Message In a Bottle - Dianetti |Concluída|

|crush da linetti|

•pov gina•

Giselle: bom dia bb.

Uma semana sem resposta. Não deveria doer, mas doía, Rosa deixou Giselle uma semana no vácuo. Eu deveria estar feliz, mas por que estou tão triste?

Jake😎: bom dia raio de sol, festa na casa do Boyle hoje.
Jake😎: passo aí às 20h?

Gina💯: obrigada Jake, mas já aceitei a carona de Amy.

As horas passaram lentamente. Mesmo estando pronta a horas fiz questão de me atrasar.

- Por favor, vamos.

- Quero fazer uma entrada triunfal.

- Você sempre faz. - Amy me examinou. Provavelmente notou a tensão em meu rosto. - Por que não quer ir?

Suspirei.

- Rosa. - ela leu meus pensamentos. - Ela tem a ver com isso, não?

Assenti envergonhada.

- Ela não sai da minha cabeça.

- Vocês deveriam conversar.

- Nós conversamos todos os dias.

Amy me encarou.

- Não esse tipo de conversa... Algo mais profundo.

Inclinei a cabeça pensativa.

- Tá, tanto faz. - mudei de assunto. - Vamos logo.

- Decidiu ir?

- Não me provoque.

A primeira pessoa que avistei foi Jake, ele usava óculos neon e chacoalhava os braços freneticamente.

- Vocês chegaram!

Ele nos abraçou. Seus olhos pousaram em Amy por tempo demais.

- Onde está Rosa?

- No quarto virando a direita, mas...

Sai antes que ele terminasse. Minha mão tocou na maçaneta, uma virada e eu estaria em sua frente. Meu corpo inteiro tremia com o pensamento.

"Oi Rosa, eu gosto de você, tipo, gosto muito de você. Não assim, não como amiga. Eu realmente gosto de você"

Respirei fundo e girei a maçaneta. Rosa estava sentada na cama de costas para mim.

- Estou armada. - anunciou.

- Eu não. - comentei ainda na porta. - Se estivesse processaria a marca do creme.

Ela se virou. Seus olhos estavam inchados e vermelhos. Rosa estava chorando. Fechei a porta atrás de mim e entrei.

- Rosa...

- Eu sei o que parece, mas estou bem. - explicou. - Recebi notícias de Pimento.

Aguardei ela falar.

- Ele está na Bolívia. Não faço ideia do que faz e para ser bem sincera, não me importo. - ela me olhou, senti borboletas brigarem no meu estômago. - Eu não senti nada quando recebi sua mensagem. Não liguei se estava ferido, com fome, o que fazia. Eu simplesmente aceitei a informação. Me forcei a chorar, queria sentir algo. Queria ficar triste pela sua ida e falta de comunicação entre nós. Mas não, eu apenas aceitei... - disse olhando pro nada.

Pressionei os meus lábios procurando as palavras certas a serem ditas, mas não as encontrei.

- Eu devia sentir saudade dele, não? Caramba, ele é meu namorado e eu não sinto nada por ele.

Meu coração acelerou. Esperei tanto tempo para ouvir isso. Parecia surreal. Eu queria segurá-la em meus braços e dizer que a amo, mas novamente, fiquei calada. Rosa me estudou em silêncio, senti minhas bochechas corarem.

- Desculpa. - disse. - Não sou dessas de compartilharem muito de si.

- Eu gosto quando compartilha. - falei corando. - Gosto de saber mais de Rosa Diaz.

Um sorriso formava em seus lábios.

- Você está bonita hoje.

Senti meus músculos falharem.

- Só hoje? - encontrei força para brincar.

Ela riu. Eu poderia ouvir essa risada todos os dias da minha vida.

- Sempre. Você sempre está bonita.

- Você não é tão ruim.

Ela fez uma careta.

- Pimento é um cara sortudo.

Os olhos de Rosa estavam sobre mim. Eles analisavam cada milímetro do meu corpo. Minha pele queimava ao seu olhar. Seus olhos trilhavam minha silhueta, iam de encontro a minha pele exposta, quase me despiam. Senti o quarto aquecer. Ouvia-a respirar mais pesado e me aproximei.

- Rosa.

Ela levantou o olhar. Nossos olhos se encontraram. Os intensos olhos castanhos de Rosa me desconcentraram, pisquei rapidamente. Mas já era tarde, o momento já havia passado. O meu redor havia esfriado e eu precisava virar pó antes de passar mais vergonha.

- Acho que menstruei.

Sai direto pela porta e entrei no elevador. Não olhei para trás. Não precisava olhar para trás.

- GINA.

Rosa colocou a mão antes do elevador fechar.

- Estou sem...

- Não começa. - falou estressada. - Por que está agindo estranho?

- Estranho como?

- Sei lá, estranho.

- Bem específico, Rosalita, muito obrigada.

Ela bufou.

- Você está fugindo de mim. Sempre inventando desculpas. Primeiro no Shaw's, depois na piscina, agora aqui. O que caralhos eu fiz para você?

Fechei os olhos. Não esperava que ela fosse descobrir. Sempre fui boa atriz, nunca tive dificuldade em esconder meus sentimentos por alguém.

- Gosto do Terry. - menti.

- O quê?

- Gosto do Terry. - repeti já arrependida.

A porta do elevador abriu. Sai. Rosa continuou encostada na parede de metal, ela evitava me olhar. Eu continuava a encarando torcendo para que ela descobrisse que era mentira.

- Rosa...

Ela levantou a cabeça. Nossos olhos se encontraram por um segundo, pude ver que estavam machucados. A porta se fechou lentamente.

Autora: oi gente. Gostaria de pedir que votassem e comentassem para a fanfic não flopar por favor. Muito obrigada desde já <3