59 - Brother (Parte 1)

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roi menines, tutu pom?

as ideias da tia tão acabando galerinha. eu vi que algumas pessoas deixaram algumas nos outros capítulos e eu vou dar uma olhada melhor e ver o que se encaixa no meu tipo de escrita.

vamo?

(...)

Seo Soojin estava prestes a retornar ao seu país natal. A mulher havia se afastado por alguns anos, com a intenção de seguir seus sonhos e ir atrás do que realmente amava: a dança.

Não foi uma decisão fácil a ser tomada, precisava deixar seus pais e seu irmão para trás, e não sabia se estava preparada, apesar de saber que aquele era o único caminho que queria ter em sua vida.

Após ponderar por algum tempo, a coreana se decidiu e seguiu para lugares em que teria mais oportunidades nesse ramo. Passou por diversos países, esteve em muitas escolas e pisou em muitos palcos.

Mas agora, naquele momento, seu avião havia acabado de pousar no aeroporto de Seoul, na Coréia novamente.

Não que houvesse desistido de seus sonhos, muito pelo contrário, sentia que aquela hora era o momento de firmar os pés no chão após tantos anos longe de casa. De início ficaria na casa de seu irmão enquanto procurava um apartamento para si, e após isso, se mudaria definitivamente.

Seo Seongjin era seu irmão mais novo, haviam construído uma relação boa, apesar de um pouco conflitante as vezes. Por isso sua estadia em sua casa era temporária, ficaria apenas pelo tempo necessário e sairia o mais rápido possível para evitar problemas.

Ao desembarcar, chamou um táxi e logo estava descendo no prédio de Seongjin. Anunciou sua entrada e subiu, tocando a campainha logo em seguida. 

A mulher saiu do país há alguns anos, e infelizmente nunca conseguiu visitar seus pais ou seu irmão enquanto estava fora, pois a correria não permitia. Não sabia como deveria se sentir naquela situação, sabia que tinha sido um tanto negligente com sua família e antigos amigos, então estava um pouco envergonhada.

- Soojin! - Teve seus pensamentos interrompidos pela voz grave do homem de aparência simpática à sua frente. Ele havia mudado tanto. Estava mais alto, mais forte e com certeza, mais adulto.

- Ei, Seongjin... - Cumprimentou, ainda um pouco sem graça. O rapaz se aproximou e lhe deu um breve abraço. Seu perfume era forte e um tanto enjoativo, diga-se de passagem.

- Venha, entre. - Abriu mais a porta, enquanto puxava as malas da irmã para dentro. - Como foi de viagem? - Ele parecia empolgado.

- Foi tudo tranquilo, só estou um pouco cansada. - Disse, olhando para o apartamento espaçoso. Era a primeira vez que ia lá, era um lugar bonito e bem decorado. Bem até demais para os parâmetros dos quais se lembrava de Seongjin.

- Não repare, eu ainda estava arrumando tudo por aqui. Meu Deus, como estou feliz em te ver. - Ele parecia feliz, e não conseguiu disfarçar algumas lágrimas que nasceram em seus olhos.

- Não seja bobo. - Disse se aproximando do homem, o abraçando apertado dessa vez. - Eu também estou feliz em te ver. - Sussurrou. Se separou do irmão ao ouvir a campainha do apartamento tocar.

- Oh, desculpe, eu esqueci de avisar. - O rapaz começou, indo até a porta. - Minha namorada está vindo pra cá, ela também vai passar uns dias aqui. Ela teve um desentendimento com os pais e... enfim... - Tentava se explicar rapidamente antes de abrir a porta.

- E por que não me avisou? Eu teria ido para um hotel! - A coreana disse baixo, observando o irmão abrir a porta sem responder.

- Oi, amor! - Ele disse, abraçando a menina que estava do outro lado da porta. Se Soojin já estava sem graça antes, agora estava mil vezes mais. - Vem, deixe-me apresentar vocês. - Puxou a garota mais baixa pela mão esquerda. - Soojin, essa é Shuhua, minha namorada. Shu, essa é Soojin, minha irmã.

- Uau. - A mais nova soltou um pouco alto demais.

- O que? - O rapaz perguntou.

- N-Nada. - Se recompôs e se aproximou da coreana. - É um prazer finalmente conhecê-la, Soojin. - Estendeu a mão para a mulher que parecia tímida, mas aceitou seu cumprimento.

A mais velha sabia que precisaria sair daquele apartamento o mais rápido possível. Não só para dar privacidade ao casal, além de ter a sua própria, mas porque tinha a consciência de que nunca havia presenciado tamanha beleza em apenas uma pessoa. Era impossível.

O cabelo longo era ondulado e caía como uma cascata sobre suas costas e ombros. O olhar era angelical e harmonioso, o que fazia sentido visto que o formato dos seus olhos eram os mais bonitos que havia visto em sua vida.

- O prazer é todo meu, Shuhua. - Disse firme, porém simpática.

Shuhua, por outro lado, tinha sentimentos conflituosos. De certo o que fazia não era correto, sabia que estava ficando cada vez mais enrolada em seus problemas, mas aquele seria um problema muito maior. 

A mulher a sua frente era a criatura mais bela que seus olhos já viram. Seu tom de voz era calmo e firme. Suas bochechas estavam levemente coradas. O sinal abaixo do olho lhe chamava atenção tanto quanto seus lábios cheios e avermelhados.

Seus sentimentos conflituosos baseavam-se em ter um relacionamento recente com um homem que, apesar de tudo, era muito carinhoso e gentil com ela. A taiwanesa sabia que aquele não era seu curso natural de vida, estava se esforçando para conseguir fazer dar certo mas simplesmente... não dava.

A questão era que a ideia de se relacionar com homens não lhe agradava. Nem um pouco. Mas agradava aos seus pais e à sua família, em geral. Também agradava à sociedade coreana, como um todo.

Outra parte de seus conflitos foram gerados nos últimos dois minutos. Aquela mulher era irmã do cara por quem deveria ser apaixonada e, possivelmente, do cara que era de fato apaixonado por ela. 

A vida é uma grande caixa de surpresas.

Não que fosse algum tipo de amor à primeira vista, tampouco acreditava nessas coisas, mas não sabia o que era.

- Bom, Soo, eu vou te levar até o quarto de hóspedes. - Ele pegou as malas da irmã, enquanto essa ainda tinha seu olhar atado ao de Shuhua. Logo o desviou e saiu atrás do homem.

- Eu não sabia que namorava. - Falou, assim que chegaram ao quarto. Era espaçoso e comum.

- É recente. - Suspirou. - É complicado também. Eu gosto dela, gosto mesmo. - Parecia sincero ao olhar nos olhos da coreana. - Mas as coisas são mais profundas do que isso. Eu posso te contar depois. - A mulher notou um pouco de mágoa em seus olhos. Com o tempo aprendeu a ler pessoas com mais facilidade, era um dom que a arte lhe entregou de mãos beijadas.

- Tudo bem. Espero o seu tempo. - Finalizou antes do irmão se retirar.

A coreana refletiu por um instante em onde havia se metido e no que essa história toda daria. Estava sentindo coisas demais. 

(...)

Sooshu One ShotsOnde histórias criam vida. Descubra agora