Shuhua sempre foi uma pessoa que se colocava em situações constrangedoras. Acontecia, era natural, mas nunca se acostumava.
Quando entrou no quarto e encontrou Jongsu fazendo o que estava fazendo, sentiu seu rosto corar.
Não que tivesse problemas com a masturbação ou coisa do tipo, não era sobre isso, era sobre flagrar um garoto em seu momento íntimo, ainda que o ideal fosse que a porta estivesse trancada.
Apesar do susto, Shuhua ficou curiosa com o conteúdo que o menino assistia. Podia estar enganada, mas tinha quase certeza de ter visto dois homens protagonizando uma cena erótica na tela do computador do menino.
Resolveu descer para esperá-lo na sala, aproveitando o fato de Minji estar quietinha brincando com alguns brinquedos no tapete.
Enquanto esperava, começou a observar a pequena menina que estava em sua frente.
Tudo nela era perfeito, desde os pézinhos gordinhos cobertos por uma meia, até o narizinho idêntico ao de sua mãe, numa versão reduzida.
Sentiria falta da menina caso não voltasse à vê-la, realmente gostou de passar seu tempo com ela. Era o bebê mais doce que conhecia.
Ainda em seus devaneios, ouviu um barulho vindo da escada e então um Jongsu envergonhado apareceu.
O menino também possuía traços de Soojin, os lábios volumosos, o sorriso alinhado, mas com certeza parecia mais com o pai, apesar de Shuhua não o conhecer.
- Jongsu... - Shuhua começou.
- Você deveria bater na porta antes de entrar. - Ele foi grosso.
- Eu bati. Você quem devia trancar a porta. - Disse calma.
- Você nem deveria estar aqui. - Falou elevando o tom de voz, fazendo Minji se assustar e procurar a taiwanesa com o olhar.
Shuhua se aproximou da pequena e a pegou no colo, sentindo-a posicionar o rosto em seu pescoço, segurando o tecido de sua blusa firmemente, fazendo a mulher lançar um olhar severo para o menino que abaixou a cabeça.
- Olha, em primeiro lugar, vamos parar de gritar, certo? - Disse se sentando novamente, acariciando as costas de Minji. - Senta aqui comigo.
- Eu não...
- Jongsu, senta aqui. - Disse mais firme e o menino sentou-se ao seu lado, cruzando os braços. - Eu não vou te julgar pelo o que eu vi, não vou brigar com você. Eu sei que não começamos da maneira certa, mas eu quero que você confie em mim. Eu não quero fazer mal pra nenhum de vocês. Então eu quero que você converse comigo, de igual para igual. Por que você não gosta de mim?
- Eu fiquei com medo. - O menino disse baixo, ainda emburrado. Pela primeira vez, Shuhua viu que conseguiria conversar com ele de forma civilizada. - Fiquei com medo da minha mãe trocar a gente por você. Eu queria que ela voltasse com o papai. - Shuhua suspirou.
- Olha, eu não sou a melhor pessoa para te explicar isso, sabe? Mas eu tenho certeza que, independente de quem a sua mãe estiver, comigo ou com qualquer outra pessoa, ela ama vocês mais do que tudo nesse mundo. Ela não trocaria vocês, nem por mim e nem por ninguém. E eu não quero tomar o lugar do seu pai, mas eu preciso que você entenda que a história dos seus pais acabou. Eu não digo isso querendo magoar você, muito pelo contrário, eu tenho certeza que o pai de vocês também concorda que essa não é uma maneira saudável de lidar com essa situação toda. - Ela dizia ainda mais calma, escolhendo as palavras.
- Você tem certeza de muitas coisas. - Ele diz, com a sombra de um sorriso. Shuhua sentiu que estavam caminhando para um lugar seguro.
- Nós temos visões diferentes dessa coisa toda que está acontecendo, mas eu sei que se ficarmos numa situação ruim, sua mãe vai se sentir muito triste. Tudo o que eu quero é deixá-la feliz, e acredito que você também.
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Sooshu One Shots
RomantizmAlgumas one shots sooshu, porque quase não existem :) Sugestões são sempre bem vindas.