Shuhua sempre acreditou que o amor não possuía barreiras. Não construía obstáculos, nem divisórias, e sim, aproximava as pessoas dispostas a sentir. Não havia se apaixonado muitas vezes na vida, na verdade, sentia que se apaixonara apenas uma vez, sentimento esse que ainda habitava em seu peito.
Quando conheceu Soojin num jantar de negócios em que acompanhou seu pai, Shuhua sabia que aquela mulher mudaria sua vida. Por certo que seu pai não poderia ao menos imaginar o que estava sentindo, visto que Soojin era uma de suas sócias majoritárias.
Havia o fato da coreana ser uma mulher, claro, mas o fato de ser uma mulher mais velha era o que a deixava receosa de revelar seus sentimentos para alguém além de si mesma. Shuhua também pensava em que tipo de imagem passaria, sendo uma recém adulta, namorando uma mulher mais velha e milionária, com certeza aquilo geraria diversos burburinhos.
Soojin era uma das mulheres mais ricas da Coréia, de fato. E apesar de saber que não seria muito bem visto, não pôde evitar de se sentir encantada pela taiwanesa. O jeito espontâneo, engraçado e desajeitado da menina a deixava quase hipnotizada, além de ser uma mulher muito bonita também.
Os olhos escuros, num formato puxado e cheios de vida, o sorriso frouxo e os cabelos longos levemente desarrumados apesar da ocasião foram o que lhe chamou atenção. A menina claramente não costumava estar num lugar como aquele, vestindo roupas como aquelas, estava claramente desconfortável com toda a formalidade do restaurante.
O pensamento de que aquela menina ficaria muito mais confortável sem todas aquelas roupas atravessou sua mente, fazendo seu rosto corar. Percebeu que o pai da garota estava muito distraído com os outros investidores e resolveu agir.
- Shuhua, não é? - Perguntou, mesmo já sabendo a resposta.
- Sim. E você é a Soojin. - Disse, de forma bastante informal. Soojin pôde notar um sotaque em suas palavras. Achou fofo.
- Quantos anos você tem? - Haveria de saber, ao menos, se não estaria cometendo algum tipo de crime.
- O suficiente. - Respondeu de forma sugestiva.
Ao fim da noite, antes que pudessem se despedir, Soojin ofereceu uma carona para o Senhor Yeh e sua filha, claro. A coreana os levou até sua residência e antes que pudessem entrar, Soojin chamou Shuhua novamente.
- Será que posso falar com você um segundo? É rápido, prometo. - A taiwanesa a olhou desconfiada.
- Eu já vou, papai. - O homem se despediu e entrou em casa, após agradecer pela carona. - Pode falar.
- Não... acho que podemos fazer coisa melhor... - Disse, se aproximando de Shuhua.
- Coisa melhor? - A coreana assentiu, colocando as mãos em sua cintura, puxando seu corpo para mais perto do dela. - Espera...
- O que foi?
- Não acha que isso é errado? - Ela perguntou, enquanto brincava com a gola da blusa de Soojin.
- Se você quiser tanto quanto eu quero, não. - Respondeu olhando em seus olhos, logo sentiu os lábios da taiwanesa sobre os seus, fazendo-a puxá-la ainda mais para perto. A menina tinha as mãos em sua nuca, por dentro dos seus fios, fazendo uma leve massagem que deixava tudo muito mais intenso. Após o ar acabar, separaram-se.
- Tudo bem? - Soojin perguntou ao notar a menina de olhos ainda fechados, enquanto tinha suas testas encostadas. A resposta veio em forma de beijo, e mais um, e outros mais.
- Agora eu preciso mesmo ir. - Disse baixo, sobre os lábios da coreana. Aqueles lábios se tornaram uma das suas coisas favoritas, eram cheios e volumosos. Além de guardarem um dos mais belos sorrisos que já havia visto, e claro... uma língua sem igual. Céus, estava perdida.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sooshu One Shots
RomanceAlgumas one shots sooshu, porque quase não existem :) Sugestões são sempre bem vindas.