|crush da diaz|

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•narradora•

G: o que te fez mudar de ideia?

Gina roía suas unhas ansiosa com a resposta de Rosa, a qual parecia não vir. A mulher digitava e apagava repetidas vezes, odiava admitir que gostava dessa bobagem de romance. Ficaram dez minutos assim, apenas encarando a tela do celular.

- Não vai responder? - perguntou Amy.

Rosa negou. Amy se irritou e pegou o celular.

- Amy!

R: pensei melhor... Pensei em você eo2kwri2nqele

Rosa agarrou o celular, mas era tarde demais, a mensagem já havia sido enviada. Enquanto a morena xingava sua amiga, Gina comemorava um pouco confusa do outro lado.

G: não entendi as letras, mas também tenho pensado em você.
G: Todos os dias...

Amy e Rosa pararam de brigar ao ouvir o toque do celular. Ambas encaravam atônitas a tela. Amy logo saiu do transe e começou a dançar animada. Rosa não reagia, ainda não acreditava que alguém gostava dela a ponto de criar um roteiro de Nancy Meyers.

- Pede ela num encontro.

- Amy, eu nem a conheço. Vamos com calma.

- Agiliza o processo.

R: Giselle, posso te perguntar uma coisa?

G: o que quiser.

R: de onde me conhece?

G: você já me perguntou isso.

R: você não me respondeu...

Gina jogou a cabeça para trás sorrindo boba, completamente rendida. Ela conseguia imaginar Rosa cruzando os braços errando ser ameaçadora, mas acertando em ser sexy.

G: nós nos trombamos por aí.

Rosa bufou. Giselle era impossível e isso a instigava.

R: eu vou descobrir.

G: boa sorte, detetive.

Gina desligou o celular ainda sorrindo. Era impossível mudar sua expressão, seu plano estava funcionando perfeitamente. Rosa estava irritada e impressionada ao mesmo tempo, sua admiradora secreta possuía mais segredos do que podia imaginar.




•pov rosa•

- Pronta pra uma missão irada? - perguntei.

- Com certeza!

Arrastei Amy para o carro e dirigi até o precinto.

- Rosa, eu amo trabalhar, mas ainda falta meia hora de almoço e eu mal comi.

- Já vamos.

- Afinal, por que já voltamos?

- Preciso rastrear o ip da Giselle.

- Isso é trapaça, Rosa!

- Só vigia a porta, nerd.

Amy revirou os olhos e encostou na parede. Conectei meu celular no computador e comecei a executar o progama, pelo visto meus dias de hacker ainda são úteis. Cinco minutos para encontrar o endereço ip com ele consigo encontrar Giselle em um piscar de olhos.

- O que estão fazendo aqui?

Quase joguei o computador no chão. Gina me encarava curiosa.

- A internet da minha casa acabou. - menti. - Estou baixando porno.

- Bom pra você.

- E você?

- Vi pela câmera que Charles estava usando minha mesa.

- Você tem acesso às câmeras?

- Vocês não?

Neguei.

- Pelo visto você está bem. - falei.

Ela sorriu convencida.

- Quando eu não estive?

Eu ri. Amy invadiu a sala.

- Preciso ir. - disse Gina. - Estou de folga, então... Se divirtam no tédio.

Ela saiu fazendo sinal de paz e amor.

- Desculpa por sair, Jake ameaçou jogar donuts de açúcar na minha mesa e eu tive que pará-lo...

- Tudo bem. - falei a interrompendo.

Pude ver em seu olhar que estranhou a minha calma.

- Você conseguiu?

Neguei.

- Não preciso.

- Por que a mudança repentina?

Ignorei a pergunta.

- Quer almoçar ou não?

Ela assentiu. Encarei meu celular o restante do almoço inteiro.

- O que tá olhando?

- Nada da sua conta.

- Ok.

Amy pegou meu celular e saiu correndo.

- Foto da Gina?

- O quê? Como isso foi parar aí?

- Rosa, você tem um crush?

- Eu namoro.

Amy fez uma careta.

- E Giselle? - ela fez uma cara triste. - Qual das duas, Rosa?

- Nenhuma. - falei pegando meu celular. - Tenho namorado e ponto final. Você deveria respeitá-lo.

Amy bufou.

- Você nem gosta dele.

- Eu... gosto.

- Você demorou.

- Estou voltando pro precinto, volte a pé.

- Qual é, Rosa.







Autora: Amy fingindo que não sabe de nada tá me fazendo rir sozinha.

Message In a Bottle - Dianetti |Concluída|Onde histórias criam vida. Descubra agora