E se houvesse uma quarta Irmã Archeron?
Cora Archeron, a terceira mais velha da linhagem de irmãs, também tentava ajudar sua família nos afazeres de casa, também tinha sonhos mesmo com a baixa condução financeira... Até que um dia foi jogada nas ág...
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Soltei um resmungo matinal quando senti uma mão forte vagando pelo meu corpo, subindo e descendo, muitas vezes fazendo círculos em minhas costas e causando ondas de arrepios por onde passava. Sua respiração regular estava se chocando contra meu pescoço.
Tentei ir um pouco mais para trás, somente para sentir seu corpo completamente colado ao meu e o calor que ele exalava. Cass me abraçou fortemente, deixando longos beijos em meu ombro nu e me fazendo relembrar da madrugada anterior e do nosso beijo.
Ele soltou uma risadinha sarcástica atrás de mim, pareceu ler meu pensamento novamente. Estranhei esse fato, já que Rhysand havia ensinado as três recém transformadas a erguer seus devidos escudos mentais e o meu continuava intacto e impenetrável.
— Está rindo, general? - Perguntei virando-me devagar até ficarmos frente a frente um do outro. Cassian já não estava mais com o pijama da madrugada, usava roupas quente para proteger do frio e seus cabelos estavam úmidos e penteados para trás, eu daria tudo para saber pintar, somente para fazer um quadro seu desse mesmo jeito.
Olhei para as janelas do quarto e percebi que o sol já estava no topo do céu apesar da neve que caia por Velaris. Arregalei meus olhos ao ver a quantidade de horas que havia dormido.
— Que horas são? - Perguntei quase levantando, mas ele me puxou para deitar encima do seu corpo
— Quase tarde. - Cass falou rindo e passando sua mão em meu cabelo.
— Deixou-me dormir por todo esse tempo? - Perguntei incrédula.
— Você parecia muito cansada ontem, querida. - Murmurou. — Sem contar que estamos aqui para descansar.
Mordi meu lábio inferior ao vê-lo tão próximo a mim.
— Não imaginei que Rhysand fosse tão liberal com o general mais forte de Prythian. - Eu falei, descansando meu queixo sobre minhas mãos em seu peitoral.
Cassian riu de forma arrogante ao percebi que exaltei seu enorme ego.
— Ele está me devendo folgas e geralmente não deixo de trabalhar e treinar meus soldados. - Falou fazendo carinho em meu braço. — Talvez seja a hora de cobra-lo. - Assenti.— Tenho certeza que Prythian ficará segura sem mim.
— Claro que sim. - Sussurrei. Cass me olhou e parecia transmitir fogo. — Vou tomar um banho. - Falei me apressando para entrar no banheiro, ele caiu na gargalhada ao perceber que fugi somente para reprimir meu desejo.
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Cass tentava desfarçar todas as vezes que olha em minha direção, mas era impossível não perceber o seu olhar predador em mim todas as vezes que tirei a atenção do livro em minhas mãos. O sofá era extenso o suficiente para caber nós dois de forma confortável, cada um em um extremo diferente com os pés encima.
