Calor Crescente

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Luiza, Amora, Moonboy, Margareth e Fernando eram a segunda equipe, pilotando o mais rápido que o carro conseguia foram até uma das cidades em que a Aliança estava agindo. Mas não eram apenas os bancos que estavam sendo roubados, a cidade inteira estava sendo saqueada.

Os gritos dos cidadãos demonstravam o terror... Luiza estava horrorizada com tamanha brutalidade e sadismo. Civis inocentes corriam enquanto eram atacados pelas costas, por facas, tiros e até machados.

Não era mais uma questão ética de impedir o roubo, era salvar as vidas que ainda se debatiam como gado no matadouro, agonizando em vida.

--Os roubos eram apenas cortina de fumaça pra essa chacina-- Margareth fala assustada.

--Mag, liga pros outros, deixa os assaltos para os policiais, temos que parar isso-- Fernando diz correndo contra o mar de civis.

Dezenas de soldadas do Convento estavam lá, a batalha se iniciou em meio aos cidadãos. Os corpos jogados assustavam Luiza, ela nunca tinha presenciado algo assim e para os outros parecia normal.

"De quem era esse corpo? O que fazia, o que gostava de comer e de quem gostava? Como eram suas relações?

Seus sonhos, ideias e planos foram cortados sem ele sequer conseguir se defender. Como ficará a sua família quando souber? E, por quê... Por quê eu não pude salvá-lo?"

O caos e pânico se espalhavam e Luiza não parava de pensar, ela lutava no automático, sua mente estava avoada.

--Atrás de você, garota-- Margareth protege Luiza de um ataque por trás.

--Dá uma atentada à mais, numa dessas você pode acabar morrendo-- Fernando fala.

--Não liga pra ele, Lu... É só a gente se ajudar e esperar os outros chegarem-- Amora responde.

Os outros dois grupos chegaram, Gab e os outros estavam incomunicáveis por causa da luta contra a possessão do olho de Akuma.

Lotto, Felp, Maggie, RB e Michelangelo chegaram pelo lado esquerdo neutralizando as soldadas que avançavam.

Aurora, Lúcia, Bella, Zack e Ricardo fizeram o mesmo do lado esquerdo.

Graças a rapidez deles mais mortes foram evitadas, porém as que ocorreram ainda perturbavam a garota de cabelos de fogo assim como os outros Guardiões.

--Não é estranho olhar um corpo morto? Quer dizer, antes era uma pessoa, e agora, é só um monte de carne e órgãos envolvidos por pele-- Bella diz cutucando um dos corpos.

--Eu fico arrepiado só de olhar, acho até esquisito vocês agirem como se fosse normal-- Felp fala e depois se assusta com um civil se levantando pois estava se fingindo de morto.

--Nunca vamos achar aceitável, mas isso já aconteceu tantas vezes que acabou sendo normalizado, não dói por que não conhecíamos-- Fernando fala.

--Quantos momentos felizes, sonhos e laços foram quebrados com um tiro? Pode não doer em você, mas isso machuca muito e muda a vida de várias pessoas. Cadê a empatia de vocês?-- Felp diz indignado.

--É... Eu estava pensando o mesmo e por mais irônico que pareça, eu concordo com o Felp-- Luiza fala.

--Mas isso de você detestar ele já não tinha passado?-- Maggie pergunta.

Guardiões - A ColisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora