Soojin e Shuhua haviam se conhecido durante o ensino médio. Apesar de se amarem desde o primeiro instante, não imaginaram que após alguns anos estariam casadas e teriam um bebê.
Elas optaram pela gestação de Shuhua, havia sido uma gravidez um pouco complicada e um tanto perigosa, até que sua filha estivesse em seus braços viva e saudável.
As mulheres conseguiam conciliar bem suas vidas, Shuhua se propôs a ficar em casa por um tempo para dar atenção ao bebê, fazendo com que Soojin também tirasse uma licença maternidade para acompanhá-la e tornar as coisas um pouco mais fáceis.
Minji era uma bebê dócil, calma e sorridente. Personalidade essa que Shuhua atribuía à sua esposa, sem dúvidas. Sempre gostava de observar a forma que a pequena menina havia herdado seus traços de personalidade mesmo sem ter vínculos sanguíneos com a coreana.
Porém, como nem tudo são flores, Soojin voltaria a trabalhar em breve. A coreana era dona de uma produtora, o que exigia sua presença ao menos algumas vezes na semana e já havia se ausentado por bastante tempo, o que gerou trabalhos acumulados.
Shuhua sequer pensou em contestar, sabia o quanto sua esposa amava seu trabalho e jamais se tornaria um empecilho entre ela e sua vida profissional. A questão que a preocupava era sua insegurança.
Minji completou três meses e já era uma criança um pouco mais esperta, necessitava de muita atenção e cuidados e a taiwanesa tinha medo de fazer algo errado.
- Baby, eu já vou. - Soojin disse, deixando um beijo sobre a cabeça da esposa que estava sentada no sofá amamentando. - Qualquer coisa me liga, eu venho correndo. - Pediu, olhando nos olhos da esposa que apenas assentiu. Olhou para os olhinhos atentos da filha e sorriu. - Eu te amo, pacotinho. - Deixou um beijo sobre a testa da criança também. - Amo você, não esquece de me ligar, vou tentar chegar cedo. - Se dirigiu à Shuhua, lhe dando um beijo breve.
- Nós também te amamos, mamãe. - Disse com uma voz suave. - Não se preocupe, vamos ficar bem. Não demore, a gente vai morrer de saudades. - Brincou. Após mais algumas despedidas, Soojin saiu. - Somos só você e eu, meu amor.
(...)
Estava tudo bem até que Shuhua ouviu um choro baixinho vindo do quarto da sua filha e foi até lá para vê-la. Ao chegar, pegou a menina no colo cuidadosamente.
- Oi, a mamãe está aqui. - Tentava acalmá-la. - Será que temos caquinha? - Falava calmamente, enquanto deitava o bebê no trocador e ouvia o choro sentido.
Ao abrir a fralda, estava limpa. Mas notou a barriguinha de Minji um pouquinho inchada, a menina com certeza chorava por cólica.
- Vamos tentar uma massagem, Min. - Com a ponta dos dedos iniciou uma leve massagem na área. - Senhorita Seo, vejo que está em forma. - Brincou, vendo a menina se acalmar um pouco, mas mantendo um biquinho nos pequenos lábios.
Após alguns minutos fazendo massagem, resolveu parar e ver se a filha estava melhor, mas logo seus ouvidos foram atingidos com um choro alto, fazendo seus próprios olhos marejarem um pouco.
- Vamos tentar um banhozinho quentinho? Deve ajudar a barriguinha, né bebê? - Conversava, mas estava tentando se acalmar agora, doía ver a menina sentindo dor.
A taiwanesa se encaminhou para o banheiro e encheu a pequena banheira da filha com água morna, terminando de despir seu corpinho e a submergindo.
- Melhor? - A menina dava alguns resmungos leves. - Me desculpa, meu amor. Desculpa a mamãe. - Dizia, vendo os olhinhos magoados da criança. - Eu ainda estou aprendendo. - Sentiu sua voz embargar e o biquinho de sua filha aumentar.
Depois de algum tempo, a taiwanesa tirou Minji da água e a levou para seu quarto, a deitando sobre sua própria cama. Secou o corpinho da menina e colocou uma fraldinha.
Lembrou-se de tentar massagear a barriguinha de Minji com as perninhas da menina, então pegou em seus pézinhos e começou a pressionar levemente, até perceber que aquele era um exercício para dor de barriga e não para cólica.
Por fim, resolveu experimentar algo que havia lido mas não sabia se funcionava. Tirou sua própria blusa, pegou Minji só de fraldinha e se deitou, deixando a barriguinha da menina em contato com a sua.
Não sabia se funcionava ou não, mas o choro de Minji cessou. Foi instantâneo. A garotinha deitou a cabeça em seu corpo e logo pegou no sono.
Shuhua por outro lado, chorou. Chorou de alívio, de tristeza, de raiva de si mesma. Não queria assustar a menina, então se manteve quieta, apenas acariciando seu pequeno pacotinho que dormia calmamente sobre si.
(...)
Quando Soojin chegou, notou o silêncio da casa. A coreana entrou e percebeu que sua mulher estava na sala, com os pés para cima do sofá enquanto abraçava seus próprios joelhos. Seu rosto estava triste, seu olhar estava longe, cansado, seus olhos estavam úmidos.
Minji dormia calmamente no carrinho de bebê ao seu lado, devidamente agasalhada e coberta. Ao se aproximar, notou que Shuhua sequer havia se dado conta de sua presença.
- Amor? - Chamou, sentando ao seu lado e a puxando para seu corpo. - Baby, o que foi? O que aconteceu? - Se preocupou quando sentiu a mulher chorar copiosamente em seu pescoço.
- Me desculpa. M-Me desculpa, por favor. - Pedia. - Eu não consigo, não consegui cuidar dela. - Falava de forma afoita. - E-Ela sentiu dor e eu não consegui ajudar.
- Ei, respira amor. - Segurou seu rosto, vendo a mulher respirar fundo. - O que aconteceu?
- Ela estava chorando, eu fui ver se tinha cocô na fraldinha, mas não tinha. Eu vi que a barriguinha dela estava inchada, sabe? - A coreana assentiu, lhe fazendo carinho em uma das mãos. - Eu fiz massagem, eu dei banho com a água quentinha, eu fiz aquela massagem com as pernas, nada adiantou. - Voltava a chorar. - Ela estava chorando tanto, devia estar doendo muito, amor. - Ela estava verdadeiramente magoada.
- E o que você fez para que ela dormisse? - Perguntou calma, sabendo que aquilo aconteceria, era normal.
- Quando ela saiu do banho, eu deixei ela só de fraldinha, aí eu tirei minha blusa e coloquei a barriguinha dela na minha barriga. E ai ela se acalmou. Eu queria passar a dorzinha dela pra mim.
- Baby, - Disse, tirando uma mecha de seus cabelos do seu rosto. - essas coisas acontecem, bebês sentem cólica, têm prisões de ventre e a única linguagem que eles conhecem é o choro.
- Mas eu fiquei tão assustada. Eu sou uma péssima mãe, me desculpa Jinjin. - Seus lábios formavam um pequeno bico, enquanto seus olhos voltavam a transbordar.
- Você é uma mãe incrível, meu amor. - Puxou o corpo da esposa para o seu colo. - E Minji e eu estamos muito orgulhosas de você. - Acariciou seus cabelos, sentindo a mulher se acalmar um pouco.
- Mesmo? - Soojin assentiu. Shuhua deitou a cabeça em seu ombro, suspirando. - Desculpa.
- Shhh... tá tudo bem.
(...)
- Amor! - Soojin chamou no andar de cima. Minji estava acordada e a coreana subiu para trocá-la. Shuhua logo entrou no quarto. - Acho que a barriguinha melhorou. - Minji tinha um pequeno sorriso e a fraldinha cheia.
- Eu nunca agradeci tanto por um cocô! - Exclamou, fazendo a esposa rir.
(...)
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Sooshu One Shots
RomanceAlgumas one shots sooshu, porque quase não existem :) Sugestões são sempre bem vindas.