Sooshu One Shots

63 - Me beija com raiva

oi gente, tudo bem? esse capítulo foi uma sugestão de um(a) de vocês, que me pediu pra escrever alguma coisa baseada em uma música do jão.

sugeriram "me beija com raiva", "idiota" e "vou morrer sozinho", (me desculpe, n lembro seu user) e eu decidi usar apenas "me beija com raiva" por enquanto, ok?

se tiver alguém que goste dessa música por aí, quero ver se vão pegar as referências.

se tiverem alguma música que vocês acham que daria uma boa história, comentem aqui.

vamo?

(...)

- Não encosta em mim! Eu não consigo mais olhar pra você, Soojin! - A taiwanesa dizia com os olhos marejados, prestes a transbordar. Havia tanta mágoa e raiva contidas neles. - De todas as pessoas do mundo, todas... a última que eu pensei que fosse me machucar tanto, foi você.

- N-Não foi o que eu quis dizer, me escuta por favor. - A coreana suplicou, notando que a mulher se afastou de si. - Me deixa explicar.

- Você não precisa explicar nada! - Aumentou o tom de voz, seu rosto molhado com as lágrimas teimosas que caíam. - Você já disse o suficiente.

- Me diz o que você tá sentindo, não vai assim, vamos conversar com calma. - Ainda tentava uma reaproximação de forma mais pacífica. Sentia seus nervos e emoções à flor da pele, temia que as coisas não voltassem a ser como eram antes e temia ainda mais por pensar que talvez nada mais tivesse volta. 

A coreana se levantou e conseguiu, finalmente, alcançar a mais nova. Ela levou suas mãos até as laterais do rosto da taiwanesa, mantendo seu olhar firme sobre o dela, contrastando com o toque suave, quase carinhoso.

- Despeja tudo em mim, não me deixa no escuro. - Disse com um tom triste. Sabia que tinha errado, errado muito. Tanto pelo o que fez - ou deixou de fazer - quanto pelo o que disse. Não que suas intenções fossem ruins, era óbvio para ela que não, mas isso não anulava o fato de ter fodido tudo.

- Você quer mesmo saber, Soojin? - A taiwanesa sentia seu peito arder, seu coração nunca havia estado tão acelerado. Sentia seu sangue correndo quente em suas veias, o rosto estava úmido. Estava com tanta raiva, raiva por ter que jogar todo aquele tempo fora. Por dedicar seu tempo e amor, e não ser devidamente correspondida.

- É o que eu mais quero. - Seu olhar era apreensivo. Pesaroso. Estava com tanto medo de perder a mulher que amava, estava sentindo-se tão idiota por estragar tudo. Estava furiosa consigo mesma por deixar tanto tempo passar.

- Eu estou com tanta raiva de você agora. Eu não consigo olhar pra você sem sentir que você estava brincando comigo, me fazendo perder tempo. Eu me doei à você, Soojin, eu me doei por inteiro. Eu nunca amei alguém como eu te amo, mas isso tudo está me fazendo mal. - Ouvir aquelas palavras foi como se todo o ar tivesse sido drenado de seus pulmões. Sentia-se fraca.

- E-Eu te faço... te faço mal? - Sua voz era baixa, enquanto afastava-se da mais nova.

- Não foi isso o que eu disse. - A intenção da mais nova jamais seria piorar as coisas, entendia que estavam ambas à flor da pele, e que qualquer faísca viraria um incêndio àquele ponto. 

(...)

(Algumas horas antes)

- Quem vai estar lá? - Shuhua perguntou, enquanto terminava de arrumar as mangas do casaco em seus braços. Estavam prestes a sair de casa para se encontrarem com alguns amigos de Soojin.