54 - Bullying (Parte 1)

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oi gente, esse capítulo vai ficar um pouquinho maior que os outros, porque eu fiz uma introdução um pouco longa, mas a sapatonice vem taokey?

(...)

Yeh Shuhua estava prestes a encerrar seu terceiro período na faculdade de teatro. A taiwanesa sempre teve muitas paixões e entre elas estava a atuação, que crescia em competição com a música e a dança.

Havia ingressado no curso um pouco tardiamente em comparação aos outros alunos de sua classe, visto que já havia ultrapassado a linha das duas décadas quando se matriculou, mas isso não a impediu ou a desencorajou de continuar seguindo seu sonho.

A mulher saiu de seu país natal pouco antes de ingressar na faculdade, com o dinheiro que havia guardado por um tempo e a ajuda financeira dos pais, conseguiu se estabelecer na Coréia até conseguir um emprego e se sentir confortável psicologicamente e financeiramente para começar esse novo ciclo.

Ao iniciar sua vida letiva novamente, Shuhua se deparou com uma questão a qual definitivamente não esperava. Após o fim do primeiro período, a mulher começou a ter aulas mais frequentes com alguns alunos que não estavam em sua turma inicialmente.

Com esse fato, algumas situações um tanto quanto desconfortáveis começaram a se desenrolar. O seu problema tinha nome e sobrenome.

Seo Minji.

A garota aparentava ser um pouco mais jovem do que a taiwanesa, mas isso não a impedia de agir como uma demônia completa em sua vida. Não havia outra palavra para descrevê-la, para Shuhua, era o que a garota era, ponto. A menina era, de fato, muito bonita, mas mal reparava-se em sua beleza quando ela tinha tantas coisas ruins por dentro. Era tóxica.

Por um momento, a mulher pensou em apenas ignorar a situação e os comentários ofensivos que vinham da garota. Mas após alguns atos um pouco mais agressivos, como comentários xenofóbicos, que causaram efeitos psicológicos em Shuhua, a taiwanesa sentiu que precisava fazer alguma coisa.

Infelizmente não se sentia confortável em confronta-la fisicamente, também não achava que fosse resolver qualquer coisa dessa maneira, então procurou a coordenação de curso e informou o inconveniente. O que foi feito a partir daí, só aumentou sua descrença no sistema daquela escola que, com certeza, estava testando sua sanidade mental.

- Senhorita Yeh, eu posso falar com você um instante? - Ouviu seu professor de antropologia lhe chamar.

- Sim. Aconteceu alguma coisa? - Perguntou preocupada.

- Os coordenadores entraram em contato comigo e com alguns outros professores, eles nos informaram de uma questão um pouco... delicada... que vem acontecendo com você com uma das suas... colegas. - Ele parecia um pouco receoso em abordar essa questão, o que levantou algumas dúvidas na taiwanesa.

- Claro. Eu os procurei essa semana. O senhor sabe se algo vai ser feito quanto à isso? - Por um segundo teve esperanças, até notar a expressão no rosto do professor e lembrar-se que, ainda que estivesse numa instituição um pouco mais livre, ainda estava na Coreia.

- Bom, Shuhua... você é uma excelente aluna, tanto na minha matéria quanto em todas as outras, nós realmente apreciamos muito a sua estadia no nosso campus. - Começou, mas a taiwanesa entendeu o que ele estava fazendo. Estava remediando, antes de ferir. - Mas você deve entender que nós não podemos ter uma acusação tão séria quanto essa nos nossos registros, não é? 

- Me desculpe, mas onde o senhor quer chegar com isso? - Lhe respondeu com outra pergunta, engolindo à seco, sentindo-se um pouco tonta.

- Veja, nós somos uma das referências em nossa área aqui no país, e você entende que se formalizarmos uma acusação como essa, numa instituição como a nossa, aqui nesse país, além de não lhe trazer nenhum benefício, ainda vai nos prejudicar? - Ele dizia calmo, como se dissesse que o sol está quente no verão.

Sooshu One ShotsOnde histórias criam vida. Descubra agora