Capítulo 28

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"Desci as escadas da Casa dos Ventos devagar, ainda não conseguia diferenciar os cheiros dos perfumes que emanavam fortemente pelos ares e a qual feéricos eles pertenciam fazia menos de dois meses que a guerra acabou

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"Desci as escadas da Casa dos Ventos devagar, ainda não conseguia diferenciar os cheiros dos perfumes que emanavam fortemente pelos ares e a qual feéricos eles pertenciam fazia menos de dois meses que a guerra acabou. Tudo aqui era muito novo e todos estavam ocupados em reerguer Velaris. Eles trabalhavam de dia a noite sem parar, mas também tinham suas folgas. Precisava falar com Feyre e perguntar se eu podia tomar um dia de folga também, não estava aguentando mais está lá todos os dias, a enfermaria já estava esvaziando e os feridos em estado grave já estão se curando.

Feyre me pediu para ficar cuidando da enfermeira junto com Madja, minha irmã disse que pelo meu poder e minha facilidade de fazer remédios e chás, eu seria muito útil lá e apesar da enorme vontade de implora-la para permanecer no quarto... Eu fui. Me tranquei lá dentro, cuidando dos feridos que chegavam em demandas grandes. Era desesperador está ali, todas as vezes que um chegava com braços ou pernas dilaceradas, eu podia jurar que estava o Rei de Hybern gritar que era um presente para mim, que isso faria-me lembrar dele para sempre.

Eu estava exausta, cansada era pouco para descrever-me naquele momento. Meus pés estavam inchados, parecendo uma bola grande, minha cabeça latejava todos os dias e nem mesmo chá adiantava. Madja percebia isso, mandava-me deitar, mas todas as vezes que minha cabeça encostava no travesseiro de alguma maca limpa, chegava alguém ferido e eu precisava ajudá-la.

Meu aniversário tinha sido a um mês atrás, a guerra já havia acabado mas o luto ainda era tão recente que nem mesmo eu fui capaz de lembrar, muito menos minhas irmãs. Virei a madrugada ainda ajudando Madja, mas agora eu não aguento mais, meu corpo está prestes a cair no chão se não houver uma pausa. Tudo em mim doía, minhas costas principalmente. Levantei minha cabeça quando lágrimas se puseram a descer, as limpando rapidamente sem deixar sinal de algum tipo de fraqueza.

Virei o corredor, dando de cara com a sala de estar, o hall todo organizado e limpo, a lareira acesa e um sofá que parecia me chamar, gritar em nome tão alto que me perdi olhando para ele.  

— Procurando algo? - Uma voz feminina atrás de mim me fez girar meu corpo tão rápido que um gemido de dor baixo saiu. Tentei reprimi-lo com uma tosse seca, mas tenho certeza que a grande mulher de pele preta percebeu. Ela era linda, jóias ordonavam seu corpo. Sua pele parecia névoa prontas para sumir no ar deixando um vazio se seu corpo evaporasse.

— Feyre. - Murmurei dando um passo para trás, incapaz de continuar com o peso do meu corpo na perna machucada. Ela arqueou a sobrancelhas, percebendo cada movimento meu.

— Foi para o Rita's com o círculo íntimo. - Falou. Eu não sabia o que era isso.

— É algum tipo de organização? - Perguntei.

— É uma espécie de casa de show com músicas e bebidas. - Falou. - Onde eles vão para se divertir.

Minha boca se abriu em um perfeito O. Mas fechei rápido, agradeci a fêmea a minha frente e pedi licença para sair.

Corte de Amor e Ódio - Cassian (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora