

Quanto mais nossos garotos andavam, mais a temperatura caía, o gelo penetrava pelas roupas grossas e o vento cortava o espaço com rajadas fortes.

Depois se andarem por horas na neve macia que afundava com seus passos, eles saíram do Reino e chegaram nos domínios do Gelo. Uma enorme muralha congelante havia se formado subindo do profundo abismo que antes separava os dois países.

Mesmo sem ter um bom domínio de sua fitocinese, Felp fez brotar um enorme Carvalho e todos puderam saltar o muro de gelo.

Mesmo acostumados com o clima gelado, não havia nenhum habitante fora de suas casas, ninguém se importou com a presença dos forasteiros, a única coisa que importava era se manter aquecido e não morrer de hipotermia, o que não parecia ser uma tarefa fácil.

--Certo, o que vamos fazer primeiro?-- Anne pergunta.

--Acho que precisamos falar com a Rainha, como portadora da Zircônia do Gelo ela deve saber o que houve com a temperatura do país dela-- Luiza responde e logo, eles avançam ainda mais, em direção ao palácio de Inverno.

As montanhas ficavam cada vez mais íngremes e escorregadias, o gelo impregnando em suas botas e sapatos deixava a subida ainda mais demorada, enquanto o gelo queimava suas peles.

Os portões eram enormes, uma vista realmente incrível, se não fosse pela neve pesada que caía ou a névoa densa causada pela anomalia temporal que os Guardiões ainda não sabiam do que se tratava.

Ricardo dara apenas duas batidas quando a enorme porta range abrindo-se. O salão encontrava-se vazio, um vento assobiava pelo local e o som dos passos era gritante.

Heili tinha mudado sua aparência, suas expressões eram frias, ironicamente e literalmente.

--O que querem aqui?-- A voz gelada ecoa pelos salões.

--Rainha, como portadora da maior fonte de frio existente, queríamos pedir-lhe que pare de usar o poder da Zircônia para abaixar as temperaturas-- Ricardo fala --Eu consigo sentir que você está usando a jóia--