|quarta-feira|

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•pov gina•

Faz cinco anos que não piso em Nova Iorque, o motivo tem nome e um sorriso lindo. Seria mentira dizer que não pensei nela todo esse tempo, que não passei noites em claro chorando para ela me perdoar. Passei muito tempo me recuperando para voltar, finalmente consegui. Desci do avião e peguei minha mala na esteira. O aeroporto estava lotado, olhei para todos os lados a procura de Jake.

- GINA.

Ele correu até mim e me abraçou.

- Sentiu saudades daqui?

- Do aeroporto? - zombei. - Sim, senti falta daqui.

Ele pegou a minha mala e me guiou até o carro.

- Como está?

Um turbilhão de emoções.

- Confusa - confessei. - Minha mãe e o pai do Charles estão casando, quem diria que isso aconteceria?

- Eles estranhamente combinam.

Eu assenti.

- Quantas vezes você tentou romper o noivado?

- Umas cinco, todas falharam. Minha mãe realmente gosta dele.

Jake sorriu.

- Você quer casar?

Eu olhei pela janela, o engarrafamento me recebendo a minha cidade natal. Uma moto passou por nós, meus olhos seguiram a motoqueira.

- Sim - olhei para ele. - Como é a vida de noivo?

- Eu tenho a melhor noiva do mundo, se relacionamento fosse um jogo eu estaria ganhando.

Eu ri.

- Aonde quer ir?

- Shaw's.

- Tem certeza que não quer descansar? Foram 5 horas de vôo.

Eu assenti.

- Estou bem.

Chegamos ao bar em meia hora. Eu estava exausta, mas não queria demonstrar, precisava beber antes que Nova Iorque me lembrasse dela.

- 2 cervejas por favor.

Sentamos na mesa do canto. O bar estava vazio, com exceção a alguns bêbados, afinal era uma quarta-feira a tarde.

- Qual cor é o seu vestido?

- Eu passei 5 anos fora e esse é o seu assunto?

- Charles me contou todos os detalhes do casamento menos a cor dos vestidos das madrinhas. Eu estou morrendo.

- Para de ser fofoqueiro.

Ele fez bico e juntou as mãos.

- Ok, eu falo - ele comemorou jogando as mãos no ar. - Assim que as nossas bebidas chegarem.

- Eu vou buscar.

Ele levantou quase derrubando a cadeira. Jake correu até o balcão, pegou as cervejas e sentou a minha frente. Com a mão no queixo me olhava esperançoso.

- Azul marinho.

Ele comemorou e abriu nossas cervejas. Eu peguei a minha rindo. O sorriso sumiu do meu rosto ao ver a marca da bebida, era a mesma da aposta com Rosa. Olhei para duas mesas a frente.

- Você me deve um drink. - falei assim que pisamos no bar.

- Do que está falando?

- Nossa aposta...

Message In a Bottle - Dianetti |Concluída|Onde histórias criam vida. Descubra agora